terça-feira, 31 de maio de 2011

Greve da Fome em Bragança


César Fernandes encontra-se há 6 dias em greve da fome em Bragança (Claustros da Sé) . Esta greve da fome foi motivada pelo facto de lhe ter sido retirado a sua pensão vitalícia, que lhe tinha sido atribuída pela segurança social em 1983.
Este cidadão está incapacitado em 69% das suas faculdades. Trata-se de mais um caso gritante de injustiça de que não devemos alhear exigindo uma solução a quem de direito. O estado da saúde de César é cada vez mais débil, necessita de ser visto por um médico. Sendo muito importante o acompanhamento deste homem para que não se sinta só, porque abandonado já ele foi pelas instituições.

domingo, 29 de maio de 2011

Acampada no Rossio

COMUNICADO DE IMPRENSA . 27.05.2011
“As ruas são nossas. Vamos limpá-las!”
Hoje, quando às 15h00 os participantes na manifestação da “Democracia Verdadeira, Já!” se concentrarem frente ao Cinema S. Jorge, na Avenida da Liberdade, para marchar até ao Rossio contra a “ditadura dos mercados”, não vão estar de mãos a abanar: vassouras e esfregonas vão ser empunhadas, e usadas. “Vamos limpar as ruas.” O acto, prático e profundamente simbólico, foi aprovado na concorrida Assembleia Popular de ontem, que decorre todos os dias no Rossio, pelas 19h00, desde que, no passado dia 19 de Maio, a “acampada” de Lisboa ocupou de forma permanente esta Praça de Lisboa.
A relação entre o acto de limpeza que os manifestantes pretendem hoje levar a cabo e aquilo que aconteceu na cidade espanhola de Barcelona é mais do que óbvia: ontem, Mossos d'Esquadra (elementos da polícia catalã) rodearam a Praça Catalunha e começaram a desalojar, “por motivos de higiene” os “indignados” (membros do movimento 15M) que aí estavam concentrados há 12 dias. Da operação violenta resultaram 120 feridos. “Vamos mostrar que não precisamos que venham limpar as nossas ruas”, afirmou-se ontem no Rossio.
Vários foram as referências à brutal repressão e muitas foram as palavras de solidariedade para com “nuestros hermanos”, que ontem se fizeram ouviram durante a Assembleia Popular. Numa manifestação de apoio ao ocorrido, o grupo aprovou mesmo o visionamento dos vídeos da carga policial, que foram vistos em silêncio depois da Assembleia. “Assim se asfixia a democracia”, revoltava-se um dos acampados. (um dos vídeos da repressão:http://www.youtube.com/watch?v=Geg_6Xoy04s)
“Isto é a Democracia ao vivo, não é a democracia morta”, afirmou ontem ao microfone da Assembleia Boaventura Sousa Santos, director do Centro de Documentação do 25 de Abril, numa visita de apoio à acampada do Rossio. “Se as portas de alguma concepção da Democracia mais estreita se vos fecham, estais totalmente legitimados para abrir outras portas, pacíficas, que são estas.” (vídeo da participação: http://www.youtube.com/watch?v=OSLsaXb9U1Y)
Ainda durante os trabalhos, foi aprovada a inclusão no 1º Manifesto do Rossio a seguinte frase: “Não somos contra a política, mas não representamos nenhum partido ou sindicato.” Chumbada foi a proposta de convidar os partidos portugueses para estarem presentes no Rossio.
Foram ainda criados dois novos grupos de debate: um para discutir formas de replicar o movimento noutras cidades portuguesas; e outro com o objectivo de discutir a revogabilidade dos mandatos dos políticos e o fim da imunidade política. Ontem, o tema em discussão viva no grupo de debate era a “Democracia Representativa / Democracia Participativa / Directa.”
Fez-me também um apelo à participação na manifestação de segunda-feira contra o Dia da Defesa Nacional, contra as operações militares no estrangeiro e a favor de uma redução dos custos militares.
Permacultura, Economia, Meio Ambiente, Recolha de Informação sobre países onde actuou o FMI, Soberania Alimentar, Urbanismo e Habitação são os novos grupos que hoje se juntam aos que ontem trabalharam no Rossio até de madrugada:  Manifesto, Acção Directa, Coordenação Interna, Manifestação, Logística, Grupo de Debate e Comunicação.
A cada dia intensificam-se os apelos de apoio logístico: água, leite, azeite, frutas, vegetais, pão, leguminosas, feijão, grão, milho, ervilhas, batatas, alhos, cebolas, cereais, bolachas, geleiras, sacos térmicos, latas de conserva, corda grossa, lonas e plásticos para proteger do sol e da chuva, cavaletes, carregadores solares de baterias, sofás, cadeiras, etc..
Mas, acima de tudo, precisamos de todos aqueles não se sintam representados pelo actual sistema e que anseiem por uma verdadeira democracia.
“Isto é só o princípio!”


Lisboa mete água

Lisboa é uma cidade vulnerável, qualquer chuva mais abundante provoca o caos. Ontem dia 28 de Maio, 15 minutos de chuva intensa geraram inundações, mais alguns minutos teriamos que andar de bote em pleno Rossio.
O pequeno filme é ilustrativo do que se afirma, revelando que os políticos camarários têm nos seus horizontes outras preocupações, que não os municipes.

FMI FORA DAQUI

FMI, hino anti-capitalista da autoria de José Mário Branco.
29 anos depois do seu lançamento, a sua actualidade está presente e é um incentivo ao combate contra a presença em Portugal destes abutres causadores da infelicidade dos povos.