sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Cimeira revelou o naufrágio do grande capital europeu

Cerco a S. Bento

Ontem como hoje, o combate é contra a socidade capitalista geradora de fome, miséria e desemprego .

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Agora que o bando ao serviço da CIA assassinou Kadafi, que país se seguirá à Líbia?

por Paul Craig Roberts
Se os planos de Washington tiverem êxito, a Líbia tornar-se-á mais um estado fantoche americano. A maior parte das cidades e infraestruturas foi destruída por ataques das forças aéreas dos EUA e dos seus fantoches da NATO. Firmas dos EUA e europeias agora obterão contratos sumarentos, financiados pelos contribuintes estado-unidenses, para reconstruir a Líbia. O novo parque imobiliário será cuidadosamente concedido a uma nova classe dirigente escolhida por Washington. Isto colocará a Líbia firmemente sob a pata de Washington.

Com a Líbia conquistada, o AFRICOM arrancará para os outros países africanos em que a China tem investimentos em energia e mineração. Obama já enviou tropas americanas para a África Central sob o pretexto de derrotar o Exército da Resistência de Deus, uma pequena insurgência contra o ditador vitalício. O porta-voz republicano da Câmara, John Boehner, saudou a perspectiva de mais uma guerra ao declarar que o envio de tropas dos EUA para a África Central "promove os interesses estado-unidenses de segurança nacional e a sua política externa". O senador republicano James Inhofe acrescentou uns litros de palração acerca de salvar "crianças ugandesas", uma preocupação que o senador não tem para com crianças da Líbia ou da Palestina, do Iraque, do Afeganistão e do Paquistão.

Washington ressuscitou o Jogo da Superpotência e está a competir com a China. Mas enquanto a China faz investimentos e ofertas de infraestrutura à África, Washington envia tropas, bombas e bases militares. Mais cedo ou mais tarde a agressividade de Washington em relação à China e à Rússia irá explodir nas nossas caras.

De onde está a vir o dinheiro para financiar o Império Africano de Washington? Não do petróleo líbio. Grandes porções do mesmo foram prometidas aos franceses e britânicos por lhe proporcionarem cobertura a esta última guerra aberta de agressão. Não de receitas fiscais de uma economia estado-unidense em colapso onde o desemprego, se medido correctamente, é de 23 por cento.

Como o défice do orçamento anual de Washington tão enorme como é, o dinheiro só pode vir das máquinas de impressão.

Washington já fez as máquinas de impressão trabalharem o suficiente para elevar o índice de preços no consumidor para todos os consumidores urbanos (CPI-U) a 3,9% ao ano (até o fim de Setembro), o índice de preços no consumidor para assalariados e empregados administrativos (CPI-W) a 4,4% ao ano e o índice de preço no produtor (PPI) a 6,9% ao ano.

Como mostra o estatístico John Williams ( shadowstats.com ), as medidas oficiais de inflação são manipuladas a fim de manter baixos os ajustamentos de custo de vista para os que recebem da Segurança Social, portanto poupando dinheiro para as guerras de Washington. Quando medida correctamente, a presente taxa de inflação nos EUA é de 11,5%.

Que taxa de juro podem obter os poupadores sem assumir riscos maciços com títulos gregos? Os bancos dos EUA pagam menos do que meio por cento nos depósitos de poupança assegurados pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation). Títulos a curto prazo do governo dos EUA pagam essencialmente zero.

Portanto, de acordo com estatísticas oficiais do governo estado-unidense, os poupadores americanos estão a perder anualmente entre 3,9% e 4,4% do seu capital. Segundo a estimativa de John Williams da taxa real de inflação, os poupadores dos EUA estão a perder 11,5% das suas poupanças acumuladas.

Quando americanos reformados não recebem juros sobre as suas poupanças, eles têm de gastar o seu capital. A capacidade de mesmo os mais prudentes reformados sobreviverem com as taxas de juro negativas que estão a receber e a erosão pela inflação de quaisquer pensões que recebam chegará a um fim uma vez que os seus activos acumulados sejam exauridos.

Excepto para os mega-ricos protegidos de Washington, o um por cento que capturou todos os ganhos de rendimento dos últimos anos, o resto da América foi remetido para o caixote do lixo. Nada, o que quer que seja, foi feito para eles desde o golpe da crise financeira de Dezembro de 2007. Bush e Obama, republicanos e democratas, centraram-se em salvar o 1 por cento enquanto faziam um manguito para os 99 por cento.

Finalmente, alguns americanos, embora não os suficientes, entenderam o "patriotismo" do desfraldar a bandeira que os remeteu para o caixote do lixo da história. Eles não vão afundar sem um combate e estão nas ruas. O Occupy Wall Street propaga-se. Qual será o destino deste movimento?

Será que a neve e o gelo do tempo frio acabará os protestos, ou os remeterá para dentro de edifícios públicos? Quanto tempo as autoridades locais, subservientes a Washington como são, toleram o sinal óbvio de que falta à população qualquer confiança que seja no governo?

Se os protestos perdurarem, especialmente se crescerem e não declinarem, as autoridades infiltrarão os manifestantes com provocadores da polícia que dispararão sobre a polícia. Isto será a desculpa para abaterem os manifestantes e prenderem os sobreviventes como "terroristas" ou "extremistas internos" e enviá-los para os campos de 385 milhões de dólares construídos por contrato do governo dos EUA pela Halliburton de Cheney.

A SEGUIR AO ESTADO POLICIAL AMERIKANO


O Estado Policial Amerikano terá dado seu passo seguinte para o Estado de Campo de Concentração Amerikano.

Enquanto isso, perdidos na sua inconsciência, conservadores continuarão a resmungar acerca da ruína do país devido ao casamento homossexual, ao aborto e aos media "liberais". Organizações liberais comprometidas com a liberdade civil, tais como a ACLU, continuarão a equiparar o direito da mulher a um aborto com a defesa da Constituição dos EUA. A Amnistia Internacional apoiará Washington demonizando o seu próximo alvo de ataque militar enquanto fecha os olhos aos crimes de guerra do presidente Obama.

Quando consideramos que Israel, sob a protecção de Washington, tem escapado impune – apesar de crimes de guerra, assassinatos de crianças, a expulsão em total desrespeito do direito internacional de palestinos da sua terra ancestral, do arrasamento das suas casas com bulldozers e do arrancamento dos seus olivais a fim de entregar terras a "colonos" fanáticos – podemos apenas concluir que Washington, o viabilizador de Israel, pode ir muito mais longe.

Nestes poucos anos de abertura do século XXI, Washington destruiu a Constituição dos Estados Unidos, a separação de poderes, o direito internacional, a responsabilidade do governo e sacrificou todo princípio moral a fim de alcançar hegemonia no mundo todo. Esta agenda ambiciosa está a ser empreendida enquanto simultaneamente Washington removeu toda regulamentação sobre a Wall Street, o lar da cobiça maciça, permitindo ao horizonte de curto prazo da Wall Street arruinar a economia dos EUA, destruindo portanto a base económica para o assalto de Washington ao mundo.

Será que os EUA entrarão em colapso, num caos económico, antes de dominarem o mundo?

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Imperialistas fora da Líbia !

O MUNDO EM REVOLTA


Portugal precipita-se a passos largos para o precipício, fruto das medidas da austeridade do Governo PSD/CDS, governo mais tróikista do que a própria tróika. As medidas de austeridade divulgadas pelo governo pelo Governo contempladas no orçamento que se encontra em discussão alguram um clima de miséria para a esmagadora maioria dos trabalhadores portugueses.
As manifestações sucedem-se, no passado dia 15 em nove cidades do País houve manifestações que levaram á rua mais de uma centena de milhar de pessoas, sendo evidente a disposição para lutar contra a política de rapina deste governo ao serviço do grande capital, pese embora as atitudes pseudo pacifistas de alguns "bombeiros sociais" a apelarem à calma,sempre que alguma radicalidade se manifeste. Caso da ocupação da escadaria de acesso ao parlamento ocupada pelos manifestantes que apelaram ao não pagamento da dívida e à realização de uma greve geral combativa contra a política de austeridade do governo. Ignoram este aprendizes de controleiros que neste momento as famílias trabalhadoras vivem num sufoco para pagar as necessidades do dia a dia, enquanto o luxo e a abundância continua a contemplar uma élite parasitária, contituìda por banqueiros, outros capitalistas e camadas de gente serventuárias desta sociedade exploradora que desviam arrecadam milhões para as suas chorudas contas.
Hoje dirigentes sindicais das empresas do setor dos transportes concentraram-se junto ao ministério da economia protestando contra as medidas deste ministério, que pretende por no desemprego milhares de trabalhadores deste setor. Foi ainda anunciada a realização de uma greve geral para o setor no próximo dia 8 a anteceder a GREVE GERAL NACIONAL a realizar Dia 24 de Novembro convocada pelas duas centrais sindicais, CGTP e UGT .
ESPANHA- A exemplo de muitos paises, por toda a Espanha tiveram lugar manifestações macissamente participadas refletindo o que já não pode ser escondido. Também a Espanha está a viver uma profunda crise, o capitalismo definha sem horizontes de futuro para o povo.
foto de hotel ocupado, no seguimento das grandes manifestações do passado fim de semana
GRÉCIA- 5.a GREVE GERAL ESTE ANO
O povo grego veio para a rua em grande número, falando-se em cerca de um milhão de manifestantes por toda a Grécia. As ilusões se as havia, foram há muito varridas da cabeça dos gregos que vieram protestar contra o governo que se prepara para votar mais um pacote de austeridade. Os confrontos com as forças policiais provocaram inumeros feridos, alguns dos quais com gravidade, havendo a regista uma morte de um operário da construção civil , estando por apurar as verdadeiras causas desta morte.
A greve geral foi esmagadora, paralizando todos os sectores de atividade,mostrando ao poder de que o povo grego vive alarmado e revoltado contra a situação a que foi remetido em consequências de políticas impostas pelo grande capital europeu.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Trabalhadores dos transportes em Revolta

Uma delegação de trabalhadores do sindicato dos transportes invadiu hoje o ministério da economia exigindo avistar-se com o ministro, o qual tem vindo a ser mentor de um conjunto de medidas que uma vez aplicadas afectarão sériamente os trabalhadores do sector.
Medidas que passam pela fusão de empresas do sector de transportes, estando previstos cerca de 5 mil despedimentos e todo um conjunto de medidas que irão não só afectar os trabalhadores do sector mas todos os utentes .
A reunião acabou por não se realizar, sendo ao fim da marcada para amanhã ás 9 h. com a presença de ministro e delegações sindicais.
A luta dos trabalhadores dos transportes só poderá sair vitoriosa se estes se aliarem aos utentes em luta contra os sucessivos aumentos.

Dia 15 de novo a revolta na rua

Depois das manifestações de 1 de Outubro organizadas pelo movimento sindical, novas acções de rua estão a ser preparadas para algumas cidades, promovidas por vários colectivos e movimentos sociais. As manifestações de 15 de outubro devem simbolizar a revolta à política de austeridade do Governo PSD/CDS,serventuário da troika e do grande capital europeu.
A crise do capitalismo não tem que ser paga por quem trabalha e que usufrui magros salários e a taxas cada vez mais elevadas.
Dia 15 , todos à rua . Passar da indignação à revolta è preciso dizer Basta !

Depois da Grécia, Portugal è a cobaia seguinte

Londres, 01-10-2011
Discurso de Sonia Mitralia na Conferência de Londres contra a Austeridade organizada pela Coalition of Resistence em 01-10-2011.

Venho da Grécia – um país que está a ser sangrado e destruído por aqueles que pretensamente querem salvá-lo: o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia. Após a adopção, a aplicação e sobretudo... o falhanço dos quatro tratamentos de choque denominados Memoranda, e a aplicação actualmente do quinto, que é o mais duro e desumano, a Grécia já não é o país que conhecíamos. Agora as ruas ficam vazias depois do pôr-do-sol; os restaurantes esperam desesperadamente por clientes; e as lojas das ruas de comércio, desertas, caem na ruína. O porquê desta metamorfose é-nos revelado pelos números: os assalariados e os reformados já perderam 30-50%, ou mesmo mais, do seu poder de compra. Em consequência, cerca de 30% das lojas ou 35% das bombas de gasolina encerraram definitivamente. O desemprego atingirá provavelmente 30% no próximo ano. Teremos menos 40% de hospitais e de camas de hospital; o Estado grego encontra-se, desde há dias, incapacitado de fornecer os livros escolares aos alunos e por isso convida-os a fazerem fotocópias (!); etc. Em suma, já se vê a fome, sim, a fome, a entrar pelas grandes cidades, enquanto os suicídios se multiplicam, num país mergulhado no stress e no desespero...

No entanto, os Gregos não se limitam a desesperar. São também combativos, resistem, lutam – sobretudo após o aparecimento, em fins de Maio de 2011, do movimento dos Aganaktismeni, os Indignados gregos, que encheu as praças de centenas de cidades gregas com enormes multidões radicalizadas, tendo por palavras de ordem principais: «Não devemos nada, não vendemos nada, não pagamos nada». E «vão-se todos embora daqui»...

Mas atenção: resistir na Grécia na época da austeridade bárbara dos Memoranda não é coisa fácil. Primeiro, por causa da repressão, que é terrível, metódica, desumana. Depois, por causa do que está em jogo: a Grécia constitui actualmente um caso de teste mundial, um verdadeiro laboratório planetário no qual são testadas as capacidades de resistência dos povos contra os planos de ajustamento estrutural, nestes tempos de grande crise das dívidas públicas. Em suma, todos os olhares, tantos dos que espreitam do alto como dos que estão em baixo, se dirigem todos os dias para este pequeno país europeu que teve a triste sorte de se tornar a cobaia mundial do neoliberalismo mais cínico. Resulta daqui que, para conseguir levantar a mais pequena reivindicação, praticamente é necessário derrubar o poder e fazer, nada mais nada menos, a revolução!

A lição que tiramos desta situação totalmente inédita é que, hoje mais ainda que ontem, ninguém se pode considerar a salvo dentro das suas fronteiras nacionais. Face à Aliança Sagrada dos governos e dos poderosos, a coordenação e a organização de todas as redes de resistência dos oprimidos constitui uma condição sine qua non de toda a esperança de sucesso! Em palavras mais simples: para que o teste grego não se transforme numa bem sucedida prova dos nove a favor da Troïka, ou seja do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, é urgente que se unam esforços, que se faça uma Aliança Sagrada dos desvalidos!

Não é certamente por acaso que a primeira conferência internacional contra a dívida e as medidas de austeridade foi organizada em Atenas no início de Maio de 2011, pela Iniciativa Grega para uma Comissão de Auditoria da Dívida Pública, movimento do qual sou uma das fundadoras. O grande sucesso dessa primeira conferência internacional já nos tinha surpreendido agradavelmente mas, na realidade, ele era duplamente premonitório: primeiro, porque duas semanas mais tarde irromperia na cena social e política do país, ao ocupar a Praça Syntagma de Atenas, o movimento dos Indignados gregos; depois, porque se foi tornando cada vez mais claro não só que a questão da dívida pública está na raiz de todos os grandes problemas do nosso tempo, mas também que a mobilização independente em torno da exigência duma auditoria à dívida pública era mais que possível, pois correspondia a uma verdadeira vontade popular!

Creio que a lição que podemos tirar da experiência da Iniciativa Grega para uma Comissão de Auditoria da dívida pública, é que, neste momento, ela não só é válida para a Grécia, mas também para todos os outros países atacados pelos mercados financeiros, pela Troïka e pelo capital: a auditoria às dívidas públicas pode, à primeira vista, parecer uma actividade ingrata, pouco apetecível e reservada aos especialistas, mas na realidade ela é capaz de inspirar e até de mobilizar enormes massas, com duas condições: primeiro, deve ser totalmente independente das instituições e apoiada pelos cidadãos mobilizados nos seus bairros, nos seus locais de trabalho e de estudo; segundo, deve apontar claramente para a identificação da parte ilegítima da dívida, a fim de a anular, e não de a pagar!

Cinco meses depois da primeira conferência internacional de Atenas contra a dívida e as medidas de austeridade, podemos avaliar o caminho percorrido: a Iniciativa Grega está a gerar outras semelhantes por toda a Europa, a sul e a norte, a oeste e a leste. A tarefa que a todos nós impõe uma tal situação é manifesta: estes movimentos e estas campanhas em torno da auditoria à dívida pública devem rapidamente encontrar-se e constituir uma rede. Assim poderá tornar mais eficaz a sua acção e responder às expectativas das populações, antes que seja demasiado tarde para toda a gente...

É exactamente nesta tarefa que está empenhado o CADTM, o Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, do qual também sou membro, e que combina a experiência adquirida – fruto de 20 anos de lutas solidárias com os povos do Sul do Planeta – com a presença no terreno de luta em diversos países europeus. O contributo teórico e prático do CADTM no desenvolvimento do movimento contra a dívida e a austeridade na Grécia, e também noutros países, foi e continua a ser muito importante. Mas receio que para podermos responder aos novos desafios que nos foram lançados por uma situação de verdadeira guerra de morte entre ricos e pobres, seja preciso muito mais que o CADTM, que todas as redes internacionais que se batem com coragem contra a dívida e a austeridade. Serão precisas muito mais forças militantes, muito mais elaboração programática e sobretudo muito mais coordenação além-fronteiras nacionais.

Gostaria de terminar com uma questão que me é muito cara: a organização autónoma, ou melhor a auto-organização e a luta das mulheres contra a dívida e a austeridade. Se as mulheres são as primeiras vítimas da agressão neoliberal contra os salários e toda a sociedade, não é apenas por serem as primeiras a sofrerem os despedimentos em massa. É sobretudo porque o que constitui um pilar dessa agressão – a saber: a destruição e privatização dos serviços públicos – tem como consequência directa que as mulheres são obrigadas a assumir dentro da família as tarefas de utilidade pública que ainda ontem eram fornecidas pelo Estado. Em resumo, as mulheres são chamadas a garantir em casa, em privado, os serviços anteriormente garantidos pelos jardins públicos, os hospitais, os lares de terceira idade, os apoios aos desempregados, os asilos psiquiátricos, e até a segurança social. E tudo isto absolutamente grátis! Ainda por cima, tudo isto vem embrulhado na embalagem ideológica do regresso ao lar e à família, imposto por uma pretensa «natureza» da mulher aceite simplesmente como... o escravo obediente aos outros! Em suma, é o regresso ao patriarcado mais abjecto, ainda por cima combinado com um ataque frontal contra os escassos direitos que nos restam a nós, mulheres…

A minha conclusão é categórica: Aí está porque devem as mulheres organizar-se de forma autónoma para lutar contra a dívida e a austeridade. Se elas não o fizerem, ninguém poderá fazê-lo por elas...

(tradução: RuiVianaPereira)
site da conferência: http://www.europeagainstausterity.org/
vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Cdj49g8wZZg

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Grécia-estudantes gregos contra a política do Governo



Dia 3 de outubro, estudantes de várias escolas de Atenas realizaram uma manifestação contra a poli­tica educacional neoliberal do governo. No iní­cio da tarde, centenas de estudantes começaram uma manifestação de protesto em frente ao Parlamento, ocupando o seu pátio e a Avenida Amalia, que passa pela frente. A polí­cia denominada "antidistúrbios" entrou no pátio do Parlamento e começou a provocar e repelir os jovens.

A policia tinha recebido a ordem de evacuar a praça e recuperar o tráfego de veículos na avenida, ou seja, restaurar a normalidade do terror que  se está a viver na Grécia por um longo tempo. Os alunos responderam, mas não conseguiram resistir. Primeiramente recuaram e deixaram o local do protesto, mas logo retornaram. A segunda manifestação não durou muito tempo. Um pouco mais tarde eles foram embora.

É evidente que o Regime não vai permitir a realização de qualquer protesto de massa no centro de Atenas, especialmente na Praça do Parlamento (Syntagma), sem responder com a repressão violenta. As lembranças dos protestos dos indignados durante várias semanas neste lugar são claras e o regime quer evitar a sua propagação a qualquer preço. A manifestação do dia 3 de outubro tinha sido chamada por alguns alunos e escolas ocupadas mas não tinha sido articulada pela coordenadora de todas as escolas de Atenas. Dia 5 de outubro, data da greve geral, todas as universidades ocupadas e muitas escolas vão participar na grande manifestação no centro de Atenas.

domingo, 2 de outubro de 2011

Um só caminho, multiplicar as lutas contra o capitalismo

Manifestações de 1 de Outubro em Lisboa e Porto.
Apróximadamente duzentas mil pessoas desfilaram contra a política da tróika refletida pela política do governo submisso do PSD/CDS, completamente de cócoras perante o grande capital europeu .