quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"USS Bataan" - A morte ocupa o Tejo

Alguma comunicação social tem neste últimos dias a abordar a visita de um porta-aviões americano Uss Bataan, máquina assassina ao serviço do império americano, destacando-se em missões nas recentes guerras do Iraque e líbia, provocando inumeras vítimas . Há ainda a registar na folha de serviços deste navio , o facto que em determinado momento da sua vida, ter alojado no seu bojo uma prisão onde se praticou a tortura sobre pretensos terroristas. Branquear os crimes desta unidade militar è ir longe de mais, quando se vai ao ponto de utilizar crianças em visitas como a que ocorreu ontem com alunos da escola EB23 Bento Carqueja.

"Encontra-se fundeado no Tejo a máquina de guerra americana que dá pelo nome de USS Bataan,vaso de guerra que comporta em si mais de três mil militares, aviões e helicópteros de combate e mísseis.

Em junho de 2008, no Reino Unido com base numa organização de direitos humanos Reprieve, divulgou um relatório que referenciava o USS Bataan como um dos mais de 17 navios, onde eles acreditavam que os suspeitos de terrorismo estavam presos,sendo negado pela marinha dos EUA .

Em 02 de junho de 2008 The Guardian informou que "Os EUA admitiram que o Bataan e Peleliu foram usados ​​como navios prisão entre dezembro de 2001 e janeiro de 2002 ". O artigo afirmava: "O presidente George Bush admitiu em Setembro de 2006 que a CIA operava uma rede secreta de " sítios negros ", na qual suspeitos de terrorismo foram detidos e submetidos a que ele chamou de" técnicas avançadas de interrogatório ", um termo descrito pela Conselho da Europa como "essencialmente um eufemismo para algum tipo de tortura".

Também é sabido que John Walker Lindh , o " americano Taliban ", foi escoltado de volta para os Estados Unidos a bordo de Bataan.

Este vaso de guerra participou entre outas missões criminosas na guerra do Iraque e na recente guerra na Líbia causando morte e dor entre os povos destes dois países.

A presença deste navio de assalto ao serviço do império americano merece o nosso mais vivo repúdio . Denunciamos de igual modo a forma canina como as autoridades portuguesas recebem tão vis visitantes." in cma-j.blogspot.com

MUITO ACTUAL. SÓ OS VALORES É QUE MUDARAM

JOSÉ RÉGIO-SONETO QUASE INÉDITO .

José Régio e o seu burro - por Hermínio Felizardo

Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.

Fim ao roubo instituído

Painel colocado no Terreiro do Paço junto ao Ministério das Finanças .

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Marcha da Indignação, A organização e a revolta são inevitáveis

Realizou-se Sábado a Marcha da Indignação que contou com a presença de alguns milhares de pessoas, correspondendo ao apelo de alguns movimentos e colectivos sociais.
A combatividade foi patente nos presentes, condenando a política de saque do governo Passos Coelho, completamente prostado perante as exigências da tróika .







Polícia protege grupo provocador nazi


No início da MARCHA DA INDIGNAÇÃO, verificou-se uma provocação de um grupelho constituído por alguns energúmenos que se pretendeu insinuar, só não o fazendo devido à firme resposta dos manifestantes . 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais! foram algumas das palavras de ordem gritadas pelos indignados contra os provocadores que no meio da confusão lançaram um very light,pondo-se entretanto a coberto das forças policiais que os protegeram durante algumas centenas de metros .


Manifestante queima uma bandeira do grupo provocador

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MARCHA DA INDIGNAÇÃO

21 de Janeiro – 15H00 – Marquês de Pombal
DESEMPREGO – DÍVIDA – PRECARIEDADE
BASTA!


Iniciamos 2012 mergulhados numa das maiores crises já vividas na história portuguesa e europeia. São mais de 700 mil desempregados no nosso país, e esse número não pára de aumentar. A precariedade laboral devora os nossos sonhos, condenando-nos à miséria e a uma vida sem futuro.

O orçamento aprovado para este ano reproduz de modo ainda mais perverso as exigências da Troika, com cortes na Saúde, na Educação, eliminação do 13º e 14º salários na Função Pública, aumento do valor das taxas moderadoras, dos preços dos transportes, da eletricidade e das rendas das casas. Apesar do grande número de desempregados o governo amplia em meia hora por dia o horário de trabalho, aumentando a exploração e tornando mais difíceis novas contratações.

Não somos nós que estamos a “viver acima das nossas possibilidades”, mas sim os banqueiros, patrões e multimilionários, bem como os políticos que os apoiam. Estes é que são os verdadeiros responsáveis pela crise da dívida pública!

É PRECISO SAIR À RUA E DIZER BASTA!

Apelamos a todas e a todos, desempregados, trabalhadores, imigrantes, precários, reformados, estudantes, todos aqueles e aquelas cujas vidas e sonhos estão a ser destruídos em nome de uma crise pela qual não têm qualquer responsabilidade, a que se juntem e, a 21 de Janeiro, mostremos na rua que exigimos viver em Democracia e que em Democracia o poder é do povo e de mais ninguém!


PELO DIREITO AO TRABALHO COM DIREITOS!
CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES DOS SECTORES ESTRATÉGICOS!
SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DA DÍVIDA E AUDITORIA POPULAR!

A DEMOCRACIA SAI À RUA
TRAZ A TUA VOZ!
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Grades invisíveis

Facebook ao serviço da nação imperial

Mais um video esclarecedor de qual o papel do facebook e a quem serve este fenónemo por muitos e muitos acarinhado. O exemplo que segue dá para perceber outra realidade . A liberdade de cada um de nós vale muito mais .

Transportes: Sindicatos agendam greve para 2 de Fevereiro

Os sindicatos que representam os trabalhadores das empresas de transportes e comunicações agendaram para 02 de fevereiro um dia de luta com greves nos dois setores, disse à Lusa o coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira.
O sindicalista disse que a decisão de avançar para a greve foi tomada durante um reunião realizada hoje, que juntou sindicatos da CGTP, da UGT e independentes.

E porque não associar a esta luta os utentes, que serão alvo de novos aumentos no final deste mês. Trabalhadores dos transportes e utentes um mesmo combate, combater o capitalismo por todos os meios .

50º Aniversário do assalto ao quartel de Beja

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória – NAM, vai comemorar o 50º aniversário do assalto ao quartel de Beja, uma acção revolucionária, inserida num plano para o derrubamento do regime fascista, ocorrida em 1 de Janeiro de 1962.

Realizar-se-á uma sessão aberta ao público, na Biblioteca Museu da República e da Resistência, na Rua Alberto de Sousa, nº 10 A - Zona B, do Rêgo, com início às 15h horas, do dia 14 de Janeiro de 2012. Serão oradores a historiadora Irene Pimentel, o historiador António Louçã, e o coronel Carlos Matos Gomes e contamos com a presença de participantes naquela acção.

O NAM pretende, assim, homenagear todos os heróicos protagonistas desta acção revolucionária que consideramos um marco histórico na luta contra a ditadura do Estado Novo e manter viva a sua memória.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Revoltosos de Beja assinalam revolta contra a ditadura

A revolta de Beja ocorreu há 50 anos, abanando a ditadura salazarista, ditadura essa que se vê cada vez mais refletida na sociedade portuguesa com os "netos" do ditador a pugnarem pela aplicação de uma política anti-popular acente em leis cada vez mais fascizantes e repressivas.
A revolta de Beja foi um contributo inegável para o derrube do fascismo e a coragem dos revoltosos ainda hoje devem servir de motivação para a luta contra um governo ao serviço do grande capital financeiro europeu.

A poucos dias de se completarem cinquenta anos sobre a Revolta de Beja, vinte e dois participantes daquela acção antifascista emitiram uma declaração destinada a "resgatar a 'memória apagada' dessa efeméride, remetida como está para o limbo dos acontecimentos avulsos". Entre os subscritores contam-se o dirigente militar da revolta, coronel Varela Gomes, e o antigo tarrafalista Edmundo Pedro.
Insurrectos de Beja evocam revolta contra a ditadura
João Varela Gomes, o dirigente militar da acção revolucionária de Beja


A declaração (aqui em versão integral), longe de atribuir aos signatários um mérito sem paralelo com outras acções antisalazaristas, sublinha que "o combate e a resistência contra a ditadura e o fascismo em Portugal constituíram um processo histórico contínuo ao longo de metade do séc. XX. Nesse processo insere-se a Revolta de Beja [...] A sua importância e significado são-lhe conferidos pelo fluxo histórico no seu todo. Não foi um episódio isolado, fora do contexto da luta comum do povo português".
Signatários da declaração:

Airolde Casal Simões, Alexandre Hipólito dos Santos, Alfredo da Conceição Guaparrão Santos, António da Graça Miranda, António Pombo Miguel, António Ricardo Barbado, António Vieira Franco, Artur dos Santos Tavares, Edmundo Pedro, Eugénio Filipe de Oliveira, Fernando Rôxo da Gama, Francisco Brissos de Carvalho, Francisco Leonel Rodrigues Francisco Lobo, João Varela Gomes, José Galo, José Hipólito dos Santos, Manuel da Costa, Manuel Joaquim Peralta Bação, Raul Zagalo, Venceslau Luís Lopes de Almeida, Victor Manuel Quintão Caldeira, Victor Zacarias da Piedade de Sousa
Desse fluxo histórico, cita-se na declaração o "levantamento popular provocado pelas eleições presidenciais em 1958", recordando que o protagonista dessas eleições, general Humberto Delgado viria a ser "o impulsionador da Revolta de Beja", e posteriormente o primeiro duma lista de 87 cidadãos acusados de envolvimento na Revolta.

Para além dos antecedentes da Revolta, a referência ao fluxo histórico inclui os seus prolongamentos posteriores, nomeadamente a crise estudantil que eclodiu em Março de 1962 e a especial amplitude que assumiram as comemorações do 1º de Maio desse ano, apesar da proibição que sobre elas mantinha a ditadura. Nos anos seguintes, a linha de acontecimentos que acompanham a guerra colonial e conduzem ao 25 de Abril de 1974 não pode separar-se do impacto que teve a Revolta de Beja.
Jornal refere o acontecimento
Uma Revolta que efectivamente aconteceu
Com efeito, esta distinguiu-se de intentonas e protestos mais ou menos inócuos que se tinham sucedido ao longo da ditadura, nomeadamente a Abrilada de 1961, com a sua concepção exclusivamente palaciana, e disitnguiu-se também do que Delgado criticava como "oposição sentada". A Revolta de Beja, pelo contrário, como refere a declaração, "aconteceu e ficou selada em sangue e morte".

Os insurrectos foram desta vez operários e civis, de Almada ou do Bairro da Liberdade, e militares com antecedentes de conspiração, por certo, mas também com um historial de agitar na praça pública contra a ditadura.

Assim, Humberto Delgado, que veio clandestinamente a Portugal e se desolocou a Beja para assumir o comando da Revolta, era a mais conhecida figura da oposição. E o dirigente operacional da Revolta, então capitão Varela Gomes, tinha sido nas eleições de 1961 candidato oposicionista e o mais destacado agitador dessa campanha.

A grande maioria dos civis fora recrutada para a acção revolucionária de Beja por Manuel Serra, militante católico progressista, antigo oficial da marinha mercante, preso dois anos antes aquando da frustrada "Revolta da Sé" e depois evadido da prisão.