domingo, 26 de fevereiro de 2012

PORTO-PRAÇA DA BATALHA ÁS 11 HORAS
LISBOA-CHIADO/RUA GARRET ÁS 17:30 HORAS

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bahrein - Um povo em luta que o ocidente ignora

Os videos que se juntam refletem o dia a dia do Bahrein, nomeadamente mostra uma resposta à repressão e á morte de um manifestante pela polícia do Bahrein, dezenas de ativistas munidos com coquetéis molotov incendiaram um posto da policia. O ataque aconteceu dias atrás.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Síria, a nova Líbia

por Pepe Escobar

Uma Kalashnikov era vendida no Iraque até recentemente por US$100. Agora, custa no mínimo $1.000, mais provavelment $1.500 (longe vão os dias em que os sunitas que se uniam à resistência, em 2003, podiam comprar uma Kalashnikov falsa, fabricada na Romênia, por $20).

Destino preferencial das Kalashnikov de $1.500 em 2012: a Síria. Rede: a al-Qaeda na Terra dos Dois Rios, também conhecida como AQI. Compradores: jihadis infiltrados que operam ombro a ombro com o chamado Exército Sírio Livre (Free Syrian Army, FSA).

Também operam como correia de transmissão entre Síria e Iraque as explosões de carros e os suicidas-bomba, como as duas explosões recentes nos subúrbios de Damasco e o suicida-bomba, 6ª-feira passada, em Aleppo.

Quem imaginaria que o que a Casa de Saud deseja ver na Síria – um regime islâmico – é exatamente o que a al-Qaeda também deseja para a Síria?

Ayman "O Cirurgião" al-Zawahiri, número 1 da al-Qaeda, em vídeo de oito minutos, intitulado "Avante, Leões da Síria", acaba de convocar à luta os muçulmanos no Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia, para derrubar o "regime pernicioso, canceroso", de Bashar al-Assad. De fato, já estavam alistados, em geral, mesmo antes de O Cirurgião entrar em cena. E não só eles, mas principalmente os "combatentes da liberdade" líbios transplantados, conhecidos antigamente como "os rebeldes".

Quem imaginaria que o que o CCG-NATO (Conselho de Cooperação do Golfo+Organização do Tratado do Atlântico Norte) deseja ver na Síria é exatamente o que a al-Qaeda também deseja para a Síria?
Portanto, quando, apesar de todos os horríveis ataques militares que matam sobretudo os civis apanhados no fogo cruzado, o governo de Assad diz que está combatendo "terroristas", ele, em termos precisos, não está mentindo. Até aquela entidade onipresente, proverbial, "funcionário do governo dos EUA que não quis identificar-se" já culpa a al-Qaeda na Terra dos Dois Rios, AQI, pelas recentes explosões. E, além desses, também o vice-ministro do Interior do Iraque Adnan al-Assadi: "Temos informações de inteligência de que vários jihadists iraquianos partiram para a Síria."

Assim sendo, se não deu para fazer da Síria a nova Líbia, no sentido de uma resolução da ONU autorizar o bombardeamento humanitário – vetada por dois BRICs, Rússia e China –, a Síria pelo menos já é uma nova Líbia, no sentido dos escandalosos laços entre "os rebeldes" e os jihadis salafistas linha-dura.

E dado que o ocidente absolutamente adora situações de ganha-ganha, mesmo que pré-fabricadas, é perfeitamente possível que aí esteja, prontinho, o casus belli que o Pentágono esperava – libertar a Síria de uma "al-Qaeda" que, antes, não estava lá. Não esqueçam que – apesar de todo o alarde sobre a "deriva" do governo Obama/Pentágono, afastando-se do Médio Oriente e voltando-se para o Leste da Ásia, toda a "guerra global ao terror" (global war on terror, GWOT), que Obama rebatizou de "operações contingenciais além-mar" ("overseas contingency operations", OCO), continua bem viva, vivíssima.

Libertem-me, para eu matar à vontade

No ano passado, o Asia Times Online advertiu inúmeras vezes que a Líbia "libertada" – e "libertada" pelos chamados "rebeldes da NATO" – rapidamente se transformaria em inferno povoado de milícias armadas. Exatamente o que lá se vê hoje: há pelo menos 250 milícias diferentes, só em Misurata, segundo o Human Rights Watch; as milícias são polícia, juízes e carrascos-executores, tudo ao mesmo tempo. Por falar nisso, não há Ministério da Justiça na Líbia "libertada". Se você for preso e chegar à cela, ali mesmo será executado; e se for africano subsaariano, ainda ganha, de brinde, longo período de tortura, num campo libertado de prisioneiros, antes de ser executado.

Como se viu acontecer na Líbia – porque é questão estratégica para o eixo Casa de Saud/sunitas do Qatar –, já não há qualquer possibilidade de autêntico diálogo entre a insurreição (armada) e o regime de Assad. Afinal, o objetivo chave é derrubar o regime de Assad. Então, a propaganda reina absoluta, nos media árabes controlados quase todos ou pelos sauditas ou pelos qataris.

Por exemplo: o muito louvado Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede em Londres, e que vive de vomitar estatísticas sem qualquer comprovação, números e mais números, sem fim, dos "massacres" cometidos pelo governo sírio – falaram até em "genocídio" –, é mantido com dinheiro de uma entidade sediada em Dubai e financiada por obscuros doadores ocidentais e do Conselho de Cooperação do Golfo.

Para completar, os 'especialistas' mediáticos da "oposição" orientam com precisão de mira a laser toda a cobertura da imprensa-empresa ocidental. A rede CNN atribuiu as bombas de Aleppo, na 6ª-feira, a "terroristas" – assim, entre aspas. Imaginem a histeria total, se fosse a Zona Verde dos EUA, no Iraque, atacada à bomba pela resistência sunita, em meados da década dos 2000. A BBC acreditou realmente na versão de propaganda que a Fraternidade Muçulmana Síria distribuiu, segundo a qual o governo sírio se autobombardeara: tão verossímil como a 'notícia' de que o Pentágono se autobombardeava na Zona Verde. Quanto aos media árabes – em grande parte controlada por sauditas e qataris –, ignorou completa e absolutamente a conexão al-Qaeda.

A Liga do Conselho de Cooperação do Golfo – antiga Liga Árabe –, depois de bombardear o próprio relatório da própria comissão sobre a Síria, porque não reproduzia a narrativa pré-fabricada sobre um governo "do mal" que bombardeava unilateralmente o próprio povo, anda agora propagandeando um supostamente humanitário Plano B: uma missão de paz árabes/ONU, para "supervisionar a execução do cessar-fogo". Mas que ninguém se deixe enganar: a agenda ainda é a mudança de regime, como antes.

O príncipe Saud al-Faisal, ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, já começou a fazer os ruídos certos, descartando qualquer intervenção humanitária. Simultaneamente, é muito edificante ouvir a Casa ("oh, como somos progressistas") de Saud a lamentar a "falta de comprometimento do governo sírio" e a pontificar que "a Síria passa hoje, não por uma guerra de guerrilha, nem racista nem sectária, mas por matança em massa, sem qualquer consideração humanitária".

Imaginem o quanto seriam "humanitárias" as "considerações" da Casa de Saud, no caso de emergir um movimento pró-democracia entre a maioria xiita que habita a província Leste (já aconteceu; o movimento emergiu e foi reprimido com violência extrema). Melhor ainda: lembrem como os sauditas tinham ar "humanitário", quando invadiram o Bahrain.

A agenda do CCG-NATO permanece inalterada: mudança de regime, por não importa qual meio. Até o Guerreiro-em-Chefe e presidente dos EUA Barack Obama já disse isso, ele mesmo, em pessoa. Os fantoches do CCG obedecerão servis e felizes. Portanto, só resta esperar uma inflação de Kalashnikovs através da fronteira, mais carros-bomba, mais suicidas-bomba, mais civis mortos no fogo cruzado e a lenta, imensamente trágica, fragmentação da Síria.
14/Fevereiro/2012

O original encontra-se em http://www.atimes.com/atimes/Middle_East/NB14Ak01.html

ZECA AFONSO - 25 anos após a sua morte, a homenagem devida

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

AcTUA - Acampamento pelo TUA de 10 a 18 de Março

Caros amigos, Caras amigas

Entramos na fase crítica para podermos travar uma das maiores atrocidades cometidas num dos mais belos rios de Portugal. Esta é uma luta que já dura há vários anos, contudo todos os esforços que têm sido feitos para preservar o Vale do Tua, a sua riqueza natural e cultural, têm sido contrariados pelas forças políticas e económicas que querem expropriar-nos de um bem comum universal.

A construção da barragem já começou! O Vale do Tua faz parte do Alto Douro Vinhateiro - Património Mundial da Humanidade que celebrou o 10° aniversário da classificação atribuída pela Unesco em Dezembro passado – e vê-se agora em risco de ser completamente destruído. Temos de agir. Temos de nos unir para preservar um Património que é nosso.

A construção da Barragem em Foz-Tua faz parte do Plano Nacional de Barragens, um plano energético concebido pelo Governo deposto que promulgou a construção de 10 Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico no país. A maioria das organizações da sociedade civil insurgiu-se contra este plano, que dá forma ao maior atentado ambiental a acontecer em Portugal. Apesar de todo o esforço feito por estas organizações, os interesses económicos que estão por detrás das construções das barragens têm ultrapassado todos os entraves colocados.

Precisamos de todo o apoio possível para parar a barragem de Foz-Tua.

O dia 14 de Março é o Dia Internacional pelos Rios. O rio Tua, o rio Sabor, o rio Tâmega, os rios ameaçados não podem ser esquecidos. Queremos assinalar este dia com um evento em que a nossa voz se faça ouvir. Do dia 10 ao dia 18 de Março iremos organizar um acampamento pela preservação do Vale do Tua e pela censura pública dos promotores deste empreendimento.


Este acampamento pretende reflectir sobre o momento actual que vive Trás-os-Montes e, em especial, a Linha do Tua e ao mesmo tempo, partilhar a realidade, cultura de uma comunidade que há muitos anos sente e vive o Vale do Tua. Ao mesmo tempo, o acampamento será um local para criar redes entre as pessoas, fortalecendo a aprendizagem entre todos/todas: a troca de experiências e difusão de informações sobre questões ambientais, sociais e políticas. Será também um espaço para acções de protesto, junto aos locais e com as gentes afectadas pela barragem, para exigir a suspensão dostrabalhos de construção. Nao podemos permitir que a construção da barragem condene a Região do Vale do Tua com a desclassificação do Alto Douro Vinhateiro e a submersão da centenária Linha do Tua, por isso caminhamos contra a construção da Barragem da EDP.

O acampamento está a ser organizado por voluntários.Precisamos de todo o apoio das associações e das pessoas que queiram participar na organização deste acampamento. Este acampamento é auto-organizado e lançamos o apelo para que todos/todas se organizem com acções e material pelo Tua, contra a Barragem. O apoio poderá ser feito de várias formas:
- divulgando material de campanha, convites, outros materiais informativos
- organizando transportes colectivos para viagem até ao Tua
- organizando materiais como: tendas/lonas/estruturas em madeira/equipamento de cozinha/casas de banho ecológicas/alimentos/tintas/
- participando activamente na organização e preparação nas reuniões, workshops e na preparação do acampamento no terreno
- donativos

Os impactos que a construção da barragem vai provocar são inúmeros e irreversíveis, entre eles contam-se:
- o afogamento de uma linha de comboio com 125 anos, que tem a função de servir as populações locais ao nível de transporte de bens e pessoas, como tem também um potencial turístico enorme, e por isso de importante desenvolvimento económico e social;
- a hipoteca causada a todas as gerações futuras pela construção da barragem (o PNB está previsto custar 16 mil milhões de euros ao estado e ter uma produção nula)
- as grandes barragens destroem irreversivelmente os solos agrícolas, os ecossistemas, as paisagens naturais e humanizadas, o património cultural, ou seja, a sustentabilidade social, ecológica, económica;

- a desclassificação do ALTO DOURO VINHATEIRO – Património da Humanidade (ver relatório da ICOMOS sobre os impactos da barragem da EDP no Património Mundial da UNESCO);

- a perda incomensurável de fluxo turístico de identidade cultural e de criação de riqueza na Região;

- a violação da Directiva Quadro da Água, um plano de acção da Comunidade Europeia para a protecção das águas.

Todas as mãos são bem-vindas! Não deixemos afundar o Vale do Tua!
Acampamento Actua 10 a 18 Março 2012
Concurso de Artes Actua pelo Tua // Exposição 14 Março Foz-Tua // Inscrições Abertas



in, http://acampamentoactua.wordpress.com/

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Grécia - Polícia carrega brutalmente sobre manifestação de 19 de fevereiro

A Polícia reprimiu carregando brutalmente sobre a manifestação do dia 19 de fevereiro na Praça Syntagma de Atenas, uma semana após a maciça manifestação de 12 de fevereiro.

A poucas horas do horário previsto para a manifestação, grupos de policias da chamada tropa de choque, policias à paisana e motorizados estavam espalhados por todo o centro de Atenas, parando os transeuntes, abrindo as suas bolsas, mochilas e pertences e realizando umas 60 prisões preventivas, tentando aterrorizar aqueles que iam para o ponto de encontro da manifestação e especialmente aos que pretendiam participar dela.

A Polícia, como de costume, fechou as estações de metrô do centro da cidade, impondo uma espécie de toque de recolher. Apesar do terrorismo cerca de 6.000 manifestantes (incluindo um grupo de manifestantes motorizados) responderam ao apelo dos sindicatos de base, dos "indignados" e de várias assembleias de bairros e coletividades. Um pouco depois das 20h e ao mesmo tempo em que a manifestação estava em curso, os policias começaram a provocar os manifestantes. Um grupo reagiu, atirando pedras e outros objetos. Quando a Polícia começou a disparar gás lacrimogêneo e outros gases cancerígenos alguns manifestantes responderam com coquetéis molotov e pedras. Então começou uma perseguição implacável pela Praça Syntagma e ruas circundantes. Poucos minutos depois, a perseguição dos manifestantes chegou até um bairro que fica quase meia hora de caminhada da Praça Syntagma...

Durante os incidentes vários manifestantes foram feridos, incluindo algumas pessoas mais velhas. Houve detenções cujo número de momento é desconhecido. Para os meios de desinformação a manifestação foi como se ela não tivesse acontecido...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A cólera do povo estilhaçará a coligação governamental PASOK-ND

"Centenas de milhares de manifestantes gritaram por todo o país: "O governo com esta linha política criminosa deve ir-se já, junto com a Troika. Nenhum memorando deve ser assinado. Nenhum acordo novo. A plutocracia deve pagar".

A manifestação do PAME em Atenas foi espantosa. Houve muitas outras grandes manifestações por todo o país. Os trabalhadores trataram destemidamente o plano organizado do estado para reprimir a manifestação.

Com comício magníficos em Atenas e dúzias de cidades gregas, a classe trabalhadora e outros estratos populares e juvenis exigiram que o novo memorando não fosse aprovado no Parlamento, dando uma resposta decisiva à linha política anti-povo e à chantagem do governo. Esta foi a maior manifestação das últimas décadas, caracterizada pelo grande comício de massa do PAME e dos sindicatos com orientação de classe com exigências contra o Acordo de Empréstimo, pelo derrube da linha política anti-povo, pelo desligamento da UE com o cancelamento unilateral da dívida, com o poder do povo de modo a que a riqueza do país possa ser utilizada e proporcione prosperidade para o povo.

O orador do comício do PAME, C. Katsiotis, observou no seu discurso: "O povo não deve temê-los, nem ficar em silêncio e permitir-lhes que o esfolem vivo. Nãos tem importância se isto acontece dentro ou fora do Euro, com uma bancarrota controlada ou descontrolada. O que é de importância vital é que o povo decida que não fará mais sacrifícios para a plutocracia, para encher as arcas do tesouro dos capitalistas, enquanto ele povo e seus filhos é submerso na pobreza absoluta e na penúria".

Deve-se notar que as novas medidas eliminam três meses de salário por ano dos trabalhadores (redução de 22%) e quatro meses de salário dos trabalhadores recém contratados (32% de redução), além de outras medidas e dos impostos pesados que eliminarão ainda mais do que resta do rendimento dos trabalhadores.

Os manifestantes permaneceram durante mais de 6 horas nas ruas, organizados, formados em enormes contingentes com os braços ligados em conjunto, sem temor, apesar da orgia de repressão e da actividade dos provocadores que incendiaram edifícios no centro da cidade. Foi um plano selvagem e descarado de repressão do estado o qual utilizou os indivíduos encapuzados. O aparelho de repressão do estado atacou com toneladas de gás lacrimogéneo (é significativo que no princípio da noite o abastecimento de gás lacrimogéneo das forças de repressão estivesse esgotado) e granadas de luz com efeito atordoante (stun grenades), inteiramente não provocados, as centenas de milhares de manifestantes que inundaram ontem o centro da cidade, quando o novo memorando estava a ser discutido no Parlamento.

O plano do governo era óbvio: Que o povo não deveria chegar à Praça Syntagma; travar a manifestação. Um objectivo adicional deste plano, o qual incluía dúzias de incêndios e destruição de material no centro da capital, era no sentido de o povo trabalhador de Atenas submeter-se à novas medidas anti-povo, esconder das câmaras as dezenas de milhares de trabalhadores, os quais manifestavam-se nos contingentes do PAME, bem como dispersar a manifestação de massa, assim como transmitir os dilemas intimidatórios do "salvamento do país" ou a "destruição" e "caos" de uma possível bancarrota.

Na sua declaração o KKE condenou um "plano do estado para reprimir e intimidar o povo. No momento em que os partidos da plutocracia e da aliança predatória da UE extorquem e ameaçam o povo votando a favor de um memorando para a bancarrota do povo, vários mecanismos queimam edifícios, a fim de criar o cenário de destruição que eles estão a provocar para o povo (...) A polícia de choque e os indivíduos encapuzados operam de um modo coordenado contra as magníficas manifestações do povo a fim de dispersá-las. (...) Eles utilizam mentiras, chantagem, repressão e provocações a fim de subjugar o povo. Mas eles são indefeso se se encontram face a face com um povo que está determinado e organizado para tratar com eles, para combater e vencer a sua causa justa.

O KKE apela à classe trabalhadora, ao povo, à juventude para que mantenha num estado de prontidão e vigilância a fim de impedir qualquer tentativa de tomada de medidas autoritárias".

No interior do Parlamento, durante a discussão das medidas bárbaras do Acordo de Empréstimo, o grupo parlamentar do KKE, com a sua superioridade ideológica e política, denunciou os dilemas da chantagem utilizada pelo governo, PASOK, ND, os media referente à inevitabilidade da implementação do Acordo de Empréstimo de modo a que o povo já em bancarrota ainda a agrave mais. Através das suas intervenções os deputados comunistas, demonstrando porque nenhum deputado tem o direito de votar pelas medidas bárbaras que exterminam o rendimento popular e da classe trabalhadora, exerceu pressão e aguçou extremamente as contradições, as quais manifestaram-se nos partidos burgueses e exprimiram-se pelas suas graves perdas na votação. Foram 22 os deputados do PASOK e 21 os da ND que se opuseram à votação em favor do acordo em foram expulsos (incluindo antigos e actuais ministros). O partido nacionalista LAOS que declarou que votaria não ao acordo não participou da votação. Dois dos seus deputados votaram pelo Acordo de Empréstimo. É significativo que de um total 278 deputados 199 votassem pelo Acordo de Empréstimo e 74 votassem contra.
http://inter.kke.gr/News/news2012/2012-02-13-info
Devido à pressão exercida pelo KKE, os partidos burgueses utilizaram o anti-comunismo e a abjecção, os quais marcaram o discurso provocatório de E. Venizelos, vice-presidente do governo e quadro do PASOK, o que provocou uma forte reacção de todo o grupo parlamentar do KKE.

Os deputados do KKE levantaram-se e protestaram, responderam dinamicamente às chantagens enquanto o volume do miserável projecto de lei era simbolicamente atirado das cadeiras do Grupo Parlamentar do KKE para as cadeiras dos ministros.

A secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, assumiu a palavra e dentre outras coisas mencionou: "Vocês estão literalmente a tentar subjugar a opinião do povo que sofre, do povo pobre, por meios de intimidação ideológica sem precedentes. Desculpe-me, eu não o identifico com ele, mas Goebbels teria inveja de si. Uma grande bancarrota está a vir! A quem estão a falar? Ao povo que já está em bancarrota? Não, não estamos interessados numa Grécia que será salva e em que o povo estará em bancarrota. [...] Desde a manhã você tem estado continuamente a falar acerca de destruição, mesmo acerca de guerra civil (...) Mesmo a televisão do estado subitamente relembrou a guerra civil (...) Nós responderemos quando chegar o momento. Mas vocês são responsáveis quando colocam tais questões ao povo. Vocês têm os prazos finais da Troika e da Comissão. E eu estou a dizer que tais ultimatos não foram emitidos nem mesmo na véspera de guerras mundiais. (...) Vocês estão a provocar-nos.

Temos estado a ouvir vocês o dia todo a falar acerca de guerra, a contar-nos que não teremos pensões, que não receberemos abonos, ou não sabemos porque e para que fim estão a falar acerca de guerra civil. Agora quem desencadeou a situação? Temos os nossos limites. Somos polidos mas não estúpidos. (...) Portanto dizemos ao povo o seguinte: a bancarrota profunda virá, ou com o euro ou com o dracma, não podemos saber isto antecipadamente.

Em segundo lugar, mesmo que a Grécia aumente a sua competitividade outros países desenvolver-se-ão ainda mais. No melhor dos casos ela pode ascender 2-3 posições. Mas esta competitividade custará ainda mais ao povo trabalhador. A Grécia estará super-endividada durante 150 anos, como foi o caso com os empréstimos da "independência" (...) em qualquer caso quem está em baixo não deve ter queda. O povo não evitará a bancarrota não importa o que faça, mesmo se aceitar trabalhar de graça durante um, dois ou três anos. A nossa posição é: lutas que podem impedir o pior. Mas a fim de fazer isto o movimento popular deve ser dirigido rumo à mudança deste sistema política pelo sistema político dos trabalhadores e pelo poder do povo. Desligamento e cancelamento unilateral da dívida; não há outra solução para o povo".

O grupo parlamentar do KKE também refutou de um modo bem fundamentado as chantagens do governo:

"Hoje os deputados arcam com uma responsabilidade especial quando aprovarem uma lei que fará com que o povo trabalhador tenha de subsistir com um salário de 489 euros dado o alto custo de vida e com que os jovens tenham de viver com um salário de 440 euros enquanto ao mesmo tempo vocês concordam em que apenas uma pequena fracção dos desempregados receberão 330 euros. (...) Ninguém tem o direito de condenar o povo trabalhador a um salário de 400 euros. Estarão vocês a dizer que "nós o enterraremos vivo para o seu próprio bem?" (...) Será vossa preocupação meramente a divisa que exprimirá a pobreza do povo? O sistema esgotou seus limites históricos. Ele não pode nem mesmo proporcionar um bocado de pão a fim de subornar consciências. (...) A riqueza social hoje é incrivelmente alta e vocês pedem ao povo para viver tal como na Idade Média. Estamos a dizer a todo o povo que levante as suas cabeças, pois não têm nada a perder senão os seus grilhões".

13/Fevereiro/2012
O original encontra-se em http://inter.kke.gr/News/news2012/2012-02-13-info

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Grécia - Acerca dos recentes acontecimentos

"Os meios de comunicação internacionais têm falado sobre a noite passada na Grécia. Falam sobre fogo, de caos, de violência...

Falam sobre as 100.000 pessoas reunidas em Syntagma, mas não das 200.000 que realmente havia, nem das 300.000 que não puderam chegar à praça, porque as ruas e metrôs foram bloqueados pela polícia.

Não falam sobre como a polícia provocou o início dos distúrbios às 17 horas, atirando bombas de gás lacrimogêneo indiscriminadamente por toda a Praça Syntagma, dispersando os manifestantes por todo o centro de Atenas, para que não incomodassem em frente ao Parlamento.

A mídia tem falado em destruição indiscriminada, espalharam o rumor de que a Biblioteca Nacional de Atenas ardia em chamas. Falso.

Foram queimados bancos, cafés e lojas, franquias de indústrias multimilionárias que levaram a Grécia a esta situação; a mídia fala de jovens anti-sistema, mas não falam sobre mulheres e homens idosos com máscaras anti-gás mostrando seu apoio durante horas batendo ritmicamente nas portas dos bancos e das multinacionais com as mãos e pés, assobiando e gritando em apoio às primeiras linhas que resistiam aos ataques dos anti-distúrbios nas ruas cheias de gases lacrimogêneos e foguetes, aplaudindo ao ver as chamas no Alpha Bank e Eurobank.

Falam que a violência não resolverá a situação na Grécia, mas não falam da assembléia inter- bairros, realizada na semana passada na Universidade de Pantios; não falam que a ocupação da Universidade de Nomiki tinha como objetivo ser um lugar de intercâmbio e debate entre os diferentes movimentos gregos; não falam sobre refeitórios livres e mercados de troca que ocorrem semanalmente nos bairros.

O que a mídia não diz é que, após a última expropriação massiva em um supermercado e a distribuição de alimentos em um subúrbio obreiro de Tessalônica, as pessoas idosas diziam que não tinham chegado a tempo, que voltássemos a entrar e, ainda, se por um momento elas não entrassem, sabem onde está sua gente.

O que não dizem é que, enquanto caminhávamos por um bairro obreiro, em uma pequena manifestação longe do centro, as pessoas surgiam das sacadas erguendo o punho, e a manifestação aumentou sua afluência - as pessoas saiam de suas casas, se juntavam, as velhas apoiadas aplaudiam, os velhos... putz, os velhos cantavam hinos... e isso não dirá a mídia, mas nós já dizemos.

Aqui em Atenas eles sabem que não estão sozinhos, que toda Europa segue o mesmo caminho, o que não sabem é que estamos fazendo no resto da Europa... se estamos fazendo algo o resto da Europa."
Pequeno relato dos recentes acontecimentos na Grécia

Parar a escalada de guerra no Médio Oriente!


Comunicado do CCPC-Conselho para a paz e cooperação a propósito das provocações imperialistas no médio-oriente .

"É com grande preocupação que constatamos que, após mais de meio ano de incessantes bombardeamentos da NATO à Líbia, que causaram dezenas de milhar de mortos e feridos e a destruição de grande parte deste país, os EUA e os seus aliados se lançam noutra operação de declarada ingerência e agressão, agora contra a Síria.

Independentemente da posição que se possa ter quanto ao regime
sírio, o que está em causa e não podemos deixar de denunciar e rejeitar é que, tal como aconteceu com a Líbia, se instrumen -talizam e alimentam questões internas, dificuldades e contradi-ções de um país com o fim de promover a desestabilização, o conflito, o bloqueio económico e político, e ameaçando também de agressão militar directa, intuitos acompanhados por uma
intensa operação de desinformação e de tentativa de instrumen-talização das Nações Unidas e suas agência, de modo a justifi-car inaceitáveis propósitos belicistas, com o seu lastro de morte e destruição.

Aqueles que impuseram a guerra na Jugoslávia, no Afeganistão e no Iraque e que aí são responsáveis e cúmplices de violações dos direitos humanos e dos povos, clamam hipocritamente pelo seu respeito, acenando de novo com a barbárie de nova guerra
que terá agora como principal vítima o povo sírio, as suas legítimas aspirações e os seus direitos de soberania, políticos, económicos e sociais. É contra os países que assumem posições que contrariam os propósitos imperialistas nesta região e que aí enfrentam e rejeitam a política de Israel – que ocupa ilegalmente territórios da Palestina, do Líbano e da Síria – que os EUA e os seus aliados levam a cabo uma perigosa escalada de ingerência e guerra. Escalada de guerra que é contrária às aspirações e interesses de todos os povos do Médio Oriente e que, a não ser travada, constituirá uma potencial catástrofe de grandes proporções para toda a
humanidade , porque a guerra só trará sofrimento, destruição e o agravamento da situação na Síria e em todo o Médio Oriente, com consequências de latitude imprevisível.

Apelamos ao fim da ingerência e da escalada de agressão contra a Síria, ao respeito pela soberania do seu povo e pela independência e integridade territorial deste país (incluindo os Montes Golã, ilegalmente ocupados por Israel); Reclamamos do Governo português o fim da sua política de apoio à escalada de tensão e de conflito no Médio Oriente e, pelo contrário, uma atitude consentânea com a Constituição da República – que preconiza a solução pacífica dos conflitos internacionais e a não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados – e a Carta das Nações Unidas."

Lisboa, 19 de Dezembro de 2011

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vigília de apoio aos gregos hoje frente ao parlamento em Lisboa


Comunicado da Lusa 10 Fev, 2012,
Uma vigília de "apoio aos gregos" foi convocada hoje pela rede social Facebook para as 18:30 frente à Assembleia da República, em Lisboa, disse à Lusa um dos organizadores.

"A ideia partiu hoje de uma conversa entre várias pessoas. Decidimos fazer uma manifestação de apoio à greve geral na Grécia e fizemos um apelo através do Facebook ( https://www.facebook.com/events/207599632672511/ ), disse à Lusa Tiago Peixoto, 33 anos, desempregado e "totalmente independente".

"No fundo é um ato semelhante àquele que os gregos fizeram em Atenas, frente à embaixada de Portugal, no dia 24 de Novembro" de 2011, data da última greve geral portuguesa, acrescentou Tiago Peixoto que vê semelhanças entre a situação da Grécia e de Portugal.

"Há uma tentativa de separar a situação grega da situação portuguesa mas o que estamos neste momento a ver em Portugal está a ser um seguimento muito similiar da ordem dos eventos que se verificam na Grécia. Ou seja, ainda esta semana, foi divulgado que foram criados mais de cinco mil milhões de euros em dívida pública. Portanto, na minha opinião, estas medidas de austeridade estão a gerar mais dívida o que está a contribuir ainda mais para a espiral de recessão em Portugal", disse Tiago Peixoto que aponta os mais desfavorecidos como os alvos das medidas de austeridade.

"Quem está a ser mais penalizado é o trabalhador comum. Tanto cá como no Grécia", conclui um dos organizadores da vigília "Somos todos gregos" que está a ser convocada na internet.

300 mil no Terreiro do Paço contra a política criminosa do Governo

A presença de 300 mil manifestantes no Terreiro do Paço, não decidem o derrube do Governo ou uma mudança radical desta sociedade capitalista, mas poderemos considerar um passo importante para os grandes combates que se avizinham.
O Governo não dá sinais de querer inverter a política de submissão perante o imperialismo europeu , posionando-se numa atitude de arrogância e provocação para com os trabalhadores e outros sectores da população como os velhos, crianças e jovens.
A luta consciente è o único caminho que resta aos trabalhadores. Que mil lutas floresçam .

10 e 11 de fevereiro - Greve Geral de 48 horas na Grécia

O povo insubmisso grego não desarma perante a política do grande capital europeu e manifesta-se nas ruas apesar do grande aparato policial . Os relatos seguintes são reveladores da dimensão da realidade grega .
Confrontos com a Polícia e ocupações de Ministérios e Prefeituras em toda a Grécia .

Primeiro dia da greve de 48 horas: Confrontos com a Polícia e ocupações de Ministérios e Prefeituras em toda a Grécia

Atenas: A participação na manifestação do primeiro dia da greve de 48 horas foi inferior à esperada. A manifestação de mais de 10.000 pessoas começou um pouco depois do meio-dia com conflitos na praça principal de Atenas, Sintagma, entre manifestantes de um lado e numerosos agentes das forças repressivas e policiais secretos e fascistas do outro. Um manifestante ficou gravemente ferido e 7 foram presos, apesar de que houve cerca de 15 prisões preventivas.

Nas ruas circundantes agentes da equipe motorizada da Polícia grega investiram contra manifestantes batendo em muitos deles. Os enfrentamentos nas ruas do centro duraram várias horas. Os agentes da chamada tropa de choque atacaram e bateram a sangue frio num manifestante, jogaram-no ao chão, e em seguida ficaram um bom tempo dando chutes e depois lançaram granadas de ruído enquanto ele estava caído e sangrando no chão (foto).

Pode ser que a manifestação não teve as características quantitativas esperadas, mas as características qualitativas do protesto foram muito significantes. A fúria e a insistência dos manifestantes durante os confrontos eram grandes. As pessoas não retrocediam diante das investidas da Polícia, apesar do uso excessivo de gás lacrimogêneo e produtos químicos por parte dela. Em várias ocasiões grupos de pessoas resgataram os manifestantes detidos pela Polícia ou outros prestes a ser presos, evitando a sua detenção. É interessante assinalar a surra que vários manifestantes deram em um grupo de fascistas que apareceram para acompanhar seus irmãos de farda.

No bairro de Jolargós a Assembléia Popular Aberta local passou a ocupar a Prefeitura. Às 18 horas, houve uma assembléia realizada na Prefeitura ocupada. Os membros da Assembléia Popular fizeram um chamado para ocupações nos conselhos de todos os bairros e a grande manifestação de domingo em frente ao Parlamento.

Heraclion, Creta: Enorme e combativa manifestação do primeiro dia da greve de 48 horas. Mais de 10.000 pessoas marcharam pelas ruas do centro de Heraclion. Foi uma das maiores manifestações realizadas na cidade. Houve vários ataques a bancos e pichações de slogans contra o Regime, Bancos, e em solidariedade com os grevistas da rede de supermercados Ariadna .

Chania, Creta: Muito grande para os padrões da cidade a manifestação do primeiro dia da greve de 48 horas. A manifestação de mais de 3.000 pessoas acabou na Prefeitura, onde vários dos manifestantes procederam a sua ocupação. A Ocupação está fazendo contínuas chamadas em toda a cidade, para as manifestações de amanhã e depois de amanhã. Estudantes universitários locais ocuparam a Escola Politécnica Superior, chamando as pessoas a se rebelar contra a Tirania.

Récimno, Creta: Ocupação da Prefeitura. Hoje, no primeiro dia da ocupação montaram uma festa comunitária fora da Prefeitura ).

Larissa, Tessália: Os participantes da manifestação do meio-dia ocuparam o prédio da Administração da Região de Tessália. O lema principal da Ocupação é indicativo: "Não há mais tempo. É agora ou nunca".

Corfu: Ocupação do edifício da Administração da Região das Ilhas Jónicas. Na ocupação participaram quase todos os sindicatos de base da ilha.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Cerâmica de Valadares , a luta continua

Portugal, Síria...

Portugal
1. Querem dar cabo do treino para o Ramadão ! "Petição por pequeno-almoço ultrapassa 9.500 assinaturas. A petição “Pelo Pequeno-Almoço na Escola” ultrapassou nesta segunda-feira manhã as 9.500 assinaturas, tendo os autores sido recebidos pelo grupo parlamentar do CDS-PP, na primeira das audiências que solicitaram a todos os partidos com assento parlamentar. (...) A petição foi lançada no início do ano por um grupo de pais e educadores para exigir um programa que permita às crianças tomarem o pequeno-almoço nas escolas, já que continua a aumentar o número dos alunos que chegam diariamente aos estabelecimentos de ensino com fome." Publicado Terça-feira 7 de Fevereiro de 2012 no site do diário português "O Público" : http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/peticao-por-pequenoalmoco-ultrapassa-9500-assinaturas-1532683

2. A dura vida dos bancos..."Incumprimento : Por dia, 95 famílias portuguesas deixam de conseguir pagar os empréstimos. No ano passado, mais de 34 mil famílias entraram em incumprimento. Escalões de crédito mais baixo e mais alto são os mais afectados. (...) De acordo com os dados ontem divulgados pelo BdP, os bancos nacionais detinham, no final do ano passado, 4577 milhões de euros em crédito malparado de particulares e 6928 milhões de empresas, o que corresponde, respectivamente, a 3,27% e 6,09% do total de empréstimos concedidos. Tanto num caso como no outro, o malparado tem vindo a bater recordes sucessivos, com destaque para o crédito ao consumo, onde a taxa de incumprimento ronda os 9,1%." Publicado Terça-feira 7 de Fevereiro de 2012 por Ana Rita Faria no site do diário português "O Público" :http://economia.publico.pt/Noticia/por-dia-95-familias-portuguesas-deixam-de-conseguir-pagar-os-emprestimos-1532730

Síria

1. Um jogo de xadrez no Médio-Oriente...Comunicação social usada para a propaganda e mentiras acerca das supostas chacinas cometidas pelo exercito sírio, entrega de armas e material de comunicações aos rebeldes sírios, operações clandestinas de serviços estrangeiros a partir da Turquia para derrubar o regime da Síria antes de se concentrar contra o Irão, próximo da lista. Só que a Rússia e a China têm interesses na região e aliem-se para tentar contrariar os planos dos EUA e aliados como o Catar, Arábia Saudita, etc..."Síria : guerra por procuração. Se fosse necessário fixar uma data que assinalasse o fim da "era pós-soviética" na política mundial, esse dia seria 4 de Fevereiro de 2012. O duplo veto da Rússia e da China à resolução proposta pela Liga Árabe ao Conselho de Segurança da ONU é um evento histórico monumental. (...) A situação na Síria evoluiu desde Outubro e aparece afinal como disputa geopolítica pelo futuro do regime iraniano, pelo controle do petróleo do Oriente Médio e pela perpetuação da influência dominante do ocidente naquela região. Rússia e China sentem que pode acontecer de serem despachadas para fora do Oriente Médio. (...) Aviões da NATO sem identificação estão a aterrar nas bases militares turcas próximas de Iskenderum, na fronteira síria, trazendo armas recolhidas do arsenal de Muammar Kaddafi e voluntários do Conselho de Transição da Líbia, milícias treinadas, a fim de recrutar grupos locais para combater contra soldados regulares do governo sírio. Tais competências adquiriram no combate contra o exército de Kaddafi. Iskenderum também é base do Exército Síria Livre, braço armado do Conselho Nacional Sírio. Instrutores das forças especiais francesas e britânicas também estão em campo, auxiliando os rebeldes sírios; e a Agência Central de Inteligência (CIA) e agrupamentos de Operações Especiais dos EUA fornecem e operam equipamentos de comunicações ao serviço dos grupos rebeldes – o que garante que as milícias possam concentrar-se nos combates contra o exército sírio." Publicado (em inglês) Terça-feira 7 de Fevereiro de 2012 por M.K. Bhadrakumar, antigo embaixador da Índia, no site chinês (Hong Kong) em inglês de informações e analises on-line "Asia Times" : http://www.atimes.com/atimes/china/nb07ad01.html. Traduzido em português e publicado Quarta-feira 8 de Fevereiro de 2012 no site português independente de informações e analises "resistir.info" : http://resistir.info/moriente/siria_07fev12.html

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

MANIFESTAÇÃO NACIONAL

Não sejas piegas e desce à rua, vem lutar pelos teus direitos e contribuir para meter o governo do grande capital no lixo.
Basta de terrorismo social !
Dia 11 de Fevereiro a partir das 15:00 h.s Restauradores


Grécia - Hoje em Greve Geral

Está neste momento em curso a greve geral de 24 horas, convocada pelas centrais sindicais gregas, segundo notícias das agências noticiosas há uma grande participação dos trabalhadores gregos.
As imagens refletem os confrontos entre polícia e os trabalhores que se abeiraram do parlamento grego, repudiando a política de rapina do grande capital europeu .
Cada vez è mais evidente a unidade dos povos da Europa è crucial para impor uma derrota ao grande capital .





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Grécia-Sindicatos convocam greve geral para amanhã

Enquanto em Portugal o primeiro ministro Passos Coelho, regeita qualquer semelhança com a Grécia, garantindo a satisfação dos compromissos com o grande capital europeu, a verdade è cada vez mais evidente as semelhanças agigantam-se .

As duas grandes centrais sindicais gregas, Adedy e GSEE, apelaram hoje a uma greve geral de 24 horas a realizar amanhã contra as novas medidas de "rigor financeiro" exigidas pela União Europeia e o FMI que consistem em mais despedimentos: na função pública, estão previstos 15.000 despedimentos, mais cortes nas despesas de saúde, a anulação de direitos laborais e o corte nos salários de 20 para 30 % .

De acordo com o presidente da GSEE, Iannis Panagopoulos, as novas medidas "são a `crónica de uma morte anunciada. "É uma chantagem por parte da 'troika'. Aconteça o que acontecer, os gregos estão condenados a viver na pobreza. Isso nenhum país pode aguentar. Já basta!", reclamou o líder sindical em comunicado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Manifestação Nacional -Fim ao terrorismo social !

Todos à rua !
Dia 11 de fevereiro, Sábado, 15:00 h. Restauradores

Trabalhadores da Cerâmica de Valadares mantêm bloqueio


Depois dos trabalhadores do sector da manutensão da TAP, estamos perante uma nova luta de outros trabalhadores que perderam de todo as ilusões e estão dispostos a lutar até ao fim pelos seus mais elementares direitos. O seu salário è razão da sua luta, mas outros objectivos se colocam .

Os trabalhadores da Cerâmica de Valadares decidiram hoje em plenário realizado esta tarde, continuar com o bloqueio às entradas e saídas de viaturas da empresa até que a entidade patronal liquide os dois meses de salários em atraso.

Após uma reunião com a administração da Cerâmica de Valadares, que juntou a comissão de trabalhadores e o sindicato, os trabalhadores da cerâmica disseram que "já chega de acreditar nas promessas" e que apenas retomarão a atividade laboral depois de regularizada a situação salarial.

Dirigindo-se aos trabalhadores, Augusto Nunes, da Federação dos Sindicatos Cerâmicos, anunciou que a administração está a fazer "tudo o que é possível" para desbloquear verbas, tem uma boa carteira de clientes e encomendas, mas que não pode dar garantias da regularização da situação ainda hoje.

Ao final do dia a situação continuava sem solução à vista pelo que os trabalhadores desta empresa afirmam-se decididos a continuar o bloqueio durante a noite.

São 430 os trabalhadores da Cerâmica de Valadares, em Gaia, que estão em luta desde a passada segunda-feira ao impedir a entrada e saída de camiões até que a administração garanta o pagamento dos salários em atraso.

A luta dos trabalhadores da Cerâmica de Valadares deve servir de motivação para outros se porem de pé exigindo os seus direitos tão espezinhados que são pelos patrões e o seu governo .