sexta-feira, 30 de março de 2012

Chiado - O novo palco das acções violentas e broncas da polícia

Falta saber perante imagens e comportamentos das polícias o que è o ministro está à espera para se demitir, em vez de branquear sistemáticamente os actos de gente que teria lugar há umas décadas atrás na tropa fandanga do capitão Maltez tão lesto a reprimir as manifestações do 1º de Maio e anti-coloniais .
Um ministério que foi que teve o prilégio de receber verbas que superam as habituais, ao contrário dos que estão relacionados com o social e o bem estar dos cidadão. Um ministério que tem vindo a reforçar o quadro repressivo, ao admitir mais e mais polícias , tal como os mecanismos pseudo legais para reprimir o cidadão sempre que este se manifeste contra a política ultrajante de Coelho/Portas.
A bandeira da liberdade è um direito que nos assiste e devemos agigantá-la perante tentativas de instalar um clima de terror benéfico ao grande capital que sob a capa da crise pretende escravizar ainda mais o povo .

Mais um video de uma das manifestações do dia da Greve Geral

Face à ignorância e prepotência agigantemos a liberdade que nos pretendem sonegar. Viva a Liberdade !

Dia da Terra Palestina

Junto divulgamos comunicado do MPPM-Movimento pelos direitos do povo Palestino sobre o Dia da Terra .

NO DIA DA TERRA OS PALESTINOS REAFIRMAM O SEU DIREITO À TERRA QUE LHES FOI EXPOLIADA E HOMENAGEIAM AS VÍTIMAS DA REPRESSÃO
Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a confiscação de milhares de hectares de terras palestinas de aldeias da Galileia “por razões de segurança”, o que fizeram seguir da imposição do recolher obrigatório. Os chefes palestinos locais responderam com o apelo à realização, no dia 30 de Março, de uma greve geral e manifestações contra a expropriação de terras, em todas as cidades palestinas.
Não obstante Israel ter declarado ilegais todas as manifestações, mais de 400.000 pessoas responderam ao apelo aderindo à greve geral e participando em manifestações pacíficas, de norte a sul de Israel, havendo, ainda, greves de solidariedade na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A estas manifestações pacíficas respondeu Israel com a intervenção das suas forças armadas, apoiadas por tanques, nas povoações palestinas. Daí resultou a morte de seis palestinos desarmados e centenas de feridos e presos.
Desde então, 30 de Março é o Dia da Terra para os palestinos. Neste dia homenageia-se a memória das vítimas mas celebra-se, também, a data em que, há 36 anos, cidadãos palestinos de Israel se uniram para enfrentar as autoridades israelitas que pretendiam expolia-los das suas terras.
Perante a complacência da comunidade internacional, Israel tem prosseguido a sua política de apropriação de terras palestinas para construção de colonatos, tem arrancado árvores e destruído culturas, tem derrubado casas expulsando os seus habitantes e inviabilizando o seu retorno, e construiu o “muro do apartheid” que divide famílias e separa os palestinos das suas terras. Objetivamente, Israel está a inviabilizar a constituição do Estado da Palestina e a concretização da solução de dois estados preconizada e suportada por resoluções das Nações Unidas.
O Dia da Terra é assinalado, todos os anos, por manifestações pacíficas – que Israel, normalmente, pretende calar pela força - que reafirmam o apego dos palestinos à sua terra. É, também, observado em todo o mundo com ações de solidariedade com o povo palestino.
No Dia da Terra Palestina, o MPPM manifesta a sua solidariedade com a justa luta do povo palestino pelo seu direito a um Estado livre e soberano, condena a política expansionista e segregacionista de Israel, denuncia a inoperância da comunidade internacional perante as repetidas agressões de Israel contra os palestinos e alerta para os perigos que a não resolução da questão palestina acarreta para a Paz no Médio Oriente.
Lisboa, 30 de março de 2012 A Direção Nacional do MPPM

quinta-feira, 29 de março de 2012

Espanha - Adesão maciça à Greve Geral

Mais de 100 manifestações gigantescas reflectiram a revolta contra a revisão das leis laborais, um ataque sem precedentes contra os direitos dos trabalhadores:
Segundo as centrais sindicais, em Madrid o número de 900 mil manifestantes, em Barcelona 800 mil, em Valência 250 mil, multiplicando-se muitas outras com participação noutras cidades .
A violência policial exercida sobre manifestantes e piquetes de greve esteve presente, originando 116 feridos e 176 detensões.
Os números apresentados pelos sindicatos são muito expressivos ao assinalarem 77% de participantes entre os trabalhadores, 97% referentes à indústria e 57% à administração pública o que significa cerca de 11 milhões de grevistas .
Estes resultados vitoriosos levaram os sindicatos a darem um prazo até ao 1º de maio ao governo de Rajoy para arevogação das leis laborais. Embora o governo já tenha dito que não recua, esta greve foi uma grande demonstração de luta .


Espanha - GREVE GERAL Forte adesão, detensões e agressões policiais

Está a decorrer a Greve Geral em Espanha contra a reforma das leis laborais, convocada pelas centrais sindicais CCOO,UGT e USOC .
Segundo os sindicatos a adesão à Greve ronda os 85% de trabalhadores parados, sendo visível nas 75 principais cidades: Nos turnos da noite, nos trabalhadores da recolha do lixo, correios e hospitais verificou-se uma adesão macissa.
A atividade industrial da zona da Catalunha está paralizada. No setor automóvel verifica-se grande adesão. Transportes ferroviários e aéreos estão a ser muito afetados.
A TAP cancelou 28 voos para aeroportos espanhóis .
Ainda segundo os sindicatos espanhóis, criticam a presença de fortes contigentes policiais em algumas cidades, originando agressões e detensões num total de 33 detidos até ao momento. A confirmar que a Greve è "um assunto de ordem pública" por parte do governo è quando este pôs o ministério do interior a apresentar números relativos à greve e não o do desemprego.

segunda-feira, 26 de março de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Greve Geral - Videos e imagens da democracia de opereta do governo PSD/CDS

Dia 22 de Março, dia de Greve Geral mostrou mais uma vez como atua a guarda pretoriana do sistema, as imagens são bem reveladoras do que estes esbirros estão disponiveis para defender os seus amos capitalistas.
As imagens também mostram de quanto nervoso vai o aparelho repressivo face ao crescente movimento de revolta contra o terrorismo social exercido pelo governo do grande capital .


Um video que resume algumas das intervensões repressivas das polícias a mando dos governos do PSD. Estas demonstrações de democracia musculada refletem até que ponto as distâncias entre os governos do PSD e outros déspodas que existem pelo planeta, as distâncias que os separam são escassas.

Os piquetes de greve são indispensáveis à mobilização e conciencialização para a Greve Geral. Os atos repressivos da polícia não devem servir para desmobilizar. Muito pelo contrário, mais e maiores piquetes são necessários para aquilatar de quanto justa é a luta dos trabalhadores.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Viva a GREVE GERAL !

A Greve Geral è uma arma dos trabalhadores contra o grande capital que os explora e o governo serventuário dos grandes interesses .
A Greve Geral de 22 de Março traduziu-se num combate de enorme significado e revelador que os trabalhadores estão disponíveis para prosseguir o combate por mais dificuldades que se agigantem.
O clima de medo e terror gerado pela máquina governamental não conseguiu intimidar os trabalhadores que fizeram eco da sua revolta, nos piquetes de greve à porta das empresas e nas muitas manifestações a repudiar a política do governo com laivos significativos de fascismo expresso nas medidas que tem vindo a ser adoptadas .
As imagens que se divulgam a seguir refletem a disposição para continuar a luta por mais repressão policial que se abata contra o povo .
A luta Continua !



quinta-feira, 15 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

Síria: Não a Assad, não à intervenção estrangeira!

"As forças armadas norte-americanas «começaram a reanalisar potenciais opções militares» na Síria, segundo o jornal The New York Times (12 de Fevereiro). Um responsável militar norte-americano não identificado disse a esse jornal de referência: «Estamos a ver toda uma gama de opções, mas quanto a definir um rumo de acção, não vi nada». A notícia diz que as «possíveis opções» que estão a ser consideradas incluem «tudo, desde não fazer nada a armar os rebeldes para acções encobertas, ataques aéreos ou a utilização de tropas terrestres».

Esta admissão surge numa altura em que os EUA já estão a apoiar várias formas de intervenção na Síria, incluindo os esforços da Turquia para usar elementos militares da oposição síria na formação de um exército sob o seu controlo, e dinheiro e armas que supostamente estão a afluir para o país a partir do Qatar e da Arábia Saudita. Os sauditas quase certamente estão a apoiar os seus congéneres fundamentalistas islâmicos sunitas, tal como o têm feito em todo o lado.

Há muitos anos que os EUA têm prosseguido em relação à Síria uma política muitas vezes ambígua, trabalhando para isolarem e debilitarem o regime ao mesmo tempo que também reconhecem a sua importância para a preservação da actual situação na região, numa altura em que isso tem sido um importante objectivo norte-americano. Nos anos 70, Hafez al-Assad, pai de Bashar, esmagou o movimento revolucionário palestiniano então instalado no Líbano, impôs a paz com Israel apesar da ocupação sionista desde 1967 dos Montes Golã sírios e apoiou os EUA durante a invasão do Iraque em 1991.

Quando a revolta síria rebentou em Março passado, inspirada por similares revoltas espontâneas que derrubaram Mubarak no Egipto e Ben Ali na Tunísia, os EUA não apoiaram a sua principal reivindicação, a queda do regime. Pelo contrário, Washington apelou a Assad que implementasse reformas económicas e políticas com o objectivo de satisfazer o movimento e, ao mesmo tempo, tornar mais fácil atrair a Síria para a órbita dos EUA.

Salameh Kaileh, um proeminente marxista árabe da Palestina que vive na Síria, disse em Agosto passado numa entrevista ao SNUMAG que essa revolta, foi desencadeada pelos estratos médios das zonas rurais. Nas pequenas cidades de província, ela envolve agora todas as classes sociais, incluindo os comerciantes e capitalistas locais, disse Kaileh.

«Há razões para que Damasco e Allepo não se tenham mexido», disse ele nessa altura. «Primeiro, a concentração de forças de segurança torna qualquer protesto aí muito difícil. Além disso, essas duas cidades beneficiaram das mudanças económicas do período anterior. Assim, vimos Aleppo beneficiar da abertura económica à Turquia e ao Iraque. Damasco, por seu lado, beneficiou do desenvolvimento da economia de serviços e turismo. Mas, no entanto, nestas duas cidades há muitos sectores pobres que estão a começar a movimentar-se.»

Esta situação tem sido complicada pelo perigo de a revolta ser esmagada e degenerar num conflito étnico e religioso. O regime tem as suas principais forças sobretudo entre os clãs alauitas (um ramo do Islão xiita), com o apoio de forças cristãs, uma configuração cujo domínio do país foi herdada da ocupação francesa. A revolta tem estado enraizada sobretudo entre a maioria sunita, bem como entre os curdos. Imperdoavelmente, o regime também tem desfrutado do apoio ou da neutralidade de quase toda a suposta esquerda da Síria que, ao contrário da Tunísia e do Egipto, têm desempenhado um papel muito pequeno no movimento de massas.

A revolta tem usado frequentemente slogans e praticado actos que realçam a unidade do povo sírio contra o regime, enquanto tem sido o regime que mais tem alimentado as faíscas do conflito étnico para se apresentar como única alternativa. Mas claramente o regime não é o único a ver o potencial de conflitos entre o povo como forma de atingir os seus objectivos reaccionários.

Foi só a 18 de Agosto que Washington pediu a Assad para sair. Isso não aconteceu porque o governo Obama tenha repentinamente descoberto quão sanguinário é o regime sírio. Já tinham decorrido cinco meses de massacres de manifestantes civis desarmados e durante anos os EUA entregaram presos à Síria, justamente para que eles fossem torturados. Mas os EUA viram tanto uma necessidade como uma oportunidade na actual situação.

Como disse Kaileh, os EUA estavam agora a tentar impor uma mudança de regime, mas uma mudança de regime controlada, esperando evitar libertar forças ingovernáveis, entre as quais as próprias massas populares sírias, que poderiam levar a um resultado que iria destabilizar toda a estrutura de domínio dos EUA na região, incluindo os regimes das vizinhas Turquia e Jordânia.

«Seguindo o modelo tunisino e egípcio, essa mudança (desejada pelos EUA na Síria) não seria radical mas sim uma mudança dentro do próprio regime», disse Kaileh. Uma possível forma seria uma divisão dentro da estrutura de poder, em particular as forças armadas, e um golpe de estado, espicaçada ou mesmo provavelmente fomentada por uma intervenção militar estrangeira.

«A necessidade foi a de se envolverem para resolverem uma situação – uma insurreição popular – que coloca em perigo os interesses norte-americanos. A oportunidade foi que se tornou possível conceber afastar um regime que antes era estável e formava um bloco com a República Islâmica do Irão, o Hamas palestiniano e o Hezbollah do Líbano, colocando sérios problemas aos EUA e ameaçando os seus aliados regionais reaccionários. Não é coincidência que a ânsia norte-americana em derrubar Assad surge no meio de um aumento das ameaças norte-americanas de atacar o Irão e/ou apoiar Israel nesse ataque.

Mesmo numa altura em que a revolta popular no Médio Oriente e Norte de África continua a desafiar intensamente alguns dos actuais regimes e formas de domínio imperialista e em que o génio do despertar dos povos saiu da garrafa, em vez de cederem perante a vontade popular ou mesmo de se retirarem ligeiramente, os EUA tem trabalhado em defesa dos seus interesses no meio destas águas turbulentas.

Aos chamados modelos tunisino e egípcio foi agora acrescentado o «modelo líbio» em que os EUA e as potências europeias (agindo tanto em convergência com os EUA como em resultado da rivalidade com os EUA e entre elas) basicamente invadiram (mesmo que sobretudo a partir dos céus) e derrubaram o regime de Kaddafi. Essa demonstração de força visou não só afirmar o controlo da Líbia mas também proclamar e manter o domínio regional face tanto aos povos como a outros rivais, incluindo a Rússia e a China.

A interferência estrangeira e o alimentar da guerra civil pelos EUA e seus aliados na Síria são exactamente o tipo de coisas por que supostamente a ONU existe para impedir. Há alguns anos, os EUA ventilaram ameaças contra o regime de Assad por interferir no Líbano e exigiram que a ONU interviesse. Para os EUA, Grã-Bretanha e França, a questão não é o que é moralmente correcto ou legal segundo o direito internacional mas o que é que serve os seus interesses imperialistas.

Agora essas potências tomaram a posição oposta em relação à Síria: a interferência externa pode ser justificada porque Assad está a «matar o seu próprio povo». Além disso, se é verdade que forças ligadas à Al-Qaeda no Iraque estão agora a combater na Síria, isso não está desligado do facto de os estados do Golfo estarem aí a apoiar outras forças fundamentalistas islâmicas. A questão, para o Ocidente, é que a interferência deles (ou de movimentos apoiados por eles) é boa, enquanto qualquer outra é uma desculpa para... uma Intervenção da NATO.

Como salientou Robert Fisk no jornal britânico The Independent, uma ilustração particularmente aguda da hipocrisia dos EUA e da Europa é que os monarcas absolutos da Arábia Saudita e do Qatar são agora retratados como os melhores campeões regionais da «democracia» na Síria. O facto de o regime saudita ter enviado tropas para esmagar uma revolta da maioria xiita no Barém e de andar a disparar sobre manifestantes xiitas na Arábia Saudita Oriental tem sido educadamente ignorado.

A crescente importância da aliança entre os EUA e os estados reaccionários do Golfo – motivada pelo pavor que a «Primavera Árabe» produz em todos eles – é exemplificada pelo facto de eles terem conseguido alterar a posição da Liga Árabe da noite para o dia, de uma pelo menos aparente neutralidade em relação ao regime de Assad para a proposta de um plano assombrosamente arrogante e detalhado para o que deve acontecer posteriormente na Síria, começando por uma transferência de poder de Assad para outras pessoas dentro do regime dele, com ou sem golpe militar.

A Liga Árabe apelou a uma «missão conjunta árabe-ONU de manutenção da paz» na Síria, mas isto não tem a ver com paz. Apelou ao fornecimento «de todas as formas de apoio moral e material» às forças de oposição, mas isto não tem a ver com ajudar a implementar o que tem sido até agora o principal impulso da revolta popular, o fim da opressão.

Ao que se assemelha mais é à «diplomacia de canhoneira» do século XIX, quando as potências ocidentais usavam os seus navios de guerra para forçarem os governos locais ainda não sob controlo colonial a aceitarem ponto-por-ponto uma agenda imposta. O facto de estas exigências virem de bocas árabes não altera o facto de que foram os EUA a escrever o guião, ou pelo menos a dar-lhe luz verde. Como é que as monarquias do Golfo poderiam ameaçar a Síria sem o espectro das canhoneiras (e aviões e exércitos) ocidentais a assomar por trás delas?

Com o pretexto de que Saddam Hussein estava a «matar o seu próprio povo», duas invasões separadas por uma década de sanções criminosas não só resultaram na morte de muitas centenas de milhar de pessoas, como também mergulharam o povo iraquiano na noite mais negra que ele alguma vez enfrentou, uma situação muito desfavorável à revolta. Então, com o mesmo pretexto, surge o modelo «líbio» em que um regime que se tinha tornado altamente complacente com os interesses ocidentais (e sobretudo os britânicos e italianos) foi derrubado no meio da libertação de todo o tipo de interesses e forças reaccionárias, tornando a vida na Líbia hoje num inferno maior que em qualquer momento anterior.

Nesta altura, os EUA não estão em posição de montar uma nova invasão em larga escala, graças não a qualquer súbita mudança de posição mas sim como resultado dos projectos norte-americanos no Iraque e no Afeganistão. Por outro lado, o tipo de guerra «barata» na Líbia (barata para os EUA e outros membros da NATO, não para o povo líbio que ainda está a pagar um preço horrendo) pode não ser possível na Síria, onde os últimos cinco meses de revolta têm mostrado que o regime reaccionário têm uma forte base social, bem como um verdadeiro exército.

Os estrategas norte-americanos (veja-se, por exemplo, www.ForeignPolicy.com) lamentam o facto de que uma «zona de exclusão aérea» teria pouco efeito na Síria, onde o regime não tem usado aviões militares, e de o poder aéreo não poder ser aplicado para ajudar as forças anti-regime porque a extensão dos combates que agora decorrem acontece em cidades densamente povoadas. «O que é apresentado como alternativa a uma intervenção militar [terrestre] servirá mais provavelmente, quando falhar, para abrir caminho a uma intervenção », avisa Marc Lynch nessa publicação.

Um golpe de estado irá proporcionar-lhes uma solução? Isso é uma possibilidade, mas a Síria não é como a Tunísia e o Egipto em que as forças armadas estavam intimamente ligadas aos EUA e tinham a sua confiança e não estavam totalmente identificadas com o regime na mente das pessoas. As forças armadas sírias acumularam enormes dívidas de sangue para com importantes sectores do povo.

Não é possível prever o que irá acontecer – como é que os EUA e os seus aliados podem tentar resolver o seu dilema e tomar posse da Síria. Mas nesta altura já deveríamos saber, depois de tudo o que vimos no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e em tantos outros lugares, que aquilo de que os imperialistas são capazes por vezes é pior do que podemos imaginar – e que as consequências das intervenções deles são sempre desastrosos para o povo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Gaza - Bombardeamentos do exército israelita provocam mais 17 mortos

O exército israelita está a bombardear a faixa de Gaza desde sexta-feira. Trata-se de supostos ataques “cirúrgicos”, mas a verdade é que já se contam 17 mortos e vários feridos. Alguns dos bombardeamentos ocorreram durante o funeral das primeiras vítimas, tendo morrido 4 palestinianos no cemitério.
Os ataques foram lançados supostamente em resposta a vários tiros de morteiros desde Gaza, que não fizeram vítimas mas, segundo Israel, “o Comité de resistência popular seria responsável pela preparação de um ataque terrorista que devia ocorrer nos próximos dias no Sinai.”
O Hamas qualificou estes ataques de “crime injustificado que visa a desestabilizar a situação em Gaza e impedir os esforços de reconciliação inter-palestiniana”.

Somália - Quem são os verdadeiros piratas ?

Cacaco Silva foi hoje despedir-se da tripulação do navio de guerra Corte-Real, fragata portuguesa que vai em missão para os mares da Somália, segundo dizem para combater os denominados piratas .

Convidamos-te a ver o vídeo seguinte, que tem 23 mínutos de duração, porém não deixes de vê-lo, pois nunca passará nos nossos canais de televisão .

Comentário de Denise Ribeiro, jornalista :" Estarrecedor! Chocante! Revoltante e tem sido absolutamente ocultado dos idiotas leitores de jornal como eu, como você! Não deixe de assistir, pois além de importante é muito bem realizadodo
ponto de vista cinematográfico. Que história é esta dos Piratas da Somália?! O que sempre soube está na Globo, na CNN, na Fox, no Estadão, naFolha...Mas haveria o outro lado dessa história? Para quem desejar conhecer o "outro lado dessa história" neste vídeo produzido por Juan Falque. É falado em Espanhol com legendas em Português ... e se estarreçam com
o que verão!"

>http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a

sexta-feira, 9 de março de 2012

Exércitos imperialistas já na Síria

A presença de tropas imperialistas na Síria è já uma realidade, neste momento tropas dos EUA, França e Grãbretanha infiltram-se na Síria, fornecendo todo o apoio aos grupos de mercenários no terreno que vão desbravando o terreno para escancarar as portas à agressão e ocupação imperialista.
A Líbia foi apenas um ensaio, repetindo-se neste momento um processo já visto que consiste em mais uma agressão de um povo, recorrendo-se a toda a espécie de pretextos congeminados pelos serviços da contra informação das potências ocidentais.

terça-feira, 6 de março de 2012


Médio oriente-O império americano prepara mais uma guerra



Arruada/concentração - 13 de Março, 18H - Pela Paz! Contra uma nova guerra no Médio Oriente
É com grande apreensão que encaramos o desenrolar dos
acontecimentos no Médio Oriente, em particular as tensões em torno da Síria e do Irão. Porque repudiamos a ingerência e a preparação de agressões militares no Médio Oriente, e tendo em conta os perigos que esta situação representa para os povos da região e para a paz mundial, queremos convidá-los a participar na arruada/concentração no dia 13 de Março, dos Armazéns do Chiado ao Largo Camões, pelas 18 horas, iniciativa dinamizada por um conjunto alargado de organizações.
Pela Paz!
Contra uma nova guerra no Médio Oriente!
Crescem novas ameaças de uma intervenção militar externa no Médio Oriente.Usando como pretexto a situação na Síria, pela qual são dos primeiros responsáveis, ou a suposta intenção de produção de armamento nuclear pelo Irão, nunca provada e
repetidamente desmentida pelas autoridades deste país, os EUA e a União Europeia (os maiores produtores e exportadores de armas no mundo), com o apoio dos seus aliados na NATO, como a Turquia, de Israel e de países árabes, promovem a escalada de conflito e de ingerência e agressão à Síria e constantes ameaças de intervenção militar contra o Irão.Falando de forma hipócrita sobre os direitos humanos, aqueles que espalharam a morte e a destruição e que são responsáveis por sistemáticas e
brutais violações destes direitos na Palestina,no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia, ameaçam de novo com a guerra - a mais brutal violação dos direitos humanos.O que está verdadeiramen- te em causa é a ambição de controlo total das matérias-primas do Médio Oriente pelas grandes potências, sobretudo das impor-tantes riquezas em hidrocarbonetos, e a destruição de qualquer país que soberanamente se oponha a esta intenção.Uma intervenção militar contra a Síria e o Irão afectaria os povos de todo o mundo e teria consequências graves para todo o Médio Oriente, devido à escalada de violência que geraria e ao aumento dos preços dos combustíveis que se seguiria. Depois do Iraque, do Afeganistão e da Líbia, tudo deve ser feito para evitar uma nova guerra.
Assim, as organizações signatárias:
- Rejeitam qualquer intervenção militar contra a Síria e o Irão;- Condenam as acções estrangeiras para desestabilizar estes países;- Exigem o fim das sanções contra a Síria e o
Irão, cujas primeiras vítimas são as populações;- Apelam, no espírito e respeito da Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução pacífica dos conflitos na região;- Consideram que todos os povos, incluindo os da Síria e do Irão, têm o direito de viver em paz e em
democracia, de acordo com as suas decisões soberanas;-Insistem no reconhecimento dos direitos do povo da Palestina, incluindo o direito a um Estado livre e soberano;- Apelam a um Médio Oriente livre de armas nucleares, nomeadamente àdesnucleariza- ção de Israel.

segunda-feira, 5 de março de 2012

sábado, 3 de março de 2012