domingo, 29 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Es.Col.A foi retomado

Mais de dois mil manifestantes retomaram o projecto Es.Col.A que tinha sido despejado há alguns dias atrás ás ordens do presidente da Câmara do Porto deslocando para o local forças policiais que consumaram um acto de suprema injustiça,dando cobertua à política propotente da autarquia do Porto identificada pelo alinhamento que mantém com o governo de Passos Coelho. Saudamos com grande agrado este gesto de retoma de um espaço que tem vindo a promover uma grande actividade social . Neste momento estão a ocorrer outras acções de ocupação em Lisboa e Coimbra de solidariedade para com os activistas do Es.Col.A .

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Liberdade para Mumia Abu-Jamal

Tolerância zero à sociedade fascizante

Cada dia que passa è cada vez mais evidente o que pretendem os senhores do governo do grande capital. Combater qualquer protesto que ouse erguer-se contra a sua política terrorista .
O comentário que divulgamos a seguir denuncia as provocações à democracia vindas do ministério interna e da sua guarda pretoriana .

"Ilustres e corajosos meninos e ilustres e corajosas meninas:

Acabo de ver o título do DN em cujos termos a PSP (!) prepara “tolerãnciazero”(!) para o 25 de Abril(!)... Imagine-se. Sugiro portanto que,imediatamente, se delibere sobre a tolerência zero face à PSP, face ao Sr.Ministro da Administração Interna e face ao sr. Presidente Rio, procedendo-se ànotificação prévia, por comunicado público com cópia expedida a suasexcelências por mail e correio.

Com efeito, a vacuidade moral de lumpen que tem caracterizado asrecentes intervenções da PSP em Lisboa e no Porto faz vagamente lembrar a hordabárbara que os conservadores sabiam usar –à margem da intervençãoinstitucional, todavia - durante as convulsões sociais alemãs do principio doséculo passado, como nos testemunha Jünger.

Ora, justamente, a uilização do lumpem é sempre repulsiva, mas afusão dessa conduta com a pretensa respeitabilidade institucional, torna-sesimplesmente intolerável.

É pois preciso recordar que em República não há dignidadesuperior à de cidadão e que os agentes devem a todo e qualquer cidadão acortesia (protocolarmente e cerimonialmente) devida a oficiais superiores, estandocircunscritos ao uso proporcionado da força no âmbito do cumprimento da Lei -àqual todos os cidadãos estão vinculados como modo de obediência a si próprios –no quadro da absoluta impossibilidade (lógico-normativa) da subordinaçãopessoal de qualquer cidadão seja a quem for.

O quadro das agressões à bastonada de raparigas ou mulheres decostas, as agressões a ponta-pé a rapazes no chão (ou o disparo de tasers sobrepessoas caídas) a danificação de bens e equipamentos (máquinas fotográficasatiradas ao chão, por exemplo) são condutas que em bom rigor permitem a detençãoem flagrante dos agentes policiais no local e a legítima defesa, compreendendoa legítima defesa de terceiro (para dizer o mínimo).

As condutas em referência também dão causa de pedir em acção deindemnização contra o Estado, contra os comandos e designadamente contra o Sr.Ministro da Administração Interna, a Direcção Nacional da PSP e os funcionáriose agentes directamente actuantes em tais distúrbios, se ocorrerem como (infelizmente)têm ocorrido.

A simples presença de forças em número exagerado corresponde anosso modesto olhar a uso desproporcionado da força –ainda que só deforma intimidatória, sendo em todo o caso ilegítima qualquer intimidação quantoao exercício de Direitos Fundamentais, como o de manifestação- e essapresença, neste quadro já habitual de intervenção (suficientemente demonstradopelas imagens televisivas difundidas e pelo depoimento escrito de jornalistaspresentes), é o preliminar perfeito do que um “rigoroso inquérito”posterior virá a concuir ser “culpa” das vítimas. E nisso tambémnão há nenhuma novidade – sublinhado que se faz no espírito da melhorcolaboração - face à experiência quanto à estrutura argumentativa dosdelinquentes em juízo criminal. É frequente que enunciem a convicção em cujostermos a culpa é das suas vítimas. (Na violação, na violência doméstica, na tortura,no proxenetismo, na burla, como no assédio moral, essa estrutura argumentativaé tão comum que já não impressiona ninguém e muito menos os advogados,procuradores e juízes).

Temos a noção do verdadeiro lirismo que seria contar com o MPnestas matérias e nesta fase. Mas subsiste o Juiz Cível com a estrictaobrigação de imparcialidade – e o procurador junto do Cível fará quantoentenda relativamente à prova aí produzida, porque não nos parece que, havendocrime, ele possa ser classificado como particular ou semi-público – subsistetambém o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Isto não pode continuar aacontecer.

E o que mais nos faltava era que a PSP ousassse deixar sob intimidação prévia quem se prepara para reafirmar politicamente a queda daditadura nacional-católica (que em muitos aspectos nos parece mais radical que os fascismos). Uma tal manifestação da polícia traduz nem a indigência intelectual e a desadequação radical da sua direcção face aos pressupostos jusfilosóficos do sistema. Tal conduta institucional não é compatível com ademocracia parlamentar, nem o voto expresso autoriza tal prática institucional(alheia a qualquer programa eleitoral votado).

Independentemente do facto da PSP ter como igreja oficial a Igreja Católica e de nesse âmbito não rarearem os nostálgicos, isto não é tolerável.Simplesmente.

Tal circunstância não admite, é certo, uma providência cautelar aexigir do Governo (e das suas forças policiais com frequente conduta de lumpen)o cumprimento estricto da Lei, porque isso é um pressuposto, hoje ridiculo e esvasiado de conteúdo útil, mas um pressuposto formal, não obstante. Resta-nosportanto assegurar que os responsáveis politicos e operacionais comparecerão emacção de indemnização se derem causa a danos cuja ressarcibilidade se torne necessária.

Isto é quanto decorre da Revolução Francesa, que propiciou alibertação da gleba aos Santos, aos Dias e aos Alves que com tanta frequencia integram os comandos policiais, os ministérios e até as magistraturas. De modo que carece de sentido pôr em causa esta estruturação normativa, sem que esses Dias,Alves e Santos se predisponham a regressar à gleba da qual os libertou a Revolução.Se é por isso que se batem, esses inteligentes dirigentes das “forças daordem” (jamais concedendo), também a isso lhes diremos que não. Nãoaceitamos a ausência de direitos em razão da condição social do nascimento. Nemem relação a eles.

Ficando isto dito, já se vê, com a renovada expressão do nossomais afectuoso respeito (aliás tão conhecido que sobre a sua natureza e alcancese não admitem quaisquer dúvidas).

Façam isto, ou alguma coisa assim, sim? E contem comigo para asequência.

Beijos e abraços conforme os usos"

sábado, 21 de abril de 2012

Solidariedade Activa com Es.Col.A da Fontinha

Hoje mais uma iniciativa de solidariedade com o Es.Col.A, participemos ! Todo o apoio è necessário para reaver este projecto social agora alvo dos ataques da política terrorista da Câmara Municipal do Porto e do seu presidente Rui Rio .

Acerca da Desobediência Civil



A Desobediência Civil é o texto mais conhecido de Thoreau. Escrito em 1848 influenciou profundamente pessoas como Mahatma Gandhi, Leon Tolstoi, Martin Luther King e tantos outros.

Muito à frente de seu tempo, sua defesa do Direito à Rebeldia esteve, desde sempre, a serviço da luta contra todas as formas de discriminação. Lutou contra a escravidão nos EUA, pelos direitos das mulheres, em defesa do meio-ambiente, contra a discriminação étnica e sexual. Como pacifista Radical (indo à Raiz do mal que combate) recusou-se a pagar impostos a um governo autoritário que fazia mais uma guerra predatória na qual roubou mais da metade do território mexicano – este ato Radical de Desobediência Civil lhe custou um tempo na cadeia que lhe foi útil a escrever e deixar para a posteridade seus pensamentos – muitas vezes, diria mesmo que na maior parte delas, o lutador pelo que é VERDADEIRAMENTE Justo e Perfeito só é reconhecido postumamente após uma vida eivada de dissabores. Questão de escolha. Há aqueles que não compactuam com a injustiça, a prepotência, a arrogância ou o roubo. Há os que se acomodam. Quem se acomoda, em geral, vive melhor mas, como dizia Leonardo Da Vinci, não passam de meros condutores de comida, não deixando rastro algum de sua passagem pelo mundo exceto latrinas cheias...

Acerca de um Homem do Quilate de Henry David Thoreau ( 1817 – 1862 ) muito já se disse. Dele mesmo, guardo comigo algumas pérolas aforismáticas:

“Quando o súdito nega obediência e quando o funcionário se recusa a aplicar as leis injustas ou simplesmente se demite, está consumada a Revolução”

“A tirania da Lei não é abrandada por sua origem majoritária”

“Só cada pessoa pode ser juiz de sua própria vida”

“Não é suficiente ser deixado em paz por um governo que pratica a corrupção sistemática e cobra impostos para fazer mal a seu

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Que 1000 Es.Col.A Floresçam ! Repudiemos o despejo efectuado hoje pela Câmara Municipal do Porto

A polícia despejou hoje no Porto o projecto Es.Col.A. após mais de um ano de actividade social, com iniciativas em prol da população da Fontinha e da cidade.
A polícia prendeu 3 pessoas, usando a violência e a intimidação sobre os presentes no local e aos que acorreram a solidariezar-se.
A Câmara Municipal do Porto, ao não ter cumprido com o acordado, está a tentar matar algo que reabilita a zona do centro do Porto e que tem o apoio da população.
O Es.Col.A não será nunca despejado, porque não se pode despejar uma ideia.

Acções de solidariedade e repúdio estão a decorrer na cidade do Porto, junto à Câmara Municipal e em Lisboa no Largo S.Domingos na Baixa de Lisboa
Solidariedade activa com o Es.Col.A


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Grécia - Ovos e iogurtes contra jornalista durante transmissão de programa ao vivo, por promover as ideias nazis

No sábado, 7 de abril, um grupo de antifascistas, entraram nas instalaçõeses da televisão Epirous TV1 enquanto decorria uma entrevista ao vivo. Gritando slogans contra o fascismo, os manifestantes jogaram um monte de iogurtes e ovos contra o apresentador de um programa de propaganda a favor do Regime, por ele ter dado espaço televisivo no dia anterior a um representante do grupo neonazista-paraestal Jrisa Avgi (Amanhecer Dourado) para espalhar a "ideologia" neofascista.

O convite para uma entrevista por telefone com os neonazis aconteceu alguns dias após o ataque assassino contra estudantes realizado por cerca de 30 fascistas, entre eles vários bandidos deste agrupamento, na Cidade Universitária de Atenas. A propaganda televisiva deste canal provinciano vem se somar a uma operação de desinformação coordenada sobre esta agressão, assim como foi coordenada a agressão fascista. Ressalvemos que este grupelho fascista realizou no passado muitos ataques terroristas contra imigrantes, ativistas sociais e cidadãos.

Um dos slogans das pessoas que realizaram essa acção foi: "Policias, tv, neonazis, todos os filhos da puta trabalham juntos.

Grécia -Manifestação após o suicídio público: "O mais importante não é manter-se vivo, mas manter-se humano"

No sábado, 7 de abril, à tarde, foi realizado o funeral de Dimitris Jrístulas, que se havia suicidado três dias antes na praça principal de Atenas, Sintagma, em frente ao Parlamento, conferindo com a escolha deste lugar e uma nota deixada por ele a natureza política de sua acção. Mais de 1.000 pessoas se despediriam de Dimitris na sua última viagem. Os participantes transformaram o funeral em uma manifestação política. Entre os slogans gritados ou escritos em faixas destacamos uma frase de George Orwell: "O mais importante não é manter-se vivo, mas manter-se humano" .

Na manhã do mesmo dia houve uma manifestação por quase todo o centro de Atenas. Quando a manifestação estava a chegar à praça Syntagma, um agente da polícia à paisana, que se tinha infiltrado no acto foi descoberto pelos manifestantes, que o perseguiram e quando o alcançaram lhes deram uma violenta tareia tirando-lhe o casaco, viram então que por debaixo o traste vestia o uniforme da polícia. Os manifestantes, então, tiraram o uniforme dele e penduraram numa árvore, perto do local do suicídio público em 4 de março . Outros vestuários do militar e seus acessórios foram queimados ...



Multiplicam-se todos os dias exemplos de pobreza envergonhada

NÃO FIQUES CALADO, SENTE-TE ANTES INDIGNADO, E FALA, SE CALHAR AO TEU LADO EXISTE ALGO IDÊNTICO, ABRE OS OLHOS E FALA....

Arnaldo Antunes www.aventar

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.
Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio,fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.

De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha.

Se existe pobreza envergonhada,aqui está ela em toda a sua plenitude.Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…Sem saber o que dizer, segureia-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta. Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir». Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado? É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Inquérito do IGAI , mais uma cortina de fumo que pretende esconder a política fascizante do governo

O apregoado inquérito do IGAI sobre a actuação da polícia no passado dia 22 de Março, dia da greve geral não passa de mais uma cortina de fumo que se destina a esconder o essencial: ou seja, que as polícias existentes tem um grande pendor repressivo, qualidades reassumidas passado pouco tempo depois do 25 de Abril de 1974 e com a particularidade de estarem sob a batuta de um governo com características fascizantes, serventuário do grande capital europeu.
Os acontecimentos do Chiado, não foi acção deste ou daquele agente, mas de um todo que corresponde a toda a corporação .
As inúmeras imagens são bem reveladoras da violência exercida pela polícia sobre todos os que estavam naquele local: manifestantes, populares que passavam... mais que os feridos, a condenar, há que repudiar a selvajaria policial...
O ministro da administração interna tem responsabilidades acrescidas pelo facto destas práticas policiais estarem a ser prática corrente. Na anterior greve geral e noutras manifestações houve episódios de violência policial, no próprio
dia 22 de Março alguns piquetes de greve junto de algumas empresas foram molestados .
Pelo que , perante as ocorrências o ministro da administração interna deve ser demitido .

Grécia - Suicídio público em frente ao Parlamento

Em Portugal como na Grécia, o número de suicídios tem vindo a aumentar grandemente e a "razão" de tal ocorrência è devido à crise e à falta de prespectivas. O caso que divulgamos è um exemplo das dificuldades que se intensificam e que naturalmente justificam outro tipo de resposta, que passa inevitávelmente por um combate consciente contra o capitalismo e os seus governos reaccionários.

Um aposentado de 77 anos suicidou-se nesta manhã na praça principal de Atenas, Sintagma (Constituição), em frente ao Parlamento.

Foi um dos muitos suicídios realizados durante os últimos anos na Grécia. Talvez a palavra suicídio esteja colocada de uma forma errada errada. Na realidade trata-se de um assassinato.
As condições desumanas de insegurança, precariedade, miséria e raiva que geraram o Sistema, conduzem ao desespero e à morte.

A Grécia é um dos primeiros países na Europa em número de suicídios por habitantes, apesar de alguns anos atrás ter sido um dos países com menor número de suicídios na Europa. Segundo dados oficiais, há um aumento de 40% entre janeiro e maio deste ano em relação ao mesmo período de 2010. Os suicídios dobraram desde que começou a chamada crise, há aproximadamente
dois anos. E vão crescendo de dia para dia.

Sómente hoje,4 de abril , uma outra pessoa cometeu suicídio em Creta, enquanto outra pessoa tentou o suicídio na ilha de Quios.

O aposentado enfrentava enormes problemas econômicos que o levaram ao desespero. Às 9 horas da manhã ele deu um tiro com uma arma em si mesmo, escolhendo acabar com a sua vida num local simbólico.

No bilhete que ele deixou [primeira imagem em anexo] diz:"O governo de ocupação de Tsolákoglu¹ destruiu literalmente todos os vestígios da minha sobrevivência, que se baseava numa pensão digna, onde eu estive pagando por 35 anos (sem apoio do Estado).

E como que eu tenho uma idade que não me permite uma reação combativa(certamente sem excluir essa possibilidade; Se apenas uma pessoa pegasse uma Kalashnikov, o segundo seria eu), não consigo encontrar outra solução,salvo um fim decente, antes de começar a procurar comida no lixo para se alimentar.

Creio que os jovens sem futuro vão pegar em armas e vão enforcar aos traidores nacionais de cabeça para baixo na Praça Syntagma, como os italianos fizeram com Mussolini em 1945, na Praça Loreto, em Milão”.

Hoje, quarta-feira, 4 de abril, às 18h, irá realizar-se uma manifestação na Praça Syntagma, em Atenas.

Na segunda imagem [em anexo] mostra o cartaz-chamada para a manifestação. Coloca os dizeres: "Não foi um suicídio. Foi um assassinato. Que não nos acostumemos com a morte”. Outras manifestações terão lugar em Tessalônica e Heraklion, em Creta.
Algumas semanas atrás escrevemos que nos tiram os salários e pensões, nos estão tirando a própria vida. Não era uma metáfora. A pessoa que cometeu suicídio na praça principal de Atenas foi um dos muitos casos que justificam esta constatação. Poucos dias atrás uma pessoa idosa tirou a vida na ilha de Zante, deixando uma nota que dizia: "Não quero ser um peso para os meus filhos". Muitos suicídios não estão vindo à luz do dia. O capitalismo já nos mostrou a sua verdadeira face há muito tempo.
Eles estão matando nossos sonhos, estão saqueando nossas vidas, estão matando seres humanos, próximos de nós. Tens as mãos manchadas com sangue mas enchem os cofres fortes, os seus e os de seus patrões. Conduzem as massas à miséria, mas... nos estão "salvando". Eles disparam contra nossas vidas, mas... nos prometem um "futuro melhor". O Capital e o Estado nos levam a miséria, a indignação, a morte. Não podemos permanecer passivos,contemplando-os nos executando a sangue frio! Não podemos ficar de braços cruzados e que os vejamos nos matando, roubando-nos a vida, nos matando diariamente. Precisamos de mais exemplos marcantes para fazer o que nos incita a fazer o aposentado² que se viu forçado a cometer suicídio em frente ao Parlamento? Não só os oprimidos no território do Estado grego. Os oprimidos de toda a terra.
PS: Este não é momento adequado de dedicar tempo para criticar ou analisar as lágrimas de crocodilo derramadas pelos políticos e os meios de desinformação.
[1] Primeiro-ministro grego, nomeado pelas forças de ocupação alemãs durante a ocupação do país pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
[2] Claro que não estamos de acordo com os traidores nacionais. No entanto, todos entendemos a mensagem e a interpretamos de diferentes maneiras...

Mais de cinco mil manifestantes de todas as idades concentraram-se em frente ao parlamento grego, manifestando o sua revolta contra a política criminosa do governo/tróika, responsáveis por este tipo de crimes (suicídios) . A presença destes manifestantes aconteceu durante quatro horas com incidentes constantes com a polícia .

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Desemprego atinge 15% em Portugal



"Só Espanha e Grécia têm taxas mais elevadas que a nacional

A taxa de desmprego atingiu os 15% em Portugal durante o mês de fevereiro, revelam os dados publicados esta segunda feira pelo Eurostat.

O valor, um novo recorde para o nosso país, traduz um aumento de duas décimas face a janeiro, quando 14,8% da população ativa estava desempregada.

A taxa de desemprego jovem (até aos 25 anos) cresceu quatro décimas, o dobro da taxa geral, passando dos 35,1% em janeiro para 35,4% em fevereiro...

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, só Espanha e Grécia, com taxas de 23,6 e 21% (dados de dezembro de 2011), respetivamente, têm taxas mais elevadas que a nacional.

No conjunto da Zona Euro, a taxa de desemprego manteve-se inalterada em fevereiro, nos 10,8%, e no conjunto da União Europeia subiu 0,1 pontos percentuais para 10,2%.

Bruxelas já veio admitir, entretanto, que a taxa de desemprego na Europa é «muito elevada».

No prato oposto da balança, os Estados membros com taxas de desemprego mais baixas foram a Áustria (4,2%), Holanda (4,9%), Luxemburgo (5,2%) e Alemanha (5,7%).

Na comparação homóloga, a taxa de desemprego caiu em oito países, aumentou em 18 e ficou estável na Roménia.

Portugal registou a terceira maior subida homóloga de desemprego: 2,7 pontos percentuais (há um ano, a taxa era de 12,3% e agora é de 15%), ultrapassada apenas pela Grécia (onde a taxa saltou dos 14,3% para 21% entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011), e por Espanha e Chipre, com aumentos de 3 pontos percentuais cada.

Pelo contrário, as maiores quedas da taxa de desemprego registaram-se na Lituânia (de 17,5 para 14,3%, dados do quarto trimestre de 2011), Letónia (de 17 para 14,6%, dados do quarto trimestre de 2011) e Estónia (de 13,9 para 11,7%, dados do quarto trimestre de 2011).

De acordo com as estimativas do Eurostat, existem agora 24.550 milhões de pessoas desempregadas na União. Foi um aumento de 167 mil pessoas num mês e de 1.874 milhões de pessoas num ano.

Deste total, 5.462 milhões são jovens, o que representa uma subida de 262 mil num ano.

A taxa de desemprego jovem na União é de 22,4%, e na Zona Euro de 21,6%. As taxas mais baixas entre os jovens são as da Alemanha (8,2%), Áustria (8,3%) e Holanda (9,4%), ao passo que as mais altas são as da Espanha (50,5%) e da Grécia (50,4%).

A taxa de desemprego medida pelo Eurostat é harmonizada (para permitir a comparação entre os diversos Estados membros) e nem sempre coincide com a que é medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)."

domingo, 1 de abril de 2012