quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dia 29 de Dezembro MANIFESTAÇÃO INTERNACIONAL DE ESTIVADORES

 
"Mais de uma centena de estivadores estrangeiros vão participar na manifestação agendada para a próxima quinta-feira, junto à Assembleia da República, para contestar a nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, cuja votação na generalidade está marcada para esse dia.

O presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, Vítor Dias, disse à Lusa que mais de uma centena de estivadores de Espanha, França, Dinamarca, Suécia e Bélgica já confirmaram que estarão no protesto marcado para a próxima quinta-feira.

"Solidarizaram-se com a nossa luta e fazem questão de estar presentes na nossa manifestação", afirmou o dirigente sindical, adiantando que vários portos europeus vão paralisar entre as 13.00 horas e as 15.00 horas, como forma de se associarem à "luta" dos estivadores que rejeitam o novo regime jurídico do trabalho portuário.
 
A nova lei sobre o regime jurídico do trabalho portuário, que está na origem das sucessivas greves dos estivadores, nos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, teve o acordo de alguns sindicatos, afetos à UGT, que - segundo o Governo - representam 60% dos trabalhadores e operadores portuários.
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No dia em que está agendada a discussão da proposta de lei na generalidade, começa um novo período de greve dos estivadores, que se prolonga até 5 de dezembro, altura em que começa uma nova paralisação por mais quatro dias, até 9 de dezembro.
 
Os estivadores estão em greves sucessivas desde 17 de setembro. "
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jn
 

sábado, 24 de novembro de 2012

Organizadora da Manifestação de 15 de Setembro contituída Arguida

 Passamos a divulgar o comunicado seguinte
 
Organizadora da Manifestação de 15 de Setembro Constituída Arguida
No dia 14 de novembro, na sequência de uma manifestação amplamente participada, convocada pela CGTP, e à qual aderiram os mais diversos setores e movimentos, o país assistiu, em direto, a dois incidentes distintos: um grupo de pessoas a arremessar pedras e outros objetos ao corpo de intervenção da polícia, que não reagiu; e uma carga policial violentíssima, que, longe de travar quaisquer atos de violência, antes os distribuiu, de forma gratuita, sobre todos os manifestantes. Isto apesar de ser claro, para quem lá estava e/ou viu as imagens televisivas, que o arremesso de objetos por um reduzido grupo de pessoas foi tolerado pelas forças policiais. Seguiram-se horas de terror nas imediações da Assembleia da República, que culminaram na detenção de dezenas de pessoas, incluindo um menor, no Cais Sodré — pessoas sem qualquer relação com os incidentes ocorridos durante a tarde. Os detidos, alguns feridos a quem foi negada assistência médica, ficaram incontactáveis durante horas, privados do direito legal de comunicar com a família e advogados, e foram coagidos a assinar autos com espaços em branco, para poderem sair em liberdade - nunca foram, portanto, sequer acusados de nada.
O direito à manifestação vem consagrado na Constituição (e não depende, ao contrário do que muita vez se diz, de qualquer «autorização» — o que o Decreto-Lei nº406/74 estipula é a entrega de um aviso por escrito ao presidente da câmara municipal, com a antecedência mínima de dois dias úteis), e nenhuma democracia é digna desse nome se não o respeita. Mais ainda quando tenta condicioná-lo, fazendo uso de mecanismos repressivos, sem respeito pelas normas que caracterizam um estado de direito. No último ano, temos assistido a casos repetidos de notificação e subsequente instauração de processos a pessoas, pelo simples facto de estarem nas ruas a exercer o direito constitucional de expressar a sua opinião e fazer trabalho de mobilização.
Foi precisamente o que aconteceu a uma das subscritoras da manifestação de 15 de setembro, que foi constituída arguida no dia 8 de novembro, pelo «crime» de organização de manifestação não comunicada, e se encontra, neste momento, com Termo de Identidade e Residência. A suposta «manifestação» terá, segundo a denúncia policial, ocorrido no dia 12 de setembro, e mais não foi do que a conferência de imprensa de divulgação da manifestação de 15 de setembro - em que 15 pessoas seguraram uma faixa em frente da Assembleia da República enquanto falavam com os jornalistas, sem qualquer incidente ou impacto na ordem pública. Aliás, fazemos notar que os agentes da PSP que se deslocaram ao local traziam consigo um mandado de notificação já preenchido, ao qual faltavam apenas os dados da pessoa a notificar.
Porque sabemos que não há democracia com repressão e atropelos ao que fundamenta um estado de direito, denunciamos a estratégia, clara e previsível, de coação por parte das forças policiais. Se contestar pacificamente a austeridade fosse crime, todos seríamos criminosos pelo simples facto de dizer que não concordamos com ela. Porque nos recusamos a cair na armadilha de quem quer tornar as nossas ideias reféns de pedras e bastões, continuaremos a sair à rua, como sempre fizemos: a dar a cara por aquilo que acreditamos, e pacificamente. Temos muito mais do que pedras como argumento, e é por isso que não nos calam, nem com bastões nem com processos por crimes que não cometemos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

... "Quero a minha reforma"


Repudiar ? Sim a austeridade, a tróica e seus lacaios .


Foi ou não entregue à polícia as imagens da RTP sobre a Manifestação do dia da Greve Geral ?

A carga policial junto á Assembleia da República no dia da Greve geral e todos os desenvolvimentos seguintes: A intervenção do ministro Miguel Macedo, mais um rol de intervenções de gente entendida em defesa do chamado estado de direito, o primeiro ministro, o presidente da república, o apelidado chefe da oposição A.J. Seguro, uma corja de jornalistas completamente enfeudados ao sistema contribuíu com um coro de condenação das pedras sobre os agentes da polícia, como se isso fosse o facto do dia mas sim uma grande Greve Geral que pretenderam ofuscar com episódios forjados.
Já muito se falou sobre as contradições e mentiras criadas para esconder o essencial que consiste na violenta austeridade e num orçamento 2013 catastrófico para os portugueses .
 
Que a liberdade há muito emigrou, que métodos repressivos e pidescos estavam a ser implementados pelo ministro da administração interna e as suas polícias, já tinhamos verificado nos acontecimentos mais recentes . Também tinhamos verificado da disponibilidade da imprensa vendida em tomar partido,  claro, sempre a defender os poderosos...
 
Hoje, o verniz pseudo democrático na RTP estalou, levando-nos a questionar até quando vamos continuar a subsidiar este reino de bufaria .
Passamos a apresentar o comunicado da LUSA emitido sobre ocorrências de uma grande gravidade, trazendo á memória práticas do tempo do regime fascista . 
 
DEMISSÃO DE NUNO SANTOS

Trabalhadores da RTP receiam entrega à polícia de imagens em bruto

por Lusa, publicado por Ricardo Simões FerreiraHoje
Os trabalhadores da RTP receiam que a Direção de Informação da estação tenha entregado à polícia horas de imagens não emitidas da manifestação de 14 de novembro e exigem "esclarecer" um pedido de gravação para DVD desses "brutos".
 
O diretor de Informação da RTP, Nuno Santos, demitiu-se hoje, depois de a administração da estação ter afirmado em comunicado que "responsáveis da Direção de Informação facultaram a elementos estranhos à empresa (...) imagens dos incidentes" que ocorreram no dia da greve geral, em frente ao parlamento.
A Direção de Informação (DI), através do seu diretor-adjunto, Vítor Gonçalves, garantiu à agência Lusa, no sábado passado, que "nenhuma imagem saiu ou sairá da RTP" e que o pedido que a DI fez para a gravação de dois DVD com duas horas e quarenta e cinco minutos de imagens não emitidas é "uma salvaguarda" para a eventualidade de a empresa e uma equipa de reportagem da RTP no local, cujo carro foi danificado no dia 14, virem a apresentar queixa em tribunal contra incertos.
A explicação de Vítor Gonçalves e de Nuno Santos nunca colheu o conforto da Comissão de Trabalhadores (CT), que vem a exigir desde sexta-feira o "esclarecimento aprofundado" por parte da DI relativamente à decisão de gravar as imagens em bruto de todas as cinco equipas de reportagem que estiveram no terreno no dia da manifestação e a garantia de que nenhuma imagem não editada e não emitida - denominadas na gíria da profissão como "brutos" - "saiu da RTP ou sairá no futuro", de acordo com o porta-voz da CT, Camilo Azevedo, em declarações à Lusa.
A eventual entrega dos "brutos" às autoridades policiais "coloca em causa os princípios deontológicos pelos quais se rege a profissão de jornalista, trai a confiança entre os jornalistas e as fontes - porque as pessoas numa manifestação são fontes de uma peça de informação, ainda que não identificadas - e, sobretudo, coloca em risco a integridade física de todos os elementos de qualquer equipa de reportagem, jornalistas e pessoal técnico, que no futuro sejam destacados para cobrir eventos semelhantes", destacou ainda Camilo Azevedo.
O pedido da cópia das imagens para dois DVD, ainda de acordo com o diretor-adjunto de Informação, "foi feito de forma transparente, através dos meios normais, seguindo o protocolo das normas internas" para o efeito.
"Os DVD foram feitos, mas não foram para lado nenhum. Houve alguém que achou que eram para a polícia, mas não é verdade. Estou a dar a minha palavra que aquilo não saiu e não vai sair. Era muito grave se saísse!", disse Vitor Gonçalves à Lusa.
Esta foi uma garantia dada pessoalmente por Vitor Gonçalves à CT e ao Conselho de Redação numa reunião de urgência na passada sexta-feira, em que o diretor-adjunto substituiu o diretor de informação, Nuno Santos, que se encontrava em Londres, mas na qual esteve presente o subdiretor de Informação, Luís Castro.
"Essa história, no limite, justificava a gravação das imagens de uma cassete. E as outras? Para que é que a DI quis duas horas e quarenta e cinco minutos de gravações, de cinco equipas de reportagem ao longo da tarde, se o que lhe interessava era fazer prova de um momento que demorou apenas alguns minutos?", interroga Camilo Azevedo.
A DI pediu na passada quinta-feira, através de um email, a que a Lusa teve acesso, enviado por Ana Pitas, subdiretora de informação com responsabilidade dos Meios de Produção, as transcrições para DVD, com custos "imputáveis ao Telejornal", de 50 minutos de duas cassetes, 25 minutos de uma terceira e ainda 20 minutos de uma quarta e de uma quinta cassete num total de 165 minutos de imagens recolhidas por cinco equipas de reportagem.
"Se for possível, estas imagens devem ser identificadas com o logótipo RTP", especificava o mesmo email, enviado à secção de Planeamento da estação, com o conhecimento de Manuel da Costa, diretor-adjunto dos Meios de Produção, e ainda Aníbal Costa e Carlos Carvalho.
"Quem pediu este trabalho a Ana Pitas? Quem visualizou e apontou nas cassetes o momento a partir do qual queria a gravação? Para quem foram os DVD?", quer saber a CT.
Vitor Gonçalves acrescentou à Lusa outro dado que, na sua opinião, demonstra que as imagens não saíram da RTP.
"A PSP pediu por email na semana passada para visionar as imagens que foram transmitidas pelas várias televisões, se tivessem as nossas imagens não tinham feito esse pedido", argumentou.
Camilo Azevedo entende, em relação a este pedido em particular, que "as televisões não deviam ter disponibilizado quaisquer imagens sem um mandato judicial concreto, uma vez que, neste caso concreto, a PSP foi envolvida nos confrontos e portanto é parte interessada em quaisquer eventuais processos judiciais que venham a acontecer, pelo que as imagens nunca terão valor de prova em tribunal".

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia 27 . Todos a S. Bento repudiar o orçamento da miséria


Comunicado da Rede 14N -" Violenta é a austeridade"

 
 
O dia 14 de Novembro foi um dia histórico. Por toda a união europeia e em vários países do mundo realizaram-se greves gerais e protestos nunca antes vistos. Em Portugal, milhares de trabalhadores e trabalhadoras fizeram uma greve geral contra as políticas deste governo e da troika, numa das maiores paralisações registadas. Nesse dia decorreram também várias manifestações com elevada participação.
Repudiamos a carga policial injustificável e indiscriminada que ocorreu nesse dia, sob ordens do Governo. Soubemos de resto que comerciantes da zona tinham sido ainda antes da manifestação avisados pelas autoridades para fechar os seus estabelecimentos, o que nos leva a concluir que independentemente dos acontecimentos, estava prevista uma carga policial.
As forças de segurança feriram mais de 100 pessoas, o pânico que se seguiu podia ter redundado numa tragédia. A própria Amnistia Internacional Portugal já condenou publicamente o uso excessivo de força policial. Na hora que se seguiu, as forças de segurança procederam à detenção de várias dezenas de pessoas, em zonas tão distantes como o Cais do Sodré; algumas nem tinham estado em frente à Assembleia da República. Durante muitas horas, a polícia não revelou a familiares e advogados/as o local em que se encontravam as dezenas de pessoas detidas, nem as deixou falar com elas. Muitas das 21 pessoas que foram levadas para o tribunal criminal de Monsanto foram forçadas, sob ameaça, a assinar formulários que se encontravam em branco. Todos os testemunhos que nos chegam comprovam, tal como a ordem de advogados já salientou, a existência de inúmeras ilegalidades nos processos de detenção.
Exigimos por isso a instauração de um inquérito à actuação das forças de segurança bem como aos termos em que foram efectuadas as detenções e demonstramos a nossa total solidariedade com todas as pessoas detidas e vítimas da repressão na noite de 14 de Novembro.
Estamos perante uma operação política e policial que, a pretexto de incidentes tolerados durante mais de uma hora e transmitidos em directo pelas televisões, pretende pôr em causa o direito de manifestação, criminalizar a contestação social, e fazer esquecer as medidas de austeridade impostas, de extrema violência e que levam à revolta e ao desespero das pessoas. Temos plena consciência que o governo pretende impor a sua política e a da troika, de qualquer forma, inclusive pela repressão política e a liquidação de grande parte das liberdades democráticas. A liberdade está a passar por este combate e, por muito grande que seja a repressão, não vamos assistir em silêncio a um retrocesso histórico de perdas de direitos duramente conquistados.
Recusamos que um dia nacional, europeu e internacional de mobilização histórica contra as políticas de austeridade seja desvalorizado ou esquecido, quer pela comunicação social, quer pelo governo. Somos cada vez mais a contestar este regime de austeridade e não nos calaremos, por isso apelamos à mobilização no dia 27 de Novembro, dia de aprovação do Orçamento do Estado.
Subscritores Colectivos:
ACED, Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis, Attac Portugal, CADPP, Clube Safo, CMA-J Colectivo Mumia Abu-Jamal, Colectivo Revista Rubra, Indignados Lisboa, Marcha Mundial das Mulheres – Portugal, MAS – Movimento de Alternativa Socialista, Movimento Sem Emprego, Panteras Rosas, PCTP/MRPP. Plataforma 15O, RDA69 – Recreativa dos Anjos, Socialismo Revolucionário, SOS Racismo.
Subscritores Individuais:
Adriana Reyes, Alcides Santos, Alex Matos Gomes, Alexandre De Sousa Carvalho, Alexandre Lopes de Castro, Alice da Silveira e Castro, Alípio de Freitas, Ana Benavente, Ana Catarina Pinto, Ana Rajado, Andre Carmo, Ângela Teixeira, Antonio Barata, António Dores, António Mariano, António Serzedelo, Bernardino Aranda, Bruno Goncalves, Carlos Guedes, Carolina Ferreira, Catarina Fernandes, Catarina Frade Moreira, Clara Cuéllar, Cláudia Figueiredo, Daniel Maciel, David Santos, Eduardo Milheiro, Eurico Figueiredo, Fabian Figueiredo, Fernando André Rosa, Francisco d’Oliveira Raposo, Francisco da Silva, Francisco Furtado, Francisco Manuel Miguel Colaço, Gonçalo Romeiro, Guadalupe M. Portelinha, Gui Castro Felga, Helena Romão, Isabel Justino, Joana Albuquerque, Joana Lopes, Joana Ramiro, Joana Saraiva, João A. Grazina, João Baia, João Labrincha, João Pascoal, João Valente Aguiar, João Vasconcelos Costa, Jorge d’Almada, Jorge Fontes, José Luiz Fernandes, José Soeiro, José Nuno Matos, Judite Fernandes, Lidia Fernandes, Lúcilia José Justino, Luís Barata, Luís Júdice, Luis Miranda, Luna Carvalho, Magda Alves, Mamadou Ba, Manuel Monteiro, Manuela Gois, Margarida Duque Vieira, Maria Conceição Peralta, Maria Paula Montez, Mariana Pinho, Marta Teixeira, Martins Coelho, Nuno Bio, Nuno Dias, Nuno Ramos de Almeida, Olimpia Pinto, Paula Gil, Paulo Coimbra, Paulo Jacinto, Pedro Jerónimo, Pedro Páscoa, Pedro Rocha, Raquel Varela, Renato Guedes, Ricardo Castelo Branco, Rita Cruz Neves, Rita Veloso, Rodrigo Rivera, Rui Dinis, Rui Duarte, Rui Faustino, Rui Ruivo, Sandra Vinagre, Sérgio Vitorino, Sofia Gomes, Sofia Rajado, Sónia Sousa Pereira, Teresa Ferraz, Tiago Castelhano, Tiago Mendes, Tiago Mota Saraiva, Tiago Santos, Tiago Silva.
Via Rede14N.

Os "Profissionais da desordem "...........


"Carta Aberta" ao Presidente

 
Carta publicada no Facebook, por Carlos Paz
Meu caro Ilustre Prof. CAVACO SILVA,

Tomo a liberdade de me dirigir a V. Exa., através deste meio
[o Facebook], uma vez que o Senhor toma a liberdade de se dirigir a mim da mesma forma.
É, aliás, a única maneira que tem utilizado para conversar comigo (ou com qualquer dos outros Portugueses, quer tenham ou não, sido seus eleitores).

Falando de eleitores, começo por recordar a V. Exa., que nunca votei em si, para nenhum dos cargos que o Senhor tem ocupado, praticamente de forma consecutiva, nos últimos 30 anos em Portugal (Ministro das Finanças, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Primeiro Ministro, Presidente da
República, Presidente da República).

No entanto, apesar de nunca ter votado em si, reconheço que o Senhor:
1) Se candidatou de livre e espontânea vontade, não tendo sido para isso coagido de qualquer forma e
foi eleito pela maioria dos eleitores que se dignaram a comparecer no acto eleitoral;
2) Tomou posse, uma vez mais, de livre vontade, numa cerimónia que foi PAGA POR MIM (e por todos
os outros que AINDA TINHAM, nessa altura, a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus
impostos);
3) RESIDE NUMA CASA QUE É PAGA POR MIM (e por todos os outros que AINDA TÊM a boa ventura de
ter um emprego para pagar os seus impostos);
4) TEM TODAS AS SUAS DESPESAS CORRENTES PAGAS POR MIM (e pelos mesmos);
5) TEM TRÊS REFORMAS CUMULATIVAS (duas suas e uma da Exma. Sra. D. Maria) que são PAGAS por
um sistema previdencial que é alimentado POR MIM (e pelos mesmos);
6) Quando, finalmente, resolver retirar-se da vida política activa, vai ter uma QUARTA REFORMA
(pomposamente designada por subvenção vitalícia) que será PAGA POR MIM (e por todos os outros
que, nessa altura, AINDA TIVEREM a boa ventura de ter um emprego para pagar os seus impostos).

Neste contexto, é uma verdade absoluta que o Senhor VIVE À MINHA CUSTA (bem como toda a sua família directa e indirecta).

Mais: TEM VIVIDO À MINHA CUSTA quase TODA A SUA VIDA.

E, não me conteste já, lembrando que algures na sua vida profissional:
a) Trabalhou para o Banco de Portugal;
b) Deu aulas na Universidade.

Ambos sabemos que NADA DISSO É VERDADE.

BANCO DE PORTUGAL: O Senhor recebia o ordenado do Banco de Portugal, mas fugia de lá, invariavelmente com gripe, de cada vez que era preciso trabalhar. Principalmente, se bem se lembra (eu lembro-me bem), aquando das primeiras visitas do FMI no início dos anos 80, em que o Senhor se fingiu doente para que a sua imagem como futuro político não ficasse manchada pela associação ao processo de austeridade da época. Ainda hoje a Teresa não percebe como é que o pomposamente designado chefe do gabinete de estudos NUNCA esteve disponível para o FMI (ao longo de MUITOS meses. Grande gripe essa).

Foi aliás esse movimento que lhe permitiu, CONTINUANDO A RECEBER UM ORDENADO PAGO POR MIM (e sem se dignar sequer a passar por lá), preparar o ataque palaciano à Liderança do PSD, que o levou com uma grande dose de intriga e traição aos seus, aos vários lugares que tem vindo a ocupar (GASTANDO O MEU DINHEIRO).

AULAS NA UNIVERSIDADE: O Senhor recebia o ordenado da Universidade (PAGO POR MIM). Isso é verdade. Quanto ao ter sido Professor, a história, como sabe melhor que ninguém, está muito mal contada. O Senhor constava dos quadros da Universidade, mas nunca por lá aparecia, excepto para RECEBER O ORDENADO, PAGO POR MIM. O escândalo era de tal forma que até o nosso comum conhecido JOÃO DE DEUS PINHEIRO, como Reitor, já não tinha qualquer hipótese de tapar as suas TRAPALHADAS. É verdade que o Senhor depois o acabou por o presentear com um lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros, para o qual o João tinha imensa apetência, mas nenhuma competência ou preparação.

Fica assim claro que o Senhor, de facto, NUNCA trabalhou, poucas vezes se dignou a aparecer nos locais onde recebia o ORDENADO PAGO POR MIM e devotou toda a vida à sua causa pessoal: triunfar na política.

Mas, fica também claro, que o Senhor AINDA VIVE À MINHA CUSTA e, mais ainda, vai, para sempre, CONTINUAR A VIVER À MINHA CUSTA.

Sou, assim, sua ENTIDADE PATRONAL.

Neste contexto, eu e todos os outros que O SUSTENTÁMOS TODA A VIDA, temos o direito de o chamar à responsabilidade:
a) Se não é capaz de mais nada de relevante, então: DEMITA-SE e desapareça;
b) Se se sente capaz de fazer alguma coisa, então: DEMITA O GOVERNO;
c) Se tiver uma réstia de vergonha na cara, então: DEMITA O GOVERNO e, a seguir, DEMITA-SE.

Aproveito para lhe enviar, em nome da sua entidade patronal (eu e os outros
PAGADORES DE IMPOSTOS), votos de um bom fim de semana.

Respeitosamente,
Carlos Paz





sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Gaza alvo de novo ataque sionista


Solidariedade com o Povo da Palestina !
Hoje a partir das 17:00 h. Manifestação  junto à embaixada de Israel em Lisboa
 
Esta quarta-feira, dia 14 de Novembro de 2012, enquanto os olhos do mundo estavam postos na greve geral em vários países da Europa, Israel lançou mais um bombardeamento à faixa de Gaza. Este bombardeamento quebrou um acordo de cessar fogo e resultou na morte de pelo menos 8 Palestinianos inocentes. A noite de 15 de Novembro e a manhã de 16 de Novembro foram mais uma vez marcadas por campanhas de bombardeamentos que elevaram o número de mortos a pelo menos 19.
Este bombardeamento foi mais um numa série de ataques que começaram no dia 8 de Novembro, quando um rapaz de 8 anos foi morto por uma bala do exército Israelita enquanto jogava futebol na rua. O Estado de Israel confirmou a sua intenção de escalar o conflito ao chamar 30,000 reservistas do exército, um forte indício que o exército Israelita intenciona avançar com uma invasão terrestre.
Por esta razão convocamos uma manifestação no Sábado, dia 17 de Novembro de 2012, às 17:00 horas, à frente à embaixada de Israel em Lisboa, para exigirmos o fim do bombardeamento à faixa de Gaza e o fim da campanha militar de Israel contra a população Palestiniana.
Às 18:00 horas durante a manifestação teremos a oportunidade de ouvir Abelfattah Mostafa falar sobre o papel dos movimentos sociais na revolução Egípcia de 2011, assim como a importância da luta da população Palestiniana. Abelfatta é um dos organizadores e membro do Movimento 6 de Abril, um dos movimentos sociais mais preponderantes durante a revolução que derrubou a ditadura de 28 anos de Hosni Mubarak. Artigos interessantes sobre o Movimento 6 de Abril podem ser acedidos aqui e aqui.
Contra a Campanha de Propaganda Pró-Imperialista:
Ao contrário do que muitos órgãos de comunicação social indicam, os bombardeamentos diários a Gaza que têm ocorrido durante os últimos dias não são uma resposta do Estado de Israel ao lançamento de mísseis a partir do território Palestiniano. Trata-se de um plano orquestrado para aproveitar a distração da população Europeia, a crise geopolítica do Médio Oriente e a conivência da comunidade internacional para continuar o projeto de limpeza étnica do povo Palestiniano e a anexação dos seus territórios através de mais uma guerra de agressão contra a faixa de Gaza.
Sobretudo, este último ataque ilegítimo e criminoso à faixa de Gaza poderá levar ao alastramento do conflito no Médio Oriente e no Norte de África a uma escala sem precedentes no século XXI. Com a Líbia num estado de guerra civil, com os conflitos armados na Síria sem fim em vista, com o Iraque e o Afeganistão sobre ocupação estrangeira e com a continuação de operações militares no Paquistão, a continuação do bombardeamento e a possível invasão terrestre à faixa de Gaza poderá precipitar uma guerra que iria inflamar todo o Médio Oriente. O Egipto, país que partilha uma fronteira com Gaza, já se ofereceu para mediar negociações entre Israelitas e Palestinianos.
Por estas razões exigimos, em nome da paz e da justiça, que Israel cesse imediatamente a sua guerra de agressão contra a população de Gaza.
Todos os movimentos e organizações solidários com a Palestina são por este meio convidados a subscrever este evento e a participar na manifestação.
As subscrições podem ser enviadas até às 12:00 horas do dia 17 de Novembro para o endereço: palestinavence@gmail.com
João Silva Jordão, do Comité de Solidariedade com a Palestina (página Internet: http://palestinavence.blogs.sapo.pt/. Página Facebook: https://www.facebook.com/ComitePalestina)
Abelfattah Mostafa, do Movimento 6 de Abril (página Facebook: https://www.facebook.com/6abrilPortugal)
Evento Facebook:
Indicações:
Morada da Embaixada Israelita- Rua António Enes, 16, 1050-02 (Metro Saldanha. Descer Av. Duque de Ávila, virar primeira à esquerda e primeira à direita).

A GREVE GERAL Foi PODEROSA

A GREVE GERAL foi uma poderosa jornada de luta dos trabalhadores portugueses que tiveram a solidariedade dos trabalhadores da Europa onde se realizaram também greves ou outras acções de solidariedade. Em Portugal o Governo perante a grande mobilização dos trabalhadores orquestrou através dos seus efectivos da contra informação e dos média que caninamente o servem, uma encenação que consistiu em por em marcha acções repressivas que visam intimidar e desencorajar a luta dos trabalhadores ao mesmo tempo que remetia ao silêncio os resultados de uma Greve vitoriosa.

VIVA A GREVE GERAL !

Videos sobre a repressão junto a S. Bento e imediações no dia da Greve Geral
 
Também em Espanha, em dia de Greve Geral a polícia reprimiu os trabalhadores com a ferocidade que os caracteriza na defesa dos interesses do grande capital .

domingo, 11 de novembro de 2012

Fora Merkel e o Governo da Tróica

Para hoje estão convocadas manifestações contra a presença de Merkel no nosso país; A CGTP convocou uma manifestação para o Lg. camões a partir das 15 horas enquanto que se encontra marcada uma outra manifestação para o lg.Calvário a partir das 13:00 h.  que se irá dirigir para Belém , local onde Merkel irá estar presente . Comparece e participa nesta iniciativas .
 

sábado, 10 de novembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Dia 12 Nov. - Dia de Protesto contra presença em Portugal de Merkel


O Deutsche Bank - Um Banco de Todos os Terrores


Documento publicado pelo Circulo Revolucionário
 
O Deutsche Bank
Um Banco de Todos os Terrores­ - com Hitler ou Merkel

A visita indesejada de Angela Merkel, chanceler e gestora política do imperialismo alemão e do capital financeiro internacional, ao nosso país coloca naturalmente a questão: O que é que representa esta senhora? As suas políticas de subjugação económico-financeira têm atirado os trabalhadores, o povo e as comunidades do nosso país a um abismo social, económico e a um processo político acelerado de fascização. Fomos então vasculhar na história dos últimos cerca de noventa anos da Alemanha, tendo encontrado aspetos importantes, particularmente sobre o Deutsche Bank. Num artigo adaptado e aumentado com aspetos mais recentes, queremos divulgar os resultados que apurámos aos visitantes deste blogue.

Um relatório americano votado ao esquecimento

O Deutsche Bank pertenceu aos principais financiadores da ditadura fascista de Hitler e foi quem mais lucrou com este regime de terror e a II Guerra Mundial. É o que mostra, em mais de 400 páginas, o “Relatório do OMGUS” (Gabinete do Governo Militar dos EUA para Alemanha) de 1946/47, que fora elaborado pela Comissão de Finanças do Governo Militar ocupante dos EUA na Alemanha, após a capitulação do fascismo alemão em 1945.

Assim diz o “Relatório” que o Deutsche Bankutilizou o seu imenso poder na economia alemã para participar na execução da política criminosa do regime nazi no campo económico.” O banco tornou-se o maior da Europa durante a II Guerra Mundial abastecendo “o Império [Alemão-coautores] com fundos enormes para fins de rearmamento”, alargando “com muita agressividade” o seu poder nos territórios anexados pela Alemanha, lucrando especificamente com a expropriação das propriedades judaicas pelos nazis. “Recomendamos,” lê-se no prefácio, “que o Deutsche Bank seja liquidado.” Os membros da Direção devem ser “acusados e postos em tribunal como criminosos de guerra, os executivos do Deutsche Bank devem ser excluídos do exercício de posições importantes ou responsáveis na vida política e económica da Alemanha.”

Executivos do Deutsche Bank e os Nazis

Um desses responsáveis foi Hermann Josef Abs quem foi chamado em 1938 para integrar a direção do Deutsche Bank. Abs dispunha duma larga experiência de negócios com o estrangeiro e possuía a confiança dos líderes nazis aos quais também mandou oferecer meios financeiros substanciais. Assim, Himmler, o chefe do SS, a principal organização do terror industrializado nazi, recebeu 70.000 marcos por ano pelo Deutsche Bank. Terá sido como agradecimento pelos bons negócios com os campos de concentração?

Máquina de morte nazi

Com pleno conhecimento da Direção, o Deutsche Bank participou no financiamento do Campo de Concentração em Auschwitz (Polónia). Assim concedeu, entre outros, créditos para a construção dos estaleiros da ‘Divisão de Combate’ do SS em Auschwitz e da fábrica química de Buna, pertencente a IG Farben [um monopólio químico que, após a sua dissolução forçada no pós-guerra, deu lugar aos três famigerados monopólios de Bayer, BASF e Höchst coautor]. Abs também era membro do Conselho Fiscal da IG Farben onde lucrou com a produção do gás Zyklon B que serviu para assassinar industrialmente milhões de humanos nos campos de concentração. O Deutsche Bank concedeu ainda créditos a empresas que construíram crematórios, rampas e barracas em Auschwitz. Deste modo o banco e os seus membros do Conselho Fiscal ganhavam não apenas através da concessão dos créditos, mas também pela exploração dos trabalhadores forçados e pela venda do ouro dental de milhões de pessoas assassinadas nos campos de concentração – ouro dental esse que fora arrancado aos cadáveres e fundido em barras!

Apropriação de propriedades judaicas

Abs dispunha de relações estreitas com o Ministério de Economia alemão, fazia parte do Conselho do Banco do Império Alemão, pertencendo ainda a diversas comissões da Câmara Económica do Império Alemão. De forma decisiva, Abs estava metido na expropriação das empresas judaicas dentro da Alemanha e nos territórios ocupados. Era um negócio sem riscos. Os proprietários judeus foram obrigados a vender a sua empresa por uma ínfima parte do seu valor real. Aos compradores, muitas vezes administradores, o banco concedeu os créditos necessários. Desta forma, o Deutsche Bank ganhou duas vezes: por um lado, através da concessão do empréstimo e, por outro lado, tendo como novo cliente a nova firma “arianizada”.

Fortunas com a II Guerra Mundial

Os membros do Conselho Fiscal do Deutsche Bank exerciam funções de controle nos conselhos fiscais das empresas alemãs de armamento, como a Bosch, a Siemens, a Krupp, a Mannesmann, a Daimler Benz e a BMW. O próprio Abs ocupou, entre outros, lugares nos concelhos fiscais da IG Farben e das Deutsche Waffen- und Munitionsfabriken [empresa de fabrico de armas e munições – coautores]. Nas fábricas destes monopólios trabalhavam dezenas de milhares de trabalhadores forçados: maltratados e esfomeados, muitos deles não sobreviveram ao terror no trabalho.

Entre 1939 a 1944, o Deutsche Bank aumentou o seu volume de negócios em 171%! Mal que o exercito alemão fascista tivesse entrado na Áustria, o Deutsche Bank enviou um grupo de executivos para a Viena, com a finalidade de garantir o controle sobre o banco austríaco “Creditanstalt-Bankverein”. Após a formação do Protetorado da Boêmia e da Morávia, o Deutsche Bank saqueou o „Union-Bank“. Após o assalto fascista à Polónia surgiram várias filiais do Deutsche Bank nalgumas cidades polacas. Deste modo, o Deutsche Bank se espalhou por toda a Europa.

Derrota do Fascismo – o Deutsche Bank com “negócios como sempre”

Derrotado o fascismo alemão em 1945, mas ao contrário das recomendações do acima citado “Relatório” americano, nem o Deutsche Bank foi liquidado, nem Abs e outros destacados banqueiros foram responsabilizados pelo terror que incentivaram, apoiaram e com o qual arrancaram inimagináveis lucros às suas vítimas. O objetivo político dos aliados ocidentais sob liderança americana mudou depressa para a constituição da Alemanha-Ocidental como base económica, ideológica e militar dum “roll-back” ocidental contra os jovens países socialistas que então se estavam a formar na Europa, isto é, o desencadeamento duma ‘guerra santa’ contra o socialismo.

Foi deste modo que o banqueiro Abs voltou à Direção do Deutsche Bank e aos conselhos fiscais dos diversos monopólios alemães sob a sua influência, aliás, ainda em 2001, o próprio banqueiro chegou a ser homenageado publicamente, na Alemanha. O próprio Deutsche Bank nunca deixou de exercer a sua atividade, tendo ascendido ao banco mais influente na Europa e em muitas partes do mundo, atuando o governo alemão de Merkel como o seu ponto de lança estratégico.

Mudanças do poder económico-financeiro no mundo

Nos últimos cerca de 30 anos têm havido alterações significativas na estrutura do poder económico-financeiro a nível mundial, levando à formação e ao domínio do capital financeiro internacional, ou seja, o entrelaçamento entre a banca internacional, os fundos ou sociedades de investimento e os super-monopólios multinacionais e multisectoriais. Após a transformação capitalista completa do anterior ‘campo socialista’, o mundo inteiro tornou-se uma área de incursão sem limites para a finança internacional, através das suas instâncias internacionais, o FMI, o BCE, o G8/20, a OCDE, a Organização Internacional do Comércio, a UE etc. No entanto, mesmo com a existência de tantos organismos de “diálogo” institucionalizado, a concorrência passou a ser cada vez mais frenética entre os seus participantes: os ‘amigos’ do capital financeiro internacional afinal são profundos inimigos porque cada super-monopólio ou banco quer realizar o s e u lucro maximizado!

O Deutsche Bank – negócios sujos em todo o mundo

O banco movimenta-se à vontade nessa alcateia de lobos, aliás, por interesse próprio tem contribuído ativamente na criação dos seus organismos. Além dos seus ‘negócios de costume’, isto é, participações lucrativas em monopólios multinacionais alemães, americanos e noutros, tem entrado em áreas de especulação e de financiamento de negócios com efeitos terríveis para as populações de países e continentes inteiros. Para este banco os humanos existem apenas como cifras nas suas folhas de cálculo quando se trata apurar a sua rentabilidade ou o “shareholder value”, ist é, lucro.

A crise atual

Num debate televisivo, o banqueiro suíço Ackermann, ex-homem forte do Deutsche Bank e até há pouco, conselheiro principal da chanceler A. Merkel, descreveu o papel da banca na atual crise económico-financeira: ”Na crise da dívida existe uma corresponsabilidade dos bancos, primeiro, porque aumentamos ainda o endividamento dos estados através das ações de salvação e, de certeza, também porque, segundo, especialmente na Espanha e na Irlanda, enchemos a bolha no mercado imobiliário [sublinhado por nós] através da concessão muito generosa de créditos, o que agora tem de ser corrigido naturalmente.” ‘Natural’ para ele é obviamente que os acionistas e especuladores mantenham o seu nível de ganhos!

A brutalidade esclarecedora de Ackermann sobre as políticas financeiras do Deutsche Bank e do governo de Merkel mostra que a proclamada ‘salvação’ financeira do país pela via sacra neoliberal – como prega a fascizante corporação neoliberal de Passos Coelho, Gaspar e Portas - tem um efeito oposto, isto é, contribui apenas para o aumento do endividamento do nosso país. E não nos referimos ainda à imensurável miséria e morte que as impostas medidas causam nas populações. De resto, a ‘salvação’ – dos seus acionistas - já levou o Deutsche Bank a trocar as suas ações gregas por ações seguras com a garantia de ‘segurança pública’, ou seja, o banco privado socializou o seu ‘risco’ particular!

Especulação imobiliária

O Deutsche Bank está envolvido em movimentações imobiliárias especulativas em várias partes do mundo, como, por exemplo, nos EUA, na Espanha e na Irlanda. A imprensa portuguesa revelou que este banco foi comprando os prédios e esvaziando sucessivamente prédios dos seus habitantes de bairros inteiros em Los Angeles (EUA), com dezenas de milhares de pessoas pobres à procura de casas com rendas acessíveis. O único objetivo desta operação do banco era aumentar o valor dos imóveis e do terreno na bolsa.

Em Portugal, o banco criou as condições junto da banca portuguesa para inúmeras concessões de créditos lucrativos à habitação no país. Na altura da assinatura do contrato arrancou aos trabalhadores o que estes tinham nos bolsos, depois passou a servir-se do cofre do estado português através das medidas da Troika. Assim o banco ‘petisca, mas nunca arrisca’, ao contrário de que conta a lenda mistificadora sobre o ‘nobre ofício de risco pessoal do capitalista’. É sempre o estado burguês – grego, português,...alemão - que garante os seus lucros. Os trabalhadores, esses é que pagam antes e depois - em todos os países por onde passe a especulação mobiliária.

Financiamento de bombas de fragmentação e de armamento de guerra

Na linha da sua tradição bélica dos tempos nazis, o Deutsche Bank concedeu créditos para a construção de material bélico em vários países como, por exemplo, nos EUA. Assim as empresas de guerra americanas Textron Incorporated, General Dynamics e a Lookheed Martin Corporation, entre outros, receberam financiamento do Deutsche Bank para a construção das proscritas bombas de fragmentação (Heck 2012) com os conhecidos efeitos mutiladores terríveis nas pessoas.

Os estaleiros alemães que venderam os submarinos a Portugal, bem como à Grécia, à última com chantagem financeira do governo de Merkel, onde é que as empresas envolvidas, como os países compradores terão encontrado o financiamento necessário? São esses créditos que fazem hoje parte das “dívidas” que o capital financeiro e os seus respetivos governos-lacaios nos tentam cobrar a nós!

Especulação com a Fome no Mundo

O ”Foodwatch-Report de 2011”, o relatório duma organização não-governamental, observa as condições de financiamento, produção e distribuição dos bens alimentares no mundo. O relatório expõe como a pura especulação com o trigo, milho, arroz, óleos, leite e outros bens alimentares nas ‘bolsas de matérias-primas’ - pelo Deutsche Bank, Barclays, Morgan Stanley, UBS e Goldmann & Sachs - tem contribuído para o brutal aumento dos seus preços, tornando-se cada vez mais inacessível a alimentação para as populações pobres em grandes partes do mundo. Assim, dois mil milhões de pessoas, sobretudo de África, da Ásia e da América Central gastam já a maior parte do seu rendimento na alimentação. Desnutrição, fome e morte são as consequências mais cruéis do aumento dos preços, tendo levado as massas populares de 61 países a revoltarem-se em 2008. As sublevações contra a fome e repressão mais conhecidas entre nós receberam a designação mistificadora de ‘Primavera Árabe’.

Além da mera especulação bolsista, o Deutsche Bank, à semelhança dos outros, entrou também no comércio-especulação com matérias primas, também alimentares, através da compra e do armazenamento em grandes depósitos, navios-depósitos ou condutas, forçando a subida dos preços dos produtos através do seu rareamento sistemático nos mercados.

Expropriação de terras em África, Ásia e Ámerica Latina

Através dos seus DWS-Fonds e da Deutsche Asia Pacific Holding, um joint-venture do Deutsche Bank, este banco faz investimentos em terrenos no Congo, na Tanzânia, na África do Sul. no México, na Índia, no Laos, no Vietname etc. (Heck 2012). A ‘compra’ de terras passa pela associação a governos centrais ou locais dos respetivos países para garantir a expropriação e o afastamento efetivos dos pequenos camponeses que são expulsos violentamente das suas propriedades. Assim perdem o seu sustento, vagueando nas periferias das grandes cidades, tornando-se vítimas duplas da especulação alimentar e da especulação à volta das suas terras. Os seus terrenos são juntados em terrenos de grande dimensão que servem como exploração lucrativa aos monopólios agrícolas ocidentais e outros.

Fontes:
- An ihren Händen klebt Blut [Há sangue nas suas mãos],” (2009), Rote Fahne – URL: http://www.rf-news.de/2009/kw53/an-ihren-haenden-klebt-blut-die-deutsche-bank-im-faschismus
- Foodwatch (2011). “Foodwatch-Report 2011.” Berlim – URL: http://foodwatch.de
- Heck, M. (2012). “Profit macht hungrig [Lucro faz fome],” Kontext – URL: http://www.kontextwochenzeitung.de/no_cache/newsartikel/2012/05/profit-macht-hungrig
- US Military Government in Germany. Finance Commission (1946/7). “OMGUS Report.”
- vários artigos ou notícias em diários portugueses sobre o Deutsche Bank a respeito da especulação imobiliária e de ações e processos em múltiplos tribunais etc. (2011/12)

Novembro 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

FORA DAQUI - MERKEL - RAUS HIER !

Comunicado do Circulo revolucionário
 Cá vem ela … declarar o seu fraquinho humanista pelo nosso sofrimento, no entanto, apresentará como intocáveis as medidas de destruição e repressão, roubo, desemprego, miséria, até de morte, do FMI, BCE e UE. Depois vai dar palmadinhas nas costas de Passos Coelho, chefe nacional do protetorado em que se tornou Portugal. Ao vice-chefe Portas, esse ‘nacionalista’ antigermânico convicto, talvez agradeça com um beijinho a compra dos submarinos à indústria de guerra alemã. Será que ainda vai doar, num ato de misericórdia, fraldas usadas a uma creche?
 Frau Merkel, porta-voz e gestora política principal do imperialismo alemão e do capital financeiro internacional, atreve–se a visitar Portugal: R a u s   h i e r!
Imperialismo Alemão – História de Subjugação, Saque, Fascismo e Guerra
Deutsche Bank, Siemens e a IG Farben, antecessora da Bayer, espalham exploração, miséria, indústria de morte e guerra desde há muito. No início dos anos 1930, o capital monopolista alemão financia o partido nazi para colocar Hitler no governo - na sua luta contra os trabalhadores e os 6 milhões de desempregados. Explora nas suas empresas como trabalho escravo os presos dos campos de concentração até à morte, em estreita colaboração com a SS, a organização de terror nazi. A IG Farben produz o lucrativo gás para o extermínio, sendo responsável pelo assassínio de milhões de comunistas, socialistas e sindicalistas, judeus e cristãos, ciganos e africanos e homossexuais nos campos de morte nazis.
Na II Guerra Mundial, durante a ocupação sangrenta nazi da Grécia, é roubado o tesouro público, o país é des-industrializado. O sector de energia, do petróleo e sobretudo a banca funcionam sob batuta monopolista alemã. A Grécia é obrigada a ceder um crédito cujo valor entretanto tem ascendido a 3.400.000.000 Euros: Até hoje, a Alemanha não pagou nenhum único cêntimo!
Hoje – Dependência, Saque, Miséria, Fascização e Guerras
Hoje é o entrelaçado capital financeiro internacional dos 147 super-monopólios financeiros e multisectoriais que tomaram posse dos países, como a Grécia e Portugal, através das suas agências internacionais o FMI, a União Europeia e o BCE, usando os governos nacionais como meras marionetes.
A Siemens, a Bayer, a Continental Mabor e a Autoeuropa representam no país a invasão imperialista alemã no sector industrial, ocupando um papel central. Desde o fascismo de Salazar, que as multinacionais alemãs utilizam a nossa força de trabalho ao preço da chuva, tendo o Deutsche Bank ainda introduzido a maciça especulação financeira com os créditos à habitação, garantindo assim o lucro máximo aos seus acionistas. Com as medidas da Tróika de baixos salários e de saque financeiro do erário público, esses super-monopólios visam impor um regime ditatorial selvagem de múltipla exploração.
 O governo de Merkel gera essas negociatas com grandes pressões e chantagem. Tirando a máscara ‘humanitária’, a chanceler alemã vai dar ordens ao governo PSD/CDS para que o saque da Troika continue por todas as formas.
 O s  P o v o s  U n i d o s  -  J a m a i s  S e r ã o  V e n c i d o s !
Temos de dirigir com determinação a nossa luta contra este ataque maciço do capital financeiro internacional e dos seus lacaios, confiando nas nossas próprias forças - os trabalhadores, os desempregados, os jovens, as mulheres, os imigrantes e os reformados! Nesta luta comum estão também os povos: grego, irlandês, italiano, cipriota e de Espanha ... Será em conjunto com eles que podemos acabar com este mundo cínico de exploração, repressão, miséria e de guerras!
-          Não pagaremos o vosso lucro com as nossas vidas!
-          Pelo derrube do governo da Troika!
-          EU, BCE, FMI - fora daqui!
-          Uma forte greve geral do sul da Europa contra o terrorismo social!
Círculo Revolucionário                                        circulorevolucionariolx@yahoo.com
31.10.2012                                                   http://circulorevolucionario.blogspot.com