quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Com a passagem de 2 anos, os comentários não deixam de alertar para a gravidade da situação

«Chamo a atenção para a citação do nome de Lyndon LaRouche por Daniel Estulin. Há várias dezenas de anos que este político e economista norte-americano denuncia este sistema financeiro, que já caminhava então, e agora continua a caminhar mais rapidamente, para o colapso. Daniel Estulin é um membro estrangeiro desse movimento político que trava neste momento uma tremenda luta política, quer no exterior, mas ainda mais intensamente no interior dos EUA para a reinstauração da lei Glass-Steagall. Uma lei que Franklin Delano Roosevelt instaurou em 1933, com o fim de controlar o sistema financeiro. Ele acusava-o (com inteira razão) de ter sido o responsável pela depressão económica e financeira que emergira em 1929. Clinton revogou-a em 1999, depois do JP Morgan, e outros bancos "too big to fail" (TBTF), terem lançado uma campanha a partir do fim dos anos 80 nesse sentido. Devemos destacar nessa campanha um artigo de Alan Greenspan de 1988, que estava em trânsito de director do JP Morgan para presidente da FED. Uma FED que mais não é que uma emanação desses bancos "TBTF". Não é só o Goldman Sachs que mexe os "cordelinhos". É todo um sistema financeiro nas mãos de uma plutocracia que mais não sabe que aplicar uma lógica crematística (não economista). Uma lógica que mais não pretende do que a acumulação de capital nas mãos dessa plutocracia. Até agora conseguiu acumular (serei mais preciso que Estulin) cerca de 1,4 quadriliões (à americana) de dólares. Esta dívida é puramente especulativa e não deve ser paga porque não corresponde a um efectiva criação física de riqueza. Se não detivermos esta lógica plutocrata/crematista, os seus defensores, cada vez mais desesperados, continuarão a promover essa lógica, à custa do genocídio de grande parte da população mundial.»

 

Mais uma explicação para a crise

Portugal e outros países europeus, vivem a mesma situação ocorrida durante décadas do Século XX na América do Sul, com presenças permanentes de agiotas do FMI e outros grandes interesses da finança internacional, explorando
Pode continuar a existir muita coisa mal nesses países, mas agora, Venezuela, Equador, Paraguai, Chile, Argentina, Brasil, etc, voltaram a ser países independentes e donos do seu destino, ao contrário de Portugal que mandou vir essas mesmas entidades sem rosto que durante décadas esmifraram a América Latina e agora são potência ocupante de Portugal, com o aval da nossa troika PSD-PS-CDS. O objetivo: vender ao desbarato os recursos do país e tudo o que seja lucrativo...as populações e os recursos de países como Brasil, Argentina, Venezuela, etc, enquanto estes eram internamente controlados por governos corruptos apoiados em ditaduras militares.
 
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Evocamos aqui o 11 de Setembro de 1973

 
 
Foi há 40 anos que o Regime Democrático Constitucional e o seu presidente eleito, Salvador Allende, foram derrubados por um golpe militar dirigido por Augusto Pinochet. Um golpe havia muito planeado pela Casa Branca, por Richard Nixon e Henry Kissinger, a eminência parda que Gore Vidal, escritor norte-americano já falecido, disse em tempos dever ser levado ao Tribunal Penal Internacional por Crimes Contra A Humanidade. O golpe militar de Pinochet contou com o apoio militar e financeiro dos Estados Unidos e da CIA (a mando dos seus governantes), em estreita colaboração com organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de cariz nacionalista-neofascista. A este golpe seguiu-se o período mais negro da História do Chile, porventura a Ditadura mais sangrenta e mais sanguinária do século XX. «Quatro meses depois do golpe, o seu balanço já era atroz: quase 20 000 pessoas assassinadas, 30 000 prisioneiros políticos submetidos a torturas selvagens, 25 000 estudantes expulsos de escolas e 200 000 operários demitidos. A etapa mais dura, sem dúvida, ainda não havia terminado.» Gabriel García Márquez Publicado no JN em 18.08.2011: «O governo chileno reviu esta quinta-feira em alta o número de vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) para mais de 40 mil. Um relatório de uma comissão governamental contabilizou mais 9.800 pessoas torturadas ou detidas por motivos políticos, totalizando 37 mil, e mais 30 mortos ou desaparecidos, somando 3.277, de acordo com as agências noticiosas francesa AFP e americana AP. A comissão, reactivada no final de 2009 pela ex-presidente Michelle Bachelet, examinou 32 mil dossiers, com base em testemunhos e elementos novos. O Estado reconheceu, até à data, 27.153 pessoas merecedoras de uma compensação mensal pelas violações dos direitos humanos de que foram vítimas.» A ditadura de Pinochet prolongou-se até princípios de 1990, mas Pinochet conseguiu manter-se como o mais alto responsável pelas Forças Armadas do país até Março de 1998, altura em que passou a ocupar o cargo, por ele criado, de senador vitalício no Congresso chileno. Até hoje, desconhece-se a verdadeira dimensão dos crimes cometidos durante a ditadura de Pinochet. Quanto ao segundo 11 de Setembro, o sempre invocado "Nine/Eleven": A perda de vidas humanas é sempre, e em qualquer parte do mundo, uma Perda para a Humanidade. No entanto, não posso deixar de lembrar o velho ditado: «Quem semeia ventos, colhe tempestades!». Honra ao Presidente Allende e a todos os socialistas democratas, a todos os resistentes chilenos que, de uma maneira ou de outra, foram vítimas do golpe militar de 11 de Setembro de 1973.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Slavoj Žižek é um dos autores de Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil

O primeiro livro impresso inspirado nos megaprotestos que ficaram conhecidos como as Jornadas de Junho, além de ser o principal esforço intelectual até o momento de analisar as causas e consequências desse acontecimento marcante para a democracia brasileira. Escrito e editado no calor da hora, em junho e julho, trata-se de um livro de intervenção, que traz perspectivas variadas sobre as manifestações, a questão urbana, a democracia e a mídia, entre outros temas. Também contribuem para a coletânea autores nacionais e internacionais como David Harvey, Mike Davis, Ermínia Maricato, Paulo Arantes, Roberto Schwarz, Carlos Vainer, Ruy Braga, Mauro Iasi, entre outros. Confira o Booktrailer do livro abaixo: