quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2012 Foi um Ano de Luta , 2013 Augura um Ano de Intensos Combates Sociais

 O ano de 2012 foi um ano de grandes lutas contra a política de um Governo miserável prostado perante os interesses do grande capital europeu. Um governo que agravou as condições de trabalho dos trabalhadores de uma forma vertiginosa, precarizando a vida de todos, gerando números recorde de desempregados , o aumento acentuado da fome a miséria e o desemprego .
 

Reagiram os trabalhadores com muitas lutas: Greves, nomeadamente as 2 greves gerais  e grandiosas manifestações de rua por todo o país .
 
O ano que agora se inicia vai ser um ano de intensos combates sociais face a um governo surdo perante a grande revolta popular face ás medidas criminosas que todos os dias faz abater sobre o povo .
Ousar Lutar , Ousar Vencer !




Texto de André Levy em Blog 5 dias

JANEIRO 2012
  • Greve dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, iniciada a 28 de Dezembro, até 8/Jan, contra a intenção de criar um quinto turno de trabalho sem o devido aumento de efectivos
  • Dezenas de trabalhadores do Grupo Carlos Saraiva manifestaram-se dia 8, junto ao Grande Hotel Salgados, no concelho de Albufeira, onde decorria um congresso de uma marca automóvel, para assim denunciarem a falta de pagamento de salários desde Setembro.
  • Manifestação Nacional dos trabalhadores da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), junto à Administração da CP (11/Jan)
  • O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) desconvocou a greve marcada para o dia 13, após o Ministério da Justiça (MJ) ter garantido alterar o estatuto profissional e contratar novos guardas prisionais.
  • Greve dos trabalhadores portuários, iniciada dia 9/Jan, convocada para reivindicar a suspensão ou a retirada da insolvência da Empresa de Trabalho Portuário (ETP) do porto de Aveiro, desencadeada pela Aveiropor e a Socarpor. Além 62 postos de trabalho, estavam em causa o intuito patronal de desregulação e precarização de todo o trabalho portuário ali realizado.
  • Acções da Interjovem pelo trabalho com direitos, denunciando a grave situação de desemprego entre os jovens trabalhadores. A taxa de desemprego nacional é de 12,4% e é de 17,3% nos jovens até aos 35 anos. Famalicão (16/Jan); Porto, com os trabalhadores do Centro Comercial Vivace (20/Jan); Setúbal (10/Jan), Lisboa (25/Jan)
  • Acção de protesto contra o aumento das taxas moderadoras na Saúde, em Beja. (14/Jan)
  • CGTP-IN abandona reunião da Concertação Social, e alerta para a gravidade das medidas ali cozinhadas pelo Governo, pela UGT e pelos patrões (16/Jan)
  • Desfile da Rua do Carmo para a AR, de activistas sindicais com o objectivo de entregar os pareceres contra a proposta de trabalho gratuito (proposta de lei n.º 36/XII que “estabelece o aumento excepcional e temporário dos períodos normais de trabalho sem acréscimo de retribuição”) (18/Jan)
  • Marcha de trabalhadores no Vale do Ave, contra o aumento do Horário de Trabalho e o roubo dos direitos contratuais pelo Governo, com concentração e saída de Nespereira até à cidade de Guimarães. (21/Jan)
  • Em plenário diante da administração da Amarsul, na Moita, os trabalhadores aprovaram por unanimidade uma resolução onde se afirma que «outra política é possível e necessária» e se diz «não à exploração, às desigualdades e ao empobrecimento». (24/Jan)
  • Concentração desde o início da tarde junto aos portões que dão acesso ao edifício da TAP, localizado na zona no Aeroporto de Lisboa para protestar contra os cortes salariais e a suspensão dos subsídios de férias e de Natal (27/Jan).
  • Vigilia/Concentração dos trabalhadores da Cerâmica Valadares, em Gaia, que decidiram, em plenário, parar a laboração da fábrica até receberem os salários em atraso e concentraram-se em frente aos portões da empresa. (30/Jan- 13/Fev). No dia 2 de Fevereiro os trabalhadores desfilaram pelas ruas de Vila Nova de Gaia, em luta pelo pagamento dos salários de Dezembro e Janeiro. Em 13 de Fevereiro, os trabalhadores, em Plenário, decidiram retomar a laboração, depois de ter sido feito um acordo com a administração e assinado um compromisso de que o pagamento do mês de Janeiro será feito até ao dia 20, e que o mês de Fevereiro será pago a tempo e horas.
FEVEREIRO 2012
  • Dia de greves no sector dos Transportes (2/Jan), incluindo Transtejo e Soflusa, Carris, CP, CP-CARGA E REFER, STCP PORTO. Pela defesa do serviço público de qualidade ao serviço do País e dos cidadãos; Contra a redução de carreiras e serviços; Contra as privatizações da concessão das empresas públicas do sector; Pela negociação colectiva e aumento do poder de compra; Pela defesa e cumprimento dos Acordos de Empresa; Contra os despedimentos e aumento da precariedade no trabalho; Contra qualquer tentativa de imposição do aumento dos horários de trabalho; Contra a repressão nas empresas.
  • Manifestação dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, pelas ruas da cidade, aberta a trabalhadores, antigos funcionários, familiares e população que culminou num plenário na Praça da República, em defesa da manutenção da empresa e dos postos de trabalho. (3/Fev)
  • Concentração dos trabalhadores da JADO-IBERIA, em Braga, seguida de deslocação até à Segurança Social, em solidariedade com a luta dos trabalhadores vitimas do lay-off e em protesto contra o “acordo social”. (3/Fev)
  • Contra alterações unilaterais aos contratos de trabalho, cerca de 90 trabalhadores da empresa portuguesa ProCME, subcontratada da distribuidora eléctrica francesa ERDF e a de gás natural GRDF, estavam, dia 9, concentrados há dez dias, em protesto, diante dos escritórios da empresa, em Ramonville-Saint-Agne, nos subúrbios de Toulouse. Provenientes de Marselha, Nice e Montepellier, mantinham uma greve contra a eliminação do direito a viagens pagas a Portugal, de cinco em cinco semanas, e o pagamento do alojamento em França.
  • Grande Manifestação Nacional, em Lisboa contra o medo e resignação. Mais de 300 mil pessoas responderam ao apelo da CGTP-IN e fizeram, no Terreiro do Paço, a maior manifestação desde há mais de 30 anos. (11/Fev)
  • Greve dos trabalhadores da FDO, pelo pagamento dos salários em dívida (Novembro, Dezembro e Janeiro) bem como do subsídio de Natal de 2011. (13/Fev)
  • Centenas de sargentos, praças e militares no activo e aposentados protestaram, dia 16, em várias cidades, «contra o desmantelamento das Forças Armadas». Na residência oficial do primeiro-ministro entregaram as suas reivindicações.
  • A Onopackaging Portugal foi condenada a reintegrar um dirigente sindical e dois trabalhadores que sofreram um despedimento colectivo, num acórdão do Tribunal da Relação de Évora. Em Almada, o Tribunal de Trabalho sentenciou a SN Seixal a reintegrar um trabalhador com vínculo precário que desempenhava funções de trabalho permanente.
  • Acções de protesto e denúncia dos trabalhadores das Cantinas e Refeitórios, pela atitude da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) em querer retirar direitos aos trabalhadores: no Refeitório da TAP (22/Fev); no Refeitório da SIC (23/Fev)
  • Greve dos trabalhadores da Mirandela – Artes Gráficas, SA, que na falta de resposta da empresa decidiram em reunião de trabalhadores, entrar em greve pelo pagamento dos salários em atraso a todos os trabalhadores. A situação do não pagamento atempado dos salários e de outras prestações pecuniárias já se arrasta há alguns anos na empresa, os trabalhadores já não recebem os subsídios de férias e de Natal há 4 anos. (22/Fev)
  • Concentração dos trabalhadores do sector público, diante da delegação da Comissão Europeia, em Lisboa, contra as políticas das, no âmbito de uma jornada de luta europeia, promovida pela União Internacional de Sindicatos de Serviços Públicos e Similares, da Federação Sindical Mundial. (23/Fev)
  • Vigília dos trabalhadores da Frente Comum, frente à residência Oficial do Primeiro Ministro, pelo emprego com direitos, por horários de trabalhos justos e contra a destruição das carreiras (28/Fev)
  • Dia Nacional de Acção e Luta, contra a austeridade, a exploração e a pobreza; pelo emprego, salários, direitos e serviços públicos, enquadrado na jornada de luta europeia, promovida pela CES – Confederação Europeia de Sindicatos, a que a CGTP-IN se associou (29/Fev)
  • Uma greve de duas horas dos trabalhadores portuários das ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Flores e Corvo, para reclamarem as mesmas condições de trabalho praticadas nas restantes ilhas do arquipélago pela empresa Portos dos Açores (29/FEv-2/Mar).
MARÇO 2012
  • Cerca de dois mil profissionais da GNR, de todo o País, repudiaram o novo regime remuneratório e a extinção do seu subsistema de saúde, num «Passeio contra as injustiças», em Lisboa. (1/Mar)
  • No Vale do Côa, os trabalhadores do Parque Arqueológico e do Côa Museu protestaram contra o fim do seu vínculo público, conquistado com a sua luta e que ficou contemplado no diploma de criação da Fundação Côa Parque. (1/Mar)
  • Plenário Nacional de Dirigentes, Delegados e Activistas Sindicais da Administração Pública, na Casa do Alentejo, com posterior deslocação para o Ministério das Finanças. (2/Mar)
  • Centenas de professores participaram numa vigília da Fenprof, de «24 horas contra a precariedade e o desemprego». Nos últimos seis anos aposentaram-se mais de 23 mil professores mas só entraram nos quadros 396. Ao mesmo tempo tem vindo a acentuar-se a instabilidade, havendo escolas em que mais de metade dos professores têm vínculos precários «há 10, 20 ou mais anos». (2-3/Mar)
  • Concentração de activistas sindicais da empresa Horários do Funchal, em frente à Secretaria Regional dos Transportes, onde entregaram um abaixo assinado de trabalhadores e utentes contra a privatização. (3/Mar)
  • Manifestação dos trabalhadores da EMEF, em Lisboa. (7/Mar)
  • Concentração nacional de dirigentes, delegados e activistas dos sectores das cantinas, refeitórios, restaurantes e pousadas, junto às sedes das associações patronais para exigir a revisão dos CCT´s e o aumento dos salários (14/Mar)
  • GREVE GERAL contra o pacote de exploração e empobrecimento, Por uma Mudança de Política, Emprego, Salários, Direitos, Serviços Públicos (22/Mar)
  • Concentração contra o “pacote da exploração e empobrecimento”, em Lisboa (Largo do Camões), seguida de desfile para a Assembleia da República, onde a proposta de Lei do governo para a alteração do Código do Trabalho era debatida na generalidade. (28/Mar)
  • Greve na Transtejo, prosseguindo a sua luta contra a alteração das escalas de serviço, contra a redução de carreiras e pela discussão e negociação do seu AE (28/Mar)
  • Manifestação no Dia Nacional da Juventude, em Lisboa, com o lema “Queremos Trabalho! Exigimos Direitos! Esta País também é para Jovens”, para protestar contra o desemprego e a precariedade; pela exigência de políticas que garantam os direitos e respondam aos problemas dos jovens trabalhadores. (31/Mar)
ABRIL 2012
  • Greves parciais dos trabalhadores da NAV Portugal, pela defesa da empresa e dos postos de trabalho (13/Abr).
  • Concentração de dirigentes e delegados sindicais, no Largo do Intendente, onde funciona o gabinete do presidente da CM de Lisboa, pela continuação dos refeitórios municipais sob a alçada do município. O STML – Sindicato do trabalhadores do Município de Lisboa – entregou um abaixo-assinado contra a «privatização camuflada» daquela área e contra a política de desresponsabilização social do actual executivo. (13/Abr)
  • Greve de 24 horas, por aumentos de salários, respeitando a dignidade e os direitos dos trabalhadores, na fábrica de travões Robert Bosch, em Alferrarede, Abrantes. (13/Abr)
  • Acções nos centros de emprego de Setúbal e do Seixal e em postos de apresentação quinzenal, no Barreiro e no Vale da Amoreira, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (13/Abr)
  • Manifestação Nacional em Defesa do Serviço Nacional de Saúde (organizada pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos), em Lisboa, Porto e Braga (14/Abr)
  • Greve e manifestação nacional dos guardas-florestais, em Lisboa, com concentração no Largo do Carmo, seguida de desfile até ao Terreiro do Paço, para defronte da secretaria de Estado da Administração Interna e, em seguida, junto ao Ministério das Finanças. (18/Abr)
  • Concentração de Dirigentes, Delegados e Activistas Sindicais, na cidade da Covilhã – Pela Negociação Colectiva, Contra o Roubo de Direitos, por Melhores Salários. (18/Abr)
  • Plenário Nacional de Trabalhadores não docentes das escolas da rede pública, em Lisboa donde partiu um desfile até ao Ministério da Educação e Ciência (20/Abr)
  • Desfiles celebrando os valores e conquistas da Revolução dos Cravos (25/Abril) que constituíram simultaneamente um acto de resistência às políticas de austeridade e à ingerência da Troika.
Maio 2012
  • Grande jornada de celebração e luta no 1º de Maio.
  • Luta dos trabalhadores da Cel-Cat, em Morelena (Sintra), pelo direito a um salário digno, pela defesa da contratação colectiva e pela valorização do trabalho (21/5-1/6).
  • Protesto de agricultores contra o «programa de desastre nacional», acordado entre as troikas e o Governo, e por melhores políticas agrícolas.defesa da produção nacional, a melhoria dos preços e o combate à especulação (4/5)
  • Greve na EDA (Electricidade dos Açores) ao trabalho suplementar e às deslocações.
  • Greve no sector dos transportes contra o roubo dos salários e dos subsídios de férias e de Natal, é pela manutenção dos postos de trabalho(17 e 22/5)
  • Vigília dos trabalhadores da Ensul Meci frente às instalações da sede da construtora, no Monte de Caparica, reclamando o pagamento de remunerações em atraso (17-24/5)
  • Greve dos trabalhadores da Artlabel (ex-Califa), em São João da Madeira para exigirem o pagamento dos salários. (25/5)
  • Greve na Portucel em defesa do Acordo de Empresa (25-29/5)
Junho 2012
  • Concentração, em Cacilhas, de pescadores, que exigem um novo local para colocarem as suas embarcações (1/6)
  • Protesto do Barreiro e do Funchal, na banca e na limpeza, «contra a exploração e o empobrecimento, pela mudança de política» (2/6)
  • Concentração pela manutenção do Instituto de Oftalmologia Gama Pinto, que o Governo quer encerrar. (6/6)
  • Protesto dos trabalhadores da administração local, no Porto e Lisboa, contra a exploração e o empobrecimento. (8 e 16/6)
  • «Concentrações de desagrado» dos sargentos e praças num «requiem pela condição militar, pelas promoções, contra o corte nos subsídios». (5 e 20/6)
  • Greves parciais dias 11, 12, 18 e 19, dos trabalhadores dos centros de atendimento da EDP, subcontratados à Tempo-Team, em Odivelas e Lisboa, e à Reditus, em Seia (11,12,18,19/6)
  • Greves no sector dos transportes, Soflusa e Transtejo (14 e 18/6), na CP e CP Carga, na EMEF e na STCP, contra o novo código de trabalho.
  • Greves parciais dos trabalhadores da limpeza urbana da Câmara Municipal de Lisboa (11 e 17/6)
  • Vigília dos enfermeiros do Centro de Reabilitação da Região Centro contra a precariedade, os baixos salários e a violação dos seus direitos decorrente do regime de subcontratação em que se encontram há três anos merece (21-22/6)
  • Manifestação nacional de trabalhadores da Função Pública como forma de protesto contra o roubo dos subsídios de férias e de Natal.(22/6)
  • Protesto dos trabalhadores das cantinas, refeitórios e fábricas de refeições, em Lisboa, contra o boicote patronal à contratação colectiva e para reivindicar a retoma das negociações. (28/6)
  • Concentração dos trabalhadores da Fiequimetal e o SITE-Norte contra o bloqueio à contratação colectiva e os baixos salários impostos pela associação patronal, de cuja a Herdmar é membro dirigente. (28/6)
  • Manifestação dos trabalhadores do sector das cantinas, refeitórios e fábricas de refeições de todo o País, em defesa do Contrato Colectivo de Trabalho, por melhores salários e condições de trabalho e contra a precariedade, os horários de trabalho escravizantes e as alterações ao Código do Trabalho (28/6)
  • Acção de protesto, na Covilhã, face ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, quando se preparava para sair do Parque de Ciência e Tecnologia (28/6)
Julho 2012
  • Concentração de trabalhadores da Grandupla, na Marinha Grande, em protesto contra o despedimento colectivo de que foram alvo, quando não foram cumpridos os prazos estipulados por lei. (2/7)
  • Protesto dos trabalhadores da ESABE, empresa que efectua limpeza nos comboios e bilheteiras da CP, em Lisboa, pelo pagamento dos salários como está na Lei e no seu Contrato Colectivo de Trabalho, ou seja no último dia de cada mês, e de todos os salários em atraso. Os trabalhadores estiveram ainda em luta contra a alteração unilateral do plano de férias. (3/7)
  • Protesto dos bolseiros de investigação científica frente ao Ministério da Educação e Ciência, em Lisboa, para reclamar o reconhecimento como trabalhadores, e o fim dos atrasos nos pagamentos que lhes tornam a vida precária.(5/7)
  • Protesto nacional de professores e educadores (12/7)
  • Greve dos médicos contra o concurso público lançado pelo Ministério da Saúde, para contratação de dois milhões e meio de horas de trabalho médico através de empresas de trabalho temporário e ao mais baixo preço por hora.(11-12/7)
  • Manifestação dos trabalhadores das creches e dos equipamentos pré-escolares da Segurança Social, contra a transferência de 24 equipamentos para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) (13/7)
  • Protesto dos trabalhadores da Saint Gobain Sekurit Portugal, de Santa Iria da Azóia, em defesa e manutenção do emprego com direitos, da produção nacional, do aumento dos salários e da contratação colectiva. (13/7)
  • Concentração de trabalhadores do call-center da Optimus, frente à sede da Sonaecom, no Parque das Nações, chamando a atenção para as graves consequências da política de subcontratação da marca de telecomunicações de Belmiro e Paulo Azevedo. (19/7)
  • Protesto dos enfermeiros, através de «hospital do protesto», a fim de denunciarem publicamente a política do Ministério da Saúde e reafirmarem que: necessidades permanentes devem corresponder a vínculos laborais permanentes. O ministro da Saúde e o Governo propõe-se pagar aos enfermeiros subcontratados 3,96 euros à hora. (20/7)
  • Greve dos enfermeiros com contrato individual de trabalho do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes contra o não pagamento dos turnos e do trabalho extraordinário. (24-26/7)
  • Concentrações de professores contra a extinção deliberada de postos de trabalho. (-27/7)
  • Greve a todo o trabalho suplementar na Somincor, em resposta à intenção da administração de aplicar as alterações do Código do Trabalho.
  • Greve na Carristur, pela uniformização das relações contratuais e das condições salariais, pelo cumprimento integral do contrato colectivo, pela negociação de um acordo de empresa, por melhores salários, contra o roubo dos subsídios de férias e de Natal e contra a redução a metade do valor do trabalho suplementar (20/7)
  • Protesto e greve dos carteiros de Leiria contra a alteração dos horários de trabalho e consequente perda de salário e qualidade do serviço postal. (25/7-10/8)
Agosto 2012
  • Greve na seguradora Cares contra a deslocalização de serviços para o call-center em Évora, entregue à Reditus, parte de uma estratégia de «emagrecimento à força», que visa preparar a privatização daquela empresa do Grupo Caixa Seguros e Saúde. (3 e 6/8)
  • Greve nas cimenteiras Secil e CMP, que fazem parte do Grupo Semapa, a partir das zero horas de sábado, dia 4, contra o novo código de trabalho e suas normas de retribuição do trabalho suplementar. (4/8)
  • Na fábrica de semicondutores CSP, em Almada e na Visteon, greve ao trabalho suplementar depois de o patrão anunciar que iria reduzir o pagamento do trabalho suplementar em 50 por cento e eliminar o respectivo descanso compensatório. (4/8)
  • Greve dos mineiros da Panasqueira e de Neves-Corvo contra a aplicação do novo código de Trabalho (4/8)
  • Greve de 24 horas na Luís Simões, a maior empresa nacional de transporte de mercadorias e a maior da Península Ibérica na área da logística, porque a administração pretende reduzir as remunerações dos motoristas. (6/8)
  • Greve dos trabalhadores portuários e marítimos contra a modificação do regime jurídico do trabalho portuário (14/8)
  • Greves nos transportes a todo o tipo de trabalho suplementar, na CP, CP Carga, na Refer, no Metropolitano de Lisboa, na Carris e STCP no primeiro feriado sob o novo Código do Trabalho, que eliminou o descanso compensatório remunerado e reduziu para metade a retribuição por trabalho suplementar.(15/8)
Setembro 2012
  • Vigílias dos trabalhadores da RTP, junto à residência oficial do primeiro-ministro e na delegação da empresa no Porto, contra a privatização da RTP .(17/9)
  • Milhares de pessoas manifestaram-se frente ao Palácio de Belém, enquanto ali decorria a reunião do Conselho de Estado. (21/9)
  • Greves dos pilotos de barra e pessoal do controlo marítimo, nos dias 17, 18 e 25; dos estivadores, a 19 e 20; dos trabalhadores das administrações portuárias, nos dias 21 e 24, contra a alteração do regime laboral do sector marítimo-portuário, que traria de volta a praça de jorna.
  • Greve na Rodoviária do Alentejo e na Trevo (Transportes Rodoviários de Évora) (19/9).
  • Greve parcial no Metropolitano de Lisboa (27/9)
  • No Hospital de S. Teotónio, os trabalhadores da SUCH que manuseiam os resíduos decidiram parar o trabalho, exigindo da empresa fardamento, luvas, calçado e todo o tipo de equipamento de segurança adequado ao serviço que executam (26/9)
  • Milhares de pessoas manifestam-se no Terreiro do Paço, em Lisboa (29/9)
Outubro 2012
  • Pessoal da limpeza urbana de Lisboa manifestou-se até ao Largo do Intendente, em protesto contra a degradação das condições de segurança e saúde no trabalho, a falta de material básico e a falta ou desadequação de equipamentos de protecção individual. (1/10)
  • Marcha dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo contra a privatização da empresa (1/10)
  • Grebe na Number One, que assegura a limpeza industrial no Hospital do Barreiro, contra constantes atrasos no pagamento de salários, pelo pagamento de horas descontadas indevidamente e pelo cumprimento do contrato colectivo do sector e do acordo laboral específico do local de trabalho (1/10)
  • Lutas e greves no sector dos transportes, incluindo Transtejo e Soflusa, Scotturb, Rodoviária de Lisboa, STCP e na EMEF, Rodoviária do Alentejo, e Metropolitano de Lisboa, em defesa da contratação colectiva, dos Acordo de Empresa e a salvaguarda do serviço público de qualidade e acessível a todos.
  • Greve ao trabalho extraordinário dos trabalhadores da indústria e energia, nos casos em que o patronato, a pretexto das alterações ao Código do Trabalho, tentou reduzir a sua remuneração: Sakthi, Groz-Beckert, Tegop, MBO Binder, Camo, Petrogal, Europac Embalagens, Continental Mabor, Funfrap, Renault Cacia, Grohe, BTW (Minas da Panasqueira), Somincor (Minas de Neves-Corvo), Multifllow, Fapajal, Copan, Portucel, AdP, Fima, INCM, EPAL, Iglo Olá, Lisnave, Alstom, Portucel, REN Gasodutos, Parmalat, Visteon, Delphi (Seixal), CSP, MFS, Exide (Tudor), EDP Distribuição, EDP Produção (Central de Sines).
  • Milhares de trabalhadores, por todo o país participam na «Marcha Contra o Desemprego, por um Portugal com Futuro», contra a política de direita e o pacto de agressão, determinados a prosseguir a luta para travar o passo ao Governo e impor uma alternativa ao rumo das troikas.
  • Vigília e Tribuna Pública na Moveaveiro, em Aveiro, (16/10). Os trabalhadores da empresa municipal de transportes condenam a entrega à Transdev, gratuita e sem concurso público, dos circuitos mais lucrativos enquanto a Moveaveiro ficará com as actividades mais deficitárias, em preparação da sua privatização.
  • Greve nas refinarias de Matosinhos e de Sines da Petrogal, em defesa de direitos acordados, contra o aumento da exploração do trabalho.(17-19/10)
  • Greve dos jornalistas e demais trabalhadores da LUSA para exigir que o Governo mantenha o valor do contrato-programa. (18-21/20)
  • Protesto nacional dos GNR vindos de todo o País, em Lisboa, reclamando a restituição dos subsídios, o cumprimento das tabelas remuneratórias, a concretização das promoções em atraso e «um horário de trabalho digno e humano», defendendo que «Segurança pública exige profissionais motivados» e «melhores instalações, mais equipamento», exigindo o direito ao sindicato naquela força de segurança. (24/10)
  • Greve dos trabalhadores da Rodoviária do Tejo e da Ribatejana (entre outas na órbita da Barraqueiro Transportes) (26 e 29/11) e paralisações (30/10 -2/11)
  • Greve dos trabalhadores da Scotturb (2 e 31/10). A 31 a empresa chamou a GNr e a força policial foi usada contra o piquete de greve, chegando a ocorrer actos de agressão.
  • Manifestação de trabalhadores frente à Assembleia da República de oposição à política de «austeridade» e ao Governo. aquando do início da discussão do Orçamento do Estado. (31/10)
Novembro 2012
  • Greve na Caixa Geral de Depósitos, com adesão de 80%, contra o roubo nos salários e pensões e a privatização da CGD, anunciada pelo Governo (2/11)
  • Cinco mil polícias vindos de todo o País, convocados pela ASPP/PSP, manifestaram-se frente à Assembleia da República, apelidando o Governo de «gatunos» e insistindo na exigência de fazer conjugar os seus direitos e a missão da instituição com os valores da revolução de Abril (6/11)
  • «Concentração da família militar», na Praça do Município em Lisboa (10/11).
  • Protestos «Contra Merkel, a exploração e a colonização» assinalando a passagem da primeiro-ministro Alemã por Lisboa (12/11)
  • Uma das maiores Greves Gerais até hoje realizadas, de rejeição do pacto de agressão das troikas, de clara afirmação que é necessário acabar com este Governo, com dezenas de manifestações e piquetes de greve por todo o país e nos mais diversos sectores. (14/11)
  • Manifestação junto à Assembleia da República, no dia da discussão e votação do Orçamento do Estado para 2013 (27/11)
Dezembro 2012
  • Greve na EDP para exigirem que a empresa recue na drástica redução do pagamento do trabalho suplementar e em dias feriados. (1/12).
  • Protesto de dezenas de pessoas junto à Pousada de Palmela, onde ministro Miguel Relvas almoçar, em oposição à extinção de freguesias, a exigência de salários, emprego, direitos e serviços públicos, a reclamação de medidas concretas para fazer face aos prejuízos nas vinhas do distrito.
  • Greves na CP, na CP Carga, na Refer e na EMEF, na Scotturb, na Soflusa, na Rodoviária do Tejo, Transtejo, Metropolitano de Lisboa, contra o embaratecimento do trabalho e em defesa dos direitos. As administrações insistem em não respeitar a contratação colectiva, preferindo remunerar o trabalho suplementar pelas regras que as troikas incluíram na legislação laboral, com alterações vigentes desde 1 de Agosto, mesmo depois de a ACT já ter esclarecido que a lei apenas delimita os valores mínimos.
  • Greve aos feriados dos trabalhadores da BA Vidro, na Marinha Grande (1 e 8/12).
  • Greve, seguida de paralisações parciais, dos operários da fábrica de Évora da Kemet Electronics, contra o anunciado despedimento colectivo e deslocalização da empresa (13/12-)
  • Greve dos trabalhadores da Fehst Componentes, em Braga, contra o despedimento colectivo de 40 camaradas, e contra mais despedimentos previstos pela administração (13/12)
  • Milhares de pessoas concentraram-se frente ao Palácio de Belém pedindo ao Presidente da República que não promulgue o Orçamento de Estado. O PR não recebeu a delegação da CGTP que havia pedido audiência há mais de um mês (15/12).
  • Luta dos trabalhadores da TAP contra a privatização da empresa, com plenário e na marcha (dia 18/12), na vigília à porta do Conselho de Ministros (19/12) e inúmeras outras iniciativas. A CGTP-IN salientou que «com a privatização da TAP, tal como da ANA, está em causa o futuro de praticamente todo o sector do transporte aéreo nacional, representando mais de 20 mil postos de trabalho, mais de dois mil milhões de euros anuais, em exportações, e directamente mais de três por cento do PIB». Em resultado da luta, o governo recuou – por agora – nas privatizações.
  • A FENPROF assinalou que tinham sido atingidas as 100 condenações em tribunal, porque recusa pagar aos professores a compensação por caducidade dos contratos. (19/12)
  • Tribuna pública em frente à Segurança Social em Braga, para exigir que sejam recuperados os atrasos verificados na atribuição do Fundo de Garantia Salarial (19/12).
  • Dezenas dos 93 trabalhadores, do Bingo do Salgueiros, no Porto, despedidos em 20 de Outubro concentraram-se desmascarando as afirmações do Presidente aos trabalhadores que estavam despedidos por falta de dinheiro, quando a sala «facturou, só em 2011, mais de 12 milhões de euros» (19/12)
  • Tribuna de protesto «contra o Natal das desigualdades e injustiças sociais» em Lisboa, denunciando publicamente a grave situação em que vivem milhares de pensionistas e aposentados e apontando responsabilidades à política de direita (20/12).
  • Milhares de pessoas, vindas de Norte a Sul do País, manifestaram-se em Lisboa, frente ao Palácio de Belém, para protestar contra o Projecto de Lei da Reorganização Administrativa do Território e a extinção de um número significativo de Juntas de Freguesias (22/12)
  • Greve dos trabalhadores da Hotelaria na Madeira pela falta de pagamento dos subsídios de Natal e da retribuição correspondente ao trabalho prestado em dias feriados (25/12 e 1/1)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Lembrar GAZA

 
 
À semelhança do que tem sido feito desde 2009, cidadãos e organizações solidários com a luta do Povo da Palestina em geral e da Faixa de Gaza em particular promovem uma concentração no Largo de São Domingos junto ao Rossio, em Lisboa, no dia 27 de Dezembro, pelas 18h30, para lembrar o Massacre de Gaza que teve início no dia 27 de Dezembro de 2008 e se prolongou até meados de Janeiro de 2009, o bloqueio desumano e ilegal imposto posteriormente à Faixa de Gaza e que continua em vigor, bem como os recentes ataques de Israel à Faixa de Gaza, que semearam a morte e a destruição numa zona já tão castigada, a maior prisão a céu aberto do mundo. Recordamos também que continuam a ser demolidas casas de palestinianos e arrancadas as suas culturas para a construção desenfreada de mais colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém-Leste que visam impedir a criação de um Estado Palestiniano.
Apelamos à participação de tod@s nesta concentração simbólica.

Segurança Social - Plano Maquiavélico

O texto seguinte foi-nos enviado, pela importância e implicações que tem sobre a vida dos cidadãos, passamos a divulgá-lo .
 
"DESCOBERTA A SINISTRA INTENÇÃO DA União Europeia.
É para isto que são eleitos e principescamente pagos os deputados europeus, enquanto os povos europeus passam fome e miséria? É para isto a UE?
À SOCAPA E COM UM PROGRAMA OCULTO, QUEREM PRIVATIZAR A SEGURANÇA SOCIAL, ALÉM DE SERVIÇOS PÚBLICOS.

 
Quem disse que é bom ter um português como presidente da Comissão Europeia, se neste caso ele se manteve em silêncio como cúmplice desta sinistra intenção? Se não fosse o presidente Hollande, em França, continuaríamos na total ignorância por falta de divulgação na imprensa desta tramoia, que continuaria escondida numa gaveta dos governos ultraliberais da Europa ao serviço do Bilderberg's Group.
Esta directiva existe desde dezembro de 2011, já depois de o governo de Passos Coelho estar em funções. Alguém ouviu ou leu algo a seu respeito na imprensa portuguesa? Pois... pois … liberdade de informação/comunicação?
A proposta de Diretiva da União Europeia relativa aos contratos públicos, em apreciação no Parlamento Europeu, é um novo exemplo do processo em curso de destruição do chamado “modelo social europeu” e de regressão social e democrática do espaço europeu. Convertendo a União Europeia num espaço económico e político inteiramente comandado pelos mercados financeiros e por um ultraliberalismo suicidário. É também uma boa ilustração de como o diabo está nos detalhes.
A intenção de liberalizar e privatizar a segurança social pública é remetida para um anexo (o Anexo XVI) dessa proposta de diretiva, mencionado singelamente como dizendo respeito aos serviços “referidos no artigo 74º”, sendo aí listados os serviços públicos que passariam a ser sujeitos às regras da concorrência e dos mercados:
- Serviços de saúde e serviços sociais
- Serviços administrativos nas áreas da educação, da saúde e da cultura
- Serviços relacionados com a segurança social obrigatória
- Serviços relacionados com as prestações sociais
Entre estes, avulta a intenção expressa de privatizar a segurança social pública, a par dos serviços de saúde e outros serviços sociais assegurados pelo Estado. Um alvo apetecido do capital financeiro em Portugal e no espaço europeu, que há muito sonha com a possibilidade de deitar a mão aos fundos da segurança social e às contribuições dos trabalhadores, sujeitando-os inteiramente às regras da economia de casino.
E como o fazem? À socapa, para ver se escapa à atenção e vigilância públicas. Um mero anexo, que remete para um mero artigo, nesta proposta de diretiva em discussão.
Só que o artigo em causa (o 74º) diz que “os contratos para serviços sociais e outros serviços específicos enumerados no anexo XVI são adjudicados em conformidade com o presente capítulo”. Neste, relativo aos regimes específicos de contratação pública para serviços sociais, estabelece (artigo 75º) a regra do concurso para a celebração de um contrato público relativo à prestação destes serviços. E logo de seguida, enumerando os princípios de adjudicação destes contratos (artigo 76º), é estabelecida a regra de que os Estados-membros “devem instituir procedimentos adequados para a adjudicação dos contratos abrangidos pelo presente capítulo, assegurando o pleno respeito dos princípios da transparência e da igualdade de tratamento dos operadores económicos…”
Uma perfeição. De um golpe, escondido num anexo e numa diretiva que daqui a uns tempos chegaria a Portugal, ficaria escancarada a porta para a privatização da segurança social pública e para a tornar inteiramente refém dos mercados financeiros. Que são gente de toda a confiança e acima de qualquer suspeita. Como esta crise tem comprovado. Ou não andamos nós há muito a apertar o cinto (e a caminho de ficar sem cintura) para merecermos o respeito e a confiança, dos mercados financeiros, nas doutas palavras de Coelho & Gaspar, acolitados pelos representantes no Governo português dos interesses da Goldman Sachs, António Borges e Carlos Moedas? E, como também nos têm explicado, o que é bom para a Goldman Sachs e mercados financeiros, é bom para Portugal e para os portugueses.
Este golpe surge, como não podia deixar de ser, sob o alto patrocínio desse supremo exemplo de carreirismo e cobardia política chamado Durão Barroso que, além de se ter pisgado do governo português com a casa a arder, tem no seu glorioso currículo o papel de mordomo das Lajes na guerra do Iraque e, agora em Bruxelas a fazer de notário dos poderosos, faz jus ao seu nome sendo durão ultraliberal com os fracos e sempre servente dos mais fortes. Como é bom ter um português em Bruxelas!
Claro que isto anda tudo ligado. Esta proposta de diretiva tem relação com os golpes sucessivos infligidos à segurança social pública em Portugal, com a operação para já frustrada em torno da TSU, com os insistentes cortes de direitos sociais, com os recorrentes argumentos do plafonamento e da entrega de uma parte das pensões ao sistema financeiro. Afinal, a lógica ultraliberal de que o melhor dos mundos será quando, da água à saúde, da educação à segurança social, tudo e toda a nossa vida estiver controlada pela lógica dos mercados e do lucro. Ou seja, pela lei do mais forte. Que é também coveira da democracia. E o Estado contemporâneo abdicar, como tarefa central, da sua função redistributiva e de redução da desigualdade social e regressar à vocação residualmente assistencialista do Estado liberal do século XIX.
Como refere o deputado socialista belga no PE, Marc Tarabella, “privatizar a segurança social é destruir os mecanismos de solidariedade coletiva nos nossos países. É também deixar campo livre às lógicas de capitalização em vez da solidariedade entre gerações, entre cidadãos sãos e cidadãos doentes…”, lembrando os antecedentes da sinistra proposta designada com o nome do seu autor por diretiva Bolkestein (Bilderberg's member), e exigindo a eliminação da segurança social desta proposta de diretiva.
É preciso defender a Segurança Social (e a Saúde e a Educação públicas) como uma prerrogativa do Estado e um setor não sujeito às regras dos Tratados relativas ao mercado interno e da concorrência.
Para não termos um dia destes os nossos governantes e os seus comentadores de serviço, com a falsa candura de quem nos toma por parvos, a explicarem que vão entregar a segurança social pública aos bancos e companhias de seguros porque se limitam a cumprir uma decisão incontornável da União Europeia, como já estão a fazer na saúde e na educação. Decisão pela qual, evidentemente, diriam não ser responsáveis. Como é próprio dos caniches dos credores. E acrescentando sempre, dogma da sua fé neoliberal, que nada melhor do que a concorrência e a privatização para baixar os custos e proteger os “consumidores”, aquilo em que querem converter os cidadãos. Como se vê nos combustíveis, nas comunicações ou na eletricidade. Tudo “boa gente”!
É preciso levantar a voz e a resistência social e política à escala europeia contra este projeto, antes que seja tarde de mais. Em defesa da Segurança Social pública e do Estado Social, garantes de democracia e de menos desigualdade social."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Perante o silêncio dos média internacionais, Aconteceu na ISLÂNDIA


MUITO TRISTE, MAS É BOM SABER!


Enviaram-nos este texto que faz uma importante denuncia, não temos presente o autor, mas a sua acutilância é ajustadíssima...

Em Inglaterra, a cadeia de supermercados Waitrose, oferece uma moeda (uma chapa) a cada cliente que faz compras acima dum determinado valor.

O cliente, à saída, tem, normalmente, três caixas, cada uma em nome duma instituição social sediada no município, para receber as referidas moedas, de acordo com a opção do cliente.

Periodicamente, são contadas as moedas de cada caixa e a empresa entrega em dinheiro, à respectiva instituição, o valor correspondente, donativo esse que, diminui os seus lucros mas, também, tem o devido tratamento em termos de fiscalidade.

Em Portugal, as campanhas de solidariedade custam ao doador uma parte para a instituição, outra parte para o Estado e mais uma boa parte para a empresa que está a ?operacionalizar? (?!...) a acção. Um país de espertos... até na ajuda aos mais necessitados.

Mas nós ficamos quietos e calados...
Muito triste, muito triste, mas é bom saber...

Programa de luta contra a fome.
Nada é o que parece.
Vejamos:

Decorreu num destes fins de semana (final de maio 2012) mais uma acção, louvável, do programa da luta contra a fome mas....façam o vosso juízo! A recolha em hipermercados, segundo os telejornais, foi cerca de 2.644 toneladas! Ou seja 2.644.000 Kilos.

Se cada pessoa adquiriu no hipermercado 1 produto para doar e se esse produto custou, digamos, 0.50 ? (cinquenta cêntimos), repare que:
2.644.000 kg x 0,50 ? dá 1.322.000,00 ? (1 milhão, trezentos e vinte e dois mil euros), total pago nas caixas dos hipermercados.

Quanto ganharam???:
- o Estado: 304.000,00 ? (23% iva)
- o Hipermercado: 396.600,00 ? (margem de lucro de cerca de 30%).
Nunca tinha reparado, tal como eu, quem mais engorda com estas campanhas...
Devo dizer que não deixo de louvar a acção da recolha e o meu respeito pelos milhares de voluntários.

MAIS....
É triste, mas é importante saber...
- Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado eram 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000,00 ??
A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através dechamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 ? + IVA. São 0,738 no total.
O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50 ?.
Assim oferecemos 0,50 ? a quem carece mas cobram-nos 0,738 ?, mais 0,238 ? cerca ou + de 32%.
Quem ficou com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 ? (17%) isto é a diferença dos 50 para os 60.
2º - o Estado com 0,138 ? (23%) referente ao IVA sobre 0,60 ?.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.
A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado atingiu os 2.000.000,00 ?.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44%, ou seja, mais 880.000,00 ? divididos entre a PT (400.000,00 ? para a ajuda dos salários dos administradores) e o Estado (480.000,00 ? para auxílio do reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).
A PT cobra comissão de quase 20% num acto de solidariedade!!!

O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!
ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA, SOB A CAPA DA SOLIDARIEDADE. É BOM QUE O POVO SAIBA QUE ATÉ NA CONFIANÇA SOMOS ROUBADOS.
ISTO É UM TRISTE ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE DO POVO PORTUGUÊS!!!

Pelo menos. DENUNCIE!
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dia 15, Todos Contra o Orçamento do Terror !

 
A luta contra o orçamento continua presente na rua: No passado dia 8, foram largos milhares de manifestantes que estveram nas ruas do Porto. dia 15 nova manifestação realizar-se-á em Lisboa.
 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Nobel para a Europa em 2012, Hitler quase o tinha conseguido em 1938

A união europeia ao ter sido contemplada com o prémio nobel da paz não nos espanta nada ,depois das suas práticas recentes de propagadores da guerra, desde a Jugoslávia passando pelo Iraque -onde Durão Barroso assumiu o papel de mordomo da Guerra na cimeira das Lajes que contou com a presença de outrs figuras sinistras como Tony Blair e Aznar outros paladinos da "paz"- até ás recentes guerras da Líbia com particular empenho de algumas potências europeias e guerra que persiste no Afeganistão em que são secundarizam o império americano nesta  agressão contra um povo mártir .
 
Os Senhores da Guerra em cimeira dos Açores em 2003, que decidiu a guerra do Iraque e toda a mortandade daí resultante e a infelicidade deste povo
 
"A notícia é no mínimo impressionante Adolf Hitler esteve para ganhar o Prémio Nobel da Paz em 1938. Da paz? Sim. Pelo menos foi o que noticiou a edição de sábado do jornal espanhol "ABC", num artigo assinado pela sua correspondente em Estocolmo, Carmen Villar, citando uma rádio sueca.
Os contornos da história, ainda pouco claros e bastante confusos, relatam que a ideia da nomeação do Führer partiu da mente do deputado sueco E.G.C. Brandt.
O comité norueguês, por seu turno, terá aceite e ponderado tal ideia, mas a distinção acabaria por ser entregue ao Instituto Nansen, uma organização dedicada a investigações diversas.
Ainda segundo o "ABC", apesar de Hilter não ter recebido os votos suficientes, a sua nomeação desencadeou acesas discussões. Havia quem defendesse a ideia de que Hilter merecia o Nobel da Paz devido às "conversações sobre a paz na Europa que manteve com o britânico Chamberlain".
Acontece que todos os detalhes relacionados com este insólito caso estiveram, aparentemente, arquivados e fechados a sete chaves durante diversos anos, tendo, posteriormente, desaparecido da história dos prémios Nobel "como por arte e magia" depois do fim da 2.ª Guerra Mundial. "

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Contra o Terrorismo social

Passamos a divulgar o comunicado do Circulo revolucionário

Pelo derrube do Governo da Troika!
O governo PSD/CDS mandou aprovar no Parlamento o seu Orçamento do Estado para 2013, seguindo com lealdade as instruções recebidas da Troika FMI/BCE/UE. Agora espera a divulgação oficial por Cavaco Silva. Em conjunto com as outras, as medidas aprovadas agora são as mais brutais que alguma vez um governo burguês impôs ao nosso povo:
  • Violento aumento dos impostos;
  • Cortes dramáticos nos subsídios de desemprego, doença e nas pensões e reformas;
  • Medidas para aumentar o desemprego e a precariedade o que agrava a crise económica;
  • Aumento da exploração através do alargamento do horário do trabalho, da diminuição de férias e feriados, de horas extras mais baratas e da redução das indemnizações;
  • Ataques selvagens às organizações trabalhadoras, à contratação coletiva e aos direitos do trabalho, nomeadamente à greve;
  • Aumento generalizado dos preços dos bens essenciais, como alimentação, água, luz, gás, habitação, transportes, medicamentos etc.
Esse gangue de Passos/Portas tornou a nossa vida um inferno, ao mesmo tempo que tem entregue ao capital financeiro internacional, aos super-monopólios e especuladores cada cêntimo que mandou espremer a nós. Esta exploração descarada está a tomar dimensões que põem em questão a nossa sobrevivência.
Ao mesmo tempo, o governo PSD/CDS combate a nossa resistência nas empresas públicas, a luta dos estivadores, a greve geral, as grandes manifestações de rua contra esta selvajaria capitalista, com um aumento dramático de repressão.
Fascização do Aparelho do Estado
O ataque policial às piquetes durante a greve geral, a feroz agressão às pessoas em frente à Assembleia da República, a reorientação do aparelho de justiça com a redução dos direitos de defesa nos tribunais, a tentativa policial de decapitação e criminalização dos movimentos de resistência contra a Troika, a colaboração da liderança da RTP com a polícia, a violação de regras democráticas, um discurso político violento de ameaças contra as greves e lutas de rua, a instigação do espírito corporativo da polícia, declarações sobre a necessidade de terminar esta democracia por imperativos económicos, ou seja, o governo da Troika e a reação portuguesa têm procurado a transformar com pressa o seu sistema de controle democrático num regime de repressão aberta. Eles querem é impedir a nossa resistência contra o seu sistema de terrorismo social através do aparelho do Estado.
Resistência com Determinação
Os estivadores têm mostrado a sua força numa luta com determinação. São eles que servem de exemplo para os movimentos sindical e de resistência popular. É por isso que eles também se encontram no centro dos ataques políticos, mediáticos, da polícia, dos tribunais, até à mudança de legislação laboral sobre greves. O ataque contra eles terá consequências gravíssimas para a luta de t o d o s os trabalhadores pelo que é uma tarefa sindical importante construir uma ampla frente de solidariedade com esses camaradas em luta e contra as intenções repressivas do governo - pela defesa do direito à greve.
Contra este este regime “democraturial” do governo e da Troika não há outro caminho a não ser a nossa resistência organizada com determinação nas empresas através de sindicatos combativos, nos bairros com comités de luta contra despejos, cortes de luz, água, nas ruas com manifestações consequentes de luta.
ESTE ESTADO NÃO É O NOSSO – CONTRA O TERRORISMO SOCIAL !
DERRUBE DO GOVERNO PSD/CDS !
TROIKA – FORA DE PORTUGAL !
Círculo Revolucionário 8.12.2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O policia que assassinou o Kuku foi absolvido

 
O agente da PSP acusado da morte de um jovem de 14 anos em 2009, na Amadora, foi absolvido esta quarta-feira nos Juízos Criminais de Lisboa. Apesar de ter sido dado como provado que foi o seu disparo que provocou a morte do jovem, o tribunal decidiu, ainda assim, absolvê-lo, "dadas as circunstâncias em que tudo se passou".
 
A justiça funciona muito bem. Exactamente como é suposto ela funcionar. Exactamente como sempre tem funcionado.

Como uma forma de legitimar a opressão, as leis criadas pelos opressores para perpetuarem o seu poder.
 
Do ponto de vista Racial também tem funcionado perfeitamente. Legitimando a violência estrutural racista da qual a violência policial...

é uma parte, ou os desalojamentos e remoções de pessoas é outro.
Legitimando o uso da forca para manter nos no nosso lugar. O Não lugar.
Estou certo que se tivesse sido o filho daquela juíza haveria outro desfecho.
Para as peles negras de mascara brancas que acreditam e defendem este sistema com mais unhas e dentes eis mais um "alimento para o visão pensamento". Boker T Washigntons da nossa história. Tios Tomas.
 
Levantemos e lutemos. Hoje gostava de ver arder os crachás oferecidos por este sistema aos "lideres negros" que viajam mundo fora a puxar galões e a subir na escada do poder.
 
Tanto stribilim quando estão frente aos vossos mestres e hoje? Que é feita das vozes que se erguem para reclamar subsídios e lugares de poder?
 
Audre Lorde escreveu "the masters tolls will never dismantle the masters house". As ferramentas que o mestre nos dá numa servirão para desmontar a sua casa".
 
A justiça dos nossos mestres nunca será injusta para eles.
 
Porque ainda acreditamos nessas ferramentas! Serviram em Santa Filomena? Serviram aqui?
 
É aqui que entra em questão o que significa Black Power. Seria nao estarmos sujeitos a policia racista que nos mata e a justiça racista que os aplaude. A câmaras que nos expulsam as directivas europeias da imigração que nos criminalizam apenas por existir!
 
Levantemos e lutemos!
 
Violência Policial e Racismo: O Caso do Kuku (Trailer do Doc)
http://www.youtube.com/watch?v=sbHuVxCPTmY
 
O policia que assassinou o Kuku foi absolvido

Oscar Niemeyer - "A vida é um sopro"

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