segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Afundar o capitalismo num mar de lutas!
Está em curso o maior ataque do capitalismo ao mundo do trabalho verificado nestas últimas décadas, um ataque sem precedentes assente na exploração desenfreada sobre os trabalhadores e o povo.
Todos os dias, somos contemplados com novas medidas ordenadas pelo FMI para que o governo submisso do PSD/CDS as ponha em práctica, qual delas a mais canalha; o brutal aumento dos transportes públicos, da electricidade, do gás, o aumento do IVA aplicado aos bens sociais e a eliminação das deduções fiscais no IRS (na saúde, educação e habitação), o agravamento das reformas de miséria.
O desemprego aumenta todos os dias com o encerramento de pequenas e médias empresas e o despedimento de trabalhadores da função pública em números que vão aumentar a exploração dos restantes e degradar serviços já de si parcos.
Anunciam-se cortes significativos em sectores vitais como a saúde, a educação e a segurança social. Apenas uma excepção, o ministério da administração interna vê as verbas serem aumentadas, o que nos leva a concluir que as forças policiais são prendadas com o único fito de se manterem disponíveis para reprimir as lutas de quem trabalha.
Assistimos ao desmembramento das empresas públicas vitais para a sobrevivência do país, o governo apressa-se a vendê-las a “pataco”, por valores económicos, que nem dão para pagar um ano de juros de empréstimos contraídos.
O agravamento das leis do trabalho está nos horizontes do governo, que pretnde que o patronato ba prática possa despedir sempre que lhe ocorra, sem que tenha que pagar qualquer indeminização.
Sobre o pano de fundo do capitalismo somam-se os escândalos financeiros, sendo o mais badalado de momento a dívida da Madeira, depois de tantos outros casos envolvendo ministros, ex-ministros, banqueiros e outras personagens que vivem à babugem do sistema.
A falência da democracia burguesa está à vista de todos, passaram 37 anos sobre o 25 de Abril e as conquistas alcançadas foram sucessivamente roubadas com a cumplicidade dos principais partidos no cumprimento da missão que o capitalismo lhes encomendou. Sempre nos disseram que a democracia se verificava no âmbito do sistema parlamentar, ora as sucessivas eleições encarregaram-se de demonstrar que tal como está não serve o povo.
Até quando nos vamos sujeitar a este estado de exploração e corrupção capitalista?
Nestes últimos dias, o presidente da república, o primeiro ministro e outras figuras do governo, vivem obcecados com o facto de Portugal não ser a Grécia. Contrariando estes comentários, economistas internacionais e nacionais, afirmam que Portugal está a seguir o caminho da Grécia tal como outros países do sul da Europa em consequência da especulação financeira do grande capital europeu. A crise do capitalismo está para ficar e o grande capital lança-se como lobos sobre as suas presas.
Uma só solução se coloca:
Barrar o agravamento da legislação laboral impedindo que sejamos mais escravizados do que já somos presentemente;
Impedir os despedimentos por uma luta determinada, a nível nacional e internacional;
Em caso de despedimento garantia do salário por inteiro ao trabalhador;
Estas são algumas medidas ou acções em nossa defesa, mas devemos rransformar a nossa justa indignação numa luta pelas nossas aspirações colectivas. A manifestação do dia 1 de Outubro será um passo neste sentido.
Nós, os trabalhadores devemos desenvolver as nossas próprias formas de luta, com reuniões, plenários, comissões a nível de bairro, a fim de criarmos um vasto movimento contra as medidas do capitalismo, e pela realização de uma greve geral nacional combativa com amplas assembleias e ocupação das ruas.
Contra o grande capital europeu, a luta dos povos!
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