terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Parar a escalada de guerra no Médio Oriente!


Comunicado do CCPC-Conselho para a paz e cooperação a propósito das provocações imperialistas no médio-oriente .

"É com grande preocupação que constatamos que, após mais de meio ano de incessantes bombardeamentos da NATO à Líbia, que causaram dezenas de milhar de mortos e feridos e a destruição de grande parte deste país, os EUA e os seus aliados se lançam noutra operação de declarada ingerência e agressão, agora contra a Síria.

Independentemente da posição que se possa ter quanto ao regime
sírio, o que está em causa e não podemos deixar de denunciar e rejeitar é que, tal como aconteceu com a Líbia, se instrumen -talizam e alimentam questões internas, dificuldades e contradi-ções de um país com o fim de promover a desestabilização, o conflito, o bloqueio económico e político, e ameaçando também de agressão militar directa, intuitos acompanhados por uma
intensa operação de desinformação e de tentativa de instrumen-talização das Nações Unidas e suas agência, de modo a justifi-car inaceitáveis propósitos belicistas, com o seu lastro de morte e destruição.

Aqueles que impuseram a guerra na Jugoslávia, no Afeganistão e no Iraque e que aí são responsáveis e cúmplices de violações dos direitos humanos e dos povos, clamam hipocritamente pelo seu respeito, acenando de novo com a barbárie de nova guerra
que terá agora como principal vítima o povo sírio, as suas legítimas aspirações e os seus direitos de soberania, políticos, económicos e sociais. É contra os países que assumem posições que contrariam os propósitos imperialistas nesta região e que aí enfrentam e rejeitam a política de Israel – que ocupa ilegalmente territórios da Palestina, do Líbano e da Síria – que os EUA e os seus aliados levam a cabo uma perigosa escalada de ingerência e guerra. Escalada de guerra que é contrária às aspirações e interesses de todos os povos do Médio Oriente e que, a não ser travada, constituirá uma potencial catástrofe de grandes proporções para toda a
humanidade , porque a guerra só trará sofrimento, destruição e o agravamento da situação na Síria e em todo o Médio Oriente, com consequências de latitude imprevisível.

Apelamos ao fim da ingerência e da escalada de agressão contra a Síria, ao respeito pela soberania do seu povo e pela independência e integridade territorial deste país (incluindo os Montes Golã, ilegalmente ocupados por Israel); Reclamamos do Governo português o fim da sua política de apoio à escalada de tensão e de conflito no Médio Oriente e, pelo contrário, uma atitude consentânea com a Constituição da República – que preconiza a solução pacífica dos conflitos internacionais e a não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados – e a Carta das Nações Unidas."

Lisboa, 19 de Dezembro de 2011

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