sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Orçamento 2013 para o caixote do lixo !

Dia 31, os deputados da maioria PSD/CDS acoitadas na Assembleia da República, fizeram um autêntico contra relógio para cessarem a discussão do orçamento ainda na parte da manhã, era vê-los a procurar terminar o debate quanto antes ... tratava-se de fugir como ratazanas . O que não impediu porém que alguns deputados fossem acoçados por manifestantes que entretanto acorreram a S. Bento ao aperceberem-se da fuga eminente desta gentalha, gritando em unissomo gatunos ! gatunos !
 
Foram largos milhares de manifestantes que confluiram para a Assembleia da República a fim de manifestarem a sua revolta contra o orçamento considerado de catastrófico para os trabalhadores e o povo .
 
Algumas fotos:






Durão Barroso apupado e escorraçado em Almada

Durão Barroso foi escorraçado do Teatro Municipal de Almada quando aí se deslocou para ver a peça "O mercador de Veneza" . O desplante dos canalhas está a chegar ao fim, o que se passou em Almada vem no seguimento de recepções dadas a ministros do governo Passos, responsáveis pela miséria crecente do povo. A Revolta popular está na
rua .


 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Contra o terrorismo social

Comunicado do circulo revolucionário acerca do orçamento de estado2012

Eles querem provocar uma catástrofe social

Derrotemos o Orçamento da Troika!
Derrubemos o seu Governo!
Preparemos a Greve Geral!
O governo PSD/CDS apresentou ao Parlamento a sua proposta de Orçamento do Estado para 2013, seguindo fielmente as instruções recebidas da Troika FMÎ/BCE/UE. E as medidas apresentadas são das mais brutais alguma vez impostas ao nosso povo:
· Violento aumento dos impostos sobre o trabalho – incluindo sobre os salários mais baixos, que já eram de miséria – um saque inaceitável ao pouco que já recebemos como retribuição do suor do nosso trabalho.
 
· Aumento generalizado dos preços dos serviços essenciais (água, luz, gás, transportes, habitação e outros) – tornando a nossa vida ainda mais insuportável numa altura em que os nossos rendimentos diminuem drasticamente.
 
· Cortes nos subsídios de desemprego e doença e nas pensões e reformas – diminuindo dramaticamente os apoios a quem já está numa posição fragilizada e que toda a sua vida contribuiu com parte dos seus rendimentos para esse fim.
 
· Cortes drásticos no ensino e na saúde – condenando uma parte da população à ignorância e à doença (e mesmo à morte).
 
· Medidas que criam mais desemprego e precariedade e agravam a crise económica – atirando para o desespero ainda mais trabalhadores, sobretudo entre os mais jovens.
 
· Aumento do horário de trabalho, menos férias e feriados, horas extras mais baratas, menores indemnizações – ou seja, mais exploração a custo zero.
 
· Ataques às organizações de trabalhadores e à contratação colectiva.
 
Ao mesmo tempo que inferniza a vida de quem trabalha e cria uma verdadeira catástrofe social, o gangue Passos/Portas protege o capital financeiro internacional e nacional e os seus agentes e protectores no país:
 
· Quase 1 em cada 10 euros do Orçamento serve para pagar o serviço da dívida – dinheiro retirado à boca dos trabalhadores para pagar os juros usurários aos agiotas que criaram a dívida pública (e que em nada abatem essa dívida).
 
· Prepara-se para criar isenções fiscais a grandes grupos económicos – desviando o nosso dinheiro para empresas que já beneficiam de grandes lucros.
 
· Manutenção da isenção de taxação das transacções financeiras e dos benefícios das parcerias público privadas– mantendo os privilégios daqueles cujos rendimentos provêem do capital.
 
· Venda ao desbarato dos bens públicos – sobretudo de empresas de sectores chave da economia, reduzindo os recursos do Estado e entregando-os a privados.
 
· Reforço  das forças de segurança e de defesa – tal é o medo que eles têm da revolta do povo.
Sempre que o sistema capitalista-imperialista internacional entra em crise – e esta é claramente a mais profunda de sempre – tudo sacrifica para manter o seu poder e os seus lucros e revela o seu lado mais horrendo. É um sistema global que explora ferozmente milhões de seres humanos em todo o mundo e saqueia insaciavelmente os recursos do planeta. E neste momento de crise profunda necessita de estender esse horror ao seu próprio mundo de origem: Grécia, Espanha, Itália e... Portugal.
Rejeição Decidida do Orçamento
 
O orçamento, que Passos/Portas elaboraram a mando da Troika FMI/BCE/UE é o mais recente instrumento desse aumento da miséria e exploração. Rejeitemos determinadamente esse caminho!
A História – e sobretudo os últimos meses – tem mostrado que não é no parlamento que devemos ter esperança. Essa instituição inclui maioritariamente os 3 parceiros da Troika (PS/PSD/CDS) que, com mais ou menos números de teatro, irão aprovar esse orçamento. E também não podemos alinhar em propostas “alternativas” que apenas visam “melhorar” e ajudar a salvar o sistema capitalista e não a tratar da raiz do problema – esse mesmo sistema.
É nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos bairros, que a nossa luta pode ter efeito. É preciso uma grande mobilização de tod@s em todas as acções e lutas que contribuam para barrar o caminho a estas medidas e para o derrube deste governo vendido. É preciso que mais gente discuta a verdadeira natureza deste sistema e que reflicta sobre que sistema realmente serve os nossos interesses e aspirações. É preciso que os nossos colegas de trabalho e escola, os nossos vizinhos e todas as vítimas deste sistema se organizem, que denunciem todos estes ataques e injustiças. É preciso dizer que Já não aguentamos mais!
Mobilizemo-nos macissamente para as próximas acções de protesto: Manifestação contra o Orçamento de Estado, a 31 de Outubro, a Concentração de Protesto contra a visita de Angela Merkel (a principal porta-voz na Europa do capital financeiro) a 12 de Novembro e por fim, a Greve Geral do sul da Europa de dia 14.
DEITAR PARA O LIXO TODOS OS ACORDOS COM A TROIKA!
RESISTÊNCIA POPULAR POR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS!
POR UMA GREVE GERAL MOBILIZADORA E COMBATIVA !
CONTRA O TERRORISMO SOCIAL !
Círculo Revolucionário                                                                                            31.10.2012  circulorevolucionariolx@yahoo.com

ZAD - Vivemos aqui, ficamos aqui !

Um pouco de história da ZAD (Zona A Defender)
zad
 
in Diário da Liberdade
Na França, há mais de 40 anos, camponeses da região de Notre-Dame-des-Landes, perto de Nantes (oeste do país), se opõem à construção de um aeroporto sobre suas terras. Em 2000, o projeto foi reimpulsionado pelo socialista e prefeito da cidade de Nantes Jean-Marc Ayrault, hoje em dia primeiro ministro da França. Durante os últimos anos, se juntaram à luta inúmeros jovens próximos aos movimentos de “okupas”, ao ecologismo radical ou a rede europeia “Reclaim the fields” (Exige o campo), que lutam contra a industrialização e a urbanização acelerada da sociedade, e buscam o resurgimento das bases de vida coletiva no campo. São assim mais de uma centena de pessoas que foram viver na zona ameaçada, ocupando casas abandonadas, construindo novas cabanas e criando hortas e hortaliças para resistir ao projeto do aeroporto.

Há alguns dias, teve lugar uma grande operação da polícia que abarcou mais de mil elementos policiamento, com o fim de despejar a onze dos lugares ocupados pelos oponentes. Apesar do enorme contingente de força, os jovens em luta conseguiram impedir o despejo de alguns dos lugares ameaçados, entre eles a granja coletiva “Le Sabot”, inaugurada ano passado por integrantes francófonos da rede europeia “Reclaim the fields”, num ato multitudinário de recuperação de terras agrícolas e de denuncia do projeto do aeroporto. (Protegidos pelas barricadas, o lugar símbolo da resistência de Notre-Dame des Landes segue ainda resistindo às forças policialesca). Quinta-feira retrasada, os policiais tentaram também acabar com os acampamentos dos oponentes estabelecidos nos dois bosques da zona igualmente ameaçados de destruição pelos promotores do projeto. Mas, enquanto a polícia se concentrava nos lugares conflituosos, oponentes aproveitaram o momento para reocupar algumas casas despejadas no dia anterior.
Em resposta a incursão policialesca e aos despejos, se multiplicam as ações e manifestações de solidariedade em toda França, desde a realização de marchas e a colocação de cobertas nas autopistas, até a degradação e a realização de sabotagens contra o VINCI, a empresa construtora, e em contra do Partido Socialista, promotor do projeto do aeroporto. Mensagens de solidariedade com a luta de Notre-Dame des Landes começam também a chegar de várias partes do mundo, mas cabe mencionar que, apesar da magnitude da operação e do âmbito nacional da luta, os meios de comunicação franceses se mostraram excepcionalmente silenciosos sobre os acontecimentos.
 
POR QUE LUTAMOS? Sobre a resistência ao aeroporto e seu mundo
Em Notre-Dame des Landes, responsáveis e construtoras trabalham sobre um novo aeroporto para realizar seus sonhos vorazes de metrópoles e expansão econômica. Agora faz já 40 anos que querem aniquilar com cimento 2000 hectares de terras agrícolas e habitantes do norte de Nantes, a ZAD, Zona de Condicionamento Adiado que chamamos Zona A Defender.
 
Desde os primeiros dias deste projeto, a resistência se organizou. Esta luta vai de encontro com os objetivos daqueles que se unem e pensam estratégias comuns. Com elas combateremos a alimentação de má qualidade, a sociedade industrial e a mudança climática, as políticas de desenvolvimento econômico, o controle do território, as metrópoles e as normalizações das formas de vida, a privatização do público, o mito do desenvolvimento e a ilusão da participação democrática... Hoje como ontem, aquel@s que se opõem, longe de baixar a guarda, continuam em luta: manifestações, recursos jurídicos, alianças com outras lutas, greve de fome, difusão na imprensa, pedágios gratuitos, sabotagens, perturbações dos estudos de impacto do biótopo e dos estudos arqueológicos, ocupações dos escritórios e das obras etc. Com grande prejuízo do Estado e de VINCI (empresa responsável pela construção do aeroporto)que compram e destroem para esvaziar a ZAD, a vida e a atividade tem se intensificado e diversificado nos últimos três anos.
 
Numerosas casas abandonadas foram reabilitadas e okupadas, foram construídas cabanas no solo e nas árvores, coletivos okupam terras para fazer hortas. Espaços de reunião, padaria, biblioteca, albergues estão abertos para todos. Mais de uma centena de pessoas okupavam dia a dia a ZAD, apoiados por muitas pessoas de muitos lugares que se encontraram e se organizaram. A presença destas pessoas no terreno permitiu reações rápidas frente aos processos começados pela VINCI, a fim de realizar as obras. Este viveiro criativo e desobediente busca agora erradicar-nos para poder começar seus trabalhos. Guardamos na nossa própria memória as vitórias passadas contra os projetos megalomaníacos, do nuclear ao militar. Como Carnet, Plogoff ou Larzac, sabemos que a construção deste aeroporto pode ser barrada. Olhamos do outro lado dos Alpes, onde a oposição à construção da linha ferroviária de alta velocidade Lyon-Turin mobiliza todo um vale, onde dezenas de milhares de pessoas impedem os trabalhos. Aqui também custará caro toda tentativa de destruição das terras.
 
Nota sobre o Despejo da ZAD
 
Comunicado de imprensa dos oponentes da ZAD, 17 de outubro às 23h30
VIVEMOS AQUI, FICAREMOS AQUI!
 
Depois de dois dias de resistência e solidariedade, só sete casas e um terreno foi despejada na “ZAD”, zona ameaçada de destruição pelo projeto de aeroporto de Notre-Dame-des-Landes. Por todos os lados, os policiais se encontraram com a determinação dos oponentes sob diversas formas: habitantes que se recusaram a sair das suas casas, outros se refugiaram no teto das casas, agrupamentos perto das moradias, barricadas nos caminhos, oponentes chegando de fora para se juntar à zona, etc.
 
Por horas os oponentes defenderam os terrenos do “Far Ouest” do lugar conhecido como “Le Sabot”, terras baldias transformadas de novo em hortaliças em maio de 2011, hoje em dia abandonadas sob nuvens de gazes lacrimogêneos, [mas onde se resiste] ao som de uma batucada. Há ações de solidariedade que se organizam ao redor da ZAD, entre outros agrupamentos frente a prefeitura da cidade de Nates.
 
Apesar do que havia sido sugerido pelo prefeito de Nantes, terça pela manhã, a zona segue ainda longe de ser esvaziada pelos elementos policialesco. Ainda ficaram cerca de vinte lugares ocupados, sem contar os proprietários, inquilinos e camponeses que vivem ainda na zona. É forte a pressão da polícia, como testemunha o incêndio de uma cabana realizado pelos policiais que não verificaram antes se havia pessoas dentro da cabana; mesmo assim, não silenciará a resistência.

Aqui como fora, desde Atenco até Vak de Susa, passando por “Chéfresne” e todos os lugares onde as lutas se levam a cabo, teremos que rechaçar seu reordenamento territorial.
 
CHAMADO PARA A MANIFESTAÇÃO DE REOCUPAÇÃO, 17 de novembro de 2012, na Zona a Defender
Notre-Dame des Landes. Contra as expulsões, Manifestación de Réocupación! Para reconstruir – contra o aeroporto! Martelo, vigas, taboas, pregos e ferramentas na mão.
A luta contra o projeto do aeroporto de Notre-Dame des Landes aumentou a pressão durante os últimos anos. Entre outras iniciativas, um movimento de okupação se estendeu aos imóveis e bosques ameaçados. Há mais de um ano, frente as ameaças crescentes sobre as diferentes casas, cabanas e hortas, @s habitantes da ZAD e coletivos solidários chamavam uma manifestação de re-okupação se a expulsão fosse levada a cabo.
 
2012-10-16 ZAD expulsion Notre Dame des Landes-400x200
 Esta chamada a reokupar foi lançada pela rede “Reclaim the Fields” e também pelos ocupantes da ZAD, que tinham ocupados as terras abandonadas com mais de mil pessoas, em maio de 2011, para criar a horta “Le Sabot”. Convidamos hoje todos os grupos que desejam difundir esta iniciativa e a se juntar a organização do 17 de novembro. Além de uma manifestação, antes de tudo, se deseja uma ação coletiva que ganhará força com uma grande e ativa presença de participantes. Podem estar aqui para o fim de semana para preparar a ocupação, continuar as construções, defendê-las e realizar um afloramento de ideias pra a continuação. Tragam ferramentas e materiais diversos, macacão de trabalho, som, criações originais e locais, rádios portáteis, comida para compartir e uma determinação sem limites. Será possível chegar um dia antes, um espaço de acampamento se anunciará aos dias que precederão a manifestação.
 
Já que a energia necessária para resistir às expulsões e a exaustão consequente para @s ocupantes, o êxito desta manifestação depende, de modo crucial, da implementação dos coletivos e indivíduos solidários de todos os lugares. Chamamos a que se organizem reuniões públicas, que se comparta a informação e que se comparta carro em cada cidade para vir para a manifestação. Já que a situação muda a cada dia, olhe regularmente as informações no site http://zad.nadir.org/ . Para o dia 17 de novembro, buscamos vigas, materiais de construções e escalada, cozinhas coletivas, barracas, músicos, batucadas, cabanas pré-moldadas para montar, ferramenta, tratores... para mais dúvidas, ajuda, reenvio de informação, contribuições, entre em contato: reclaimthezad@riseup.net

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ !


Revolução é a única solução !


Mais que o cerco, há que banir o sistema...

Mais que o cerco ao parlamento, há que intensificar a luta por banir o sistema gerador de fome, miséria, desemprego e morte . O massacre social em curso com mecanismos atrás de mecanismos: acabando com o sistema nacional de saúde, encerrando centros de saúde, aumentando o preço dos medicamentos. Isto associado á penalização fiscal das reformas já de si miseráveis da esmadora maioria das reformas dos portugueses . Estamos em presença de um governo fascizante que não investiu em câmaras de gaz , mas que abrevia o tempo de vida dos mais velhos, privando-os de cuidados elementares . Um Governo que se apresta para por a votação no parlamento o orçamento para 2013 que augura uma catástrofe social que dimensões incalculáveis . Dia 31 mais uma batalha que se avizinha, na rua lutemos por um mundo novo . Que mil cercos floresçam !

Merkel e as tristes marionetes Passos e Portas

Dia 12 a imperatriz Merkel visita a sua colónia que dá pelo nome de Portugal, com os seus lacaios prostados para lhe prestarem vassalagem, jurando servi-la nem que isso implique a infelicidade de um povo para satisfazer os apetites vorazes das sanguessugas capitalistas .
 
Os artistas Nomen, Slap e Kurtz pintaram um mural junto ás Amoreiras muito esclarecedor . Aí está escrito " Quanto mais tempo querem ficar a assistir a este show (...) A nossa dívida continua a aumentar (...)Este mural foi realizado sem ajuda externa ."
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O poder corrupto desmorona-se...è preciso lançá-lo no lixo definitivamente !

Um exemplo entre muitos mais que a podre democracia nos contempla . Por causa de tudo isto somos alvos de uma hecatombe fiscal, Revoltante ! Sacrifícios uma porra , eles capitalistas que paguem a dívida e restituam ao povo o que tem vindo a roubar .

"The Guillotine"


Alienação à moda dos EUA

O texto seguinte  da autoria de Noam Chomsky espelha bem a realidade americana em tempo de eleições presidenciais americanas e dos perigos que ameaçam a humanidade .
Pela importância que se reveste recomendamos a sua leitura e divulgação .


Nossos políticos mostram uma estraordinária vontade de sacrificar as vidas de nossos filhos e netos por ganhos a curto prazo.

No momento em que as eleições para a Presidência chegam ao momento decisivo, é útil indagar como as campanhas políticas estão lidando com os temas mais cruciais que enfrentamos. A resposta é: ou muito mal, ou simplesmente não tratam destes assuntos. Sendo assim, surgem algumas questões importantes: por que? E o que podemos fazer em relação a isso?

Existem dois problemas de importância fundamental, porque o destino da espécie está em jogo: o desastre ambiental e a guerra nuclear. O primeiro está regularmente nas primeiras páginas. Em 19 de setembro, por exemplo, Justin Gillis escreveu uma reportagem para o New York Times sobre como o derretimento do gelo do Oceano Ártico cessou por esse ano, “mas não sem antes derrubar seu recorde anterior — desencadeando novas preocupações sobre o ritmo acelerado nas mudanças da região.” O derretimento está se dando de modo muito mais rápido do que era previsto por modelos matemáticos sofisticados e pelos últimos relatórios da ONU sobre o aquecimento global.

Novos dados indicam que o gelo deve desaparecer durante o verão até 2020, com consequências severas. Pesquisas estimam que o gelo desaparecerá completamente por volta do ano 2050. “Mas os governos não responderam à mudança com a urgência necessária para limitar as emissões de efeito estufa,” escreve Gillis. “Ao contrário, sua resposta principal tem sido planejar a exploração dos agora acessíveis minerais do Ártico, incluindo a extração de mais petróleo” — isso é, acelerando a catástrofe. A reação demonstra, novamente, uma extraordinária vontade de sacrificar vidas das nossos filhos e netos pelo curto prazo.


Ou, talvez, uma vontade igualmente notável de fechar nossos olhos, para que não vejamos o perigo iminente. Não é só. Um novo estudo do Monitor da Vulnerabilidade Climática verificou que “as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global estão reduzindo a produção econômica mundial em 1,6% ao ano, e provocarão a duplicação de certos custos estratégicos nas próximas duas décadas”. O estudo foi amplamente divulgado em outros países, mas os norte-americanos foram poupados de tais notícias perturbadoras. As plataformas dos partidos Democrata e Republicano sobre assuntos climáticos foram analisadas na edição de 14 de setembro da revista Science.
Num caso raro de ação comum, os dois partidos propõem que tornemos o problema mais grave. Em 2008, ambas as plataformas dedicavam alguma atenção às políticas do governo diante da mudança climática. Agora, o tema quase desapareceu da plataforma republicana — que, no entanto, pede que o Congresso “aja rapidamente” para evitar que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) — criada pelo ex-presidente republicano Richard Nixon em dias mais sãos — regule a emissão de gases do efeito-estufa. E devemos abrir o Refúgio Ártico do Alaska à perfuração, para tirar “vantagem de todos os recursos que Deus ofereceu aos americanos”. Não podemos desobedecer o Senhor, afinal de contas. A plataforma também sustenta que “devemos restaurar a integridade científica de nossas instituições de pesquisa e eliminar incentivos políticos relacionados à pesquisa desenvolvida com recursos públicos” — um código para referir-se à ciência do Clima.

Tentando escapar do estigma de ter se preocupado com mudança climática há alguns anos, Mitt Rommey, o candidato republicano, declarou que não há consenso científico sobre o tema. Portanto, deveríamos apoiar mais debate e investigações — mas não ações, exceto as que tornam o problema mais sério. Os democratas mencionam, em sua plataforma, que há um problema, e recomendam trabalharmos “em direção a um acordo para definir limites às emissões, com outras potências emergentes”.

Porém, o presidente Barack Obama enfatizou que os EUA devem conquistar cem anos de independência energética empregando extração por fratura hidráulica (fracking) e outras tecnologias — sem se perguntar o que este tipo de prática provocará no planeta, em cem anos. Há, portanto, diferenças entre os dois partidos: dizem respeito a quão entusiasticamente os ratos devem marchar até o abismo. Um segundo grande tema, a guerra nuclear, também está nas primeiras páginas todos os dias, mas de uma forma que escandalizaria um marciano observando fatos estranhos na Terra.

A ameaça atual está, de novo, no Oriente Médio, especificamente no Irã — ao menos segundo o Ocidente. No próprio Oriente Médios, os EUA e Israel são considerados ameaças muito maiores. Ao contrário do Irã, Israel recusa-se a permitir inspeções ou a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Possui centenas de ogivas nucleares e sistemas avançados de mísseis, além de uma longa história de violência, agressão e desrespeito ao direito internacional, graças a apoio norte-americano incessante. Se o Irã está tentando desenvolver armas nucleares, os serviços de inteligência dos EUA não sabem. Em seu último relatório, a Agência Internacional de Energia Atômica afirma que não pode demonstrar “a ausência de material e atividades nucleares não-declaradas no Irã” — um rodeio em que a instituição condena o país, como Washington exige, ao mesmo tempo em que reconhece não poder acrescentar nada às conclusões da inteligência norte-americana.

Portanto, deve-se negar ao Irã o direito de enriquecer urânio, que é assegurado pelo TNP e endossado pela maior parte do mundo — inclusive o movimento dos países não-alinhados, que acabam de se reunir em Teerã. A possibilidade de que o Irã desenvolva armas nucleares sobressai na campanha eleitoral (o fato de Israel já tê-las, não…). Duas posições se contrapõem. Os Estados Unidos deveriam declarar que atacarão, caso o Irã alcance capacidade de desenvolver armas nucleares, como dezenas de outros países? Ou Washington deveria manter a “linha vermelha” mais indefinida? A segunda posição e a da Casa Branca; a primeira é exigida pelos falcões israelenses — e aceita pelo Congresso norte-americano.

O Senado acaba de votar, por 90 x 1, em favor do apoio a Israel. Está ausente do debate a alternativa óbvia para mitigar ou eliminar qualquer ameaça que o Irã possa representar. Basta estabelecer uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio. A oportunidade está ao alcance da mão: uma conferência internacional sobre o tema irá se reunir em alguns meses para trabalhar por este objetivo, apoiado no mundo todo — inclusive, por uma maioria de israelenses. O governo de Telaviv, no entanto, anunciou que não participará, até que haja uma acordo de paz na região, algo inatingível enquanto Israel persistir em suas atividades ilegais nos territórios ocupados da Palestina. Washington aferra-se à mesma posição, e insiste que Israel deve ser excluído de tal acordo regional.

Podemos estar caminhando para uma guerra devastadora, talvez nuclear. Há caminhos diretos de superar esta ameaça, mas não serão adotados exceto se houver ativismo social em larga escala, exigindo que se aproveite a oportunidade. Isso, no entanto, é muito improvável, enquanto tais temas permanecerem fora da agenda — não só a do circo eleitoral mas também a da mídia e do debate nacional mais amplo. As eleições são feitas pela indústria de relaçẽos públicas, cujo principal afazer é a publicidade comercial. É concebida para subverter os mercados, criando consumidores desinformados que tomam decisões irracionais — o oposto exato de como se supõe que os mercados funcionariam. As vítimas, porém, não estão obrigadas a obedecer. A passividade costuma ser o caminho mais fácil — porém, quase nunca, o honroso.

Tradução: Gabriela Leite e Antonio Martins
Fonte: Outras Palavras.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Em Frente com a GREVE GERAL !


"Cerco a S. Bento..." Milhares repudiaram o orçamento da catástrofe

Na passada segunda feira o ministro das finanças apresentou o orçamento ao parlamento para discussão, um documento que contém todas as exigências da tróika e que traduzem medidas de inaudita de exploração para o povo gerando ainda mais fome , miséria e desemprego , uma catrástrofe social .

Milhares de pessoas tiveram em S.Bento a partir das 18 horas correspondendo ao apelo de alguns colectivos que em boa hora convocaram esta jornada de repúdio de "cerco a S. Bento, este não é o nosso orçamento !", iniciativa que foi além da meia noite .

A presença de grande número de efectivos policiais não intimidou o povo presente, gerando-se um clima de grande combatividade, sinónimo de que o orçamento vai ter pela frente um vasto movimento de repúdio por este instrumento de saque do grande capital financeiro .


Algumas da muitas imagens sobre os acontecimentos ocorridos em dia de entrega do orçamento .

12 de Outubro - A Morte de um Revolucionário

4o anos depois da morte de Ribeiro Santos, assassinado pela PIDE cabe-nos fazer um paralelo com o passado e presente, em vivemos um clima pré fascizante que diáriamente comete toda a espécie de crimes contra o povo .


Evocar Ribeiro Santos e a luta por este travada é uma missão que se  nos coloca, continuar a luta !

"RIBEIRO SANTOS, a honra de morrer por uma causa imortal. Morrer, todos morremos, mas nem todas as mortes são iguais. RIBEIRO SANTOS morreu a lutar contra a repressão, pela causa da liberdade. Foi o primeiro maoista que caiu na luta. Morto pelas balas da PIDE. RIBEIRO SANTOS morreu de morte matada, como diria Jorge Amado. Como já alguém, em Portugal, decretou a extinção do maoismo, será mais uma razão para relembrar RIBEIRO SANTOS, memória viva de todos os proletários e revolucionários deste país. JOSÉ ANTÓNIO LEITÃO RIBEIRO SANTOS, nasceu em Lisboa em 19 de Março de 1946, era baixo, magro, de antes quebrar que torcer. Foi o estudante abatido pelo fascismo, é o símbolo da luta estudantil contra a repressão fascista e a guerra colonial. RIBEIRO SANTOS foi o alvo do fascismo e da conciliação revisionista instalada no movimento associativo. A partir do dia 12 de Outubro de 1972, nada ficou igual, o fascismo de rosto sorridente e dialogante, iniciado por Marcelo Caetano e como guterrismo de antes-25 de Abril, apressou irremediavelmente o seu fim. Fim imposto pela luta da juventude revolucionária e democrática e de camadas cada vez mais amplas de operários e do povo trabalhador. A memória de RIBEIRO SANTOS, embora militante de uma organização política já inexistente, é pertença de todos os que lutam pela emancipação da Humanidade, qualquer que seja o clube político ou a nacionalidade. RIBEIRO SANTOS é também um símbolo da luta internacionalista num mundo já inteiramente globalizado pelo capitalismo. HONRA A RIBEIRO SANTOS!
 

Estivadores de Portugal: A importância da nossa greve

A luta dos trabalhadores portugueses agiganta-se face a medidas de austeridade e um orçamento catastrófico apresentado para discussão no parlamento, cuja maioria está deliberadamente ao serviço da tróika .
Os estivadores é um dos sectores em luta, passamos a divulgar o esclarecimento que fundamenta as razões do seu combate .
Esclarecimento
Todos os dias os Portugueses são bombardeados com notícias sobre a greve nos portos cuja verdade fica perdida nos critérios editoriais da comunicação social.
Desde há largas semanas, os Estivadores estão em greve e durante este percurso têm desenvolvido variadas formas de luta. Actualmente, a “greve” dos Estivadores cinge-se aos sábados, domingos e feriados e dias úteis entre as 17 e as 08 do dia seguinte. Ou seja, cada estivador trabalha, afinal, o que trabalha cada português que ainda não está no desemprego: 8 horas por dia, 40 horas por semana.
Sabia que o ritmo de trabalho de um estivador chega a 16 e até 24 horas por dia?
Sabia que nos portos se trabalha 24 horas por dia, 362 dias por ano?
Sabia que Portugal é dos poucos países da Europa onde os profissionais da estiva não têm direito a reforma antecipada por profissão de desgaste rápido?
Sabia que o trabalho na estiva é hoje extremamente especializado requerendo uma formação profissional exigente e sofisticada?
Sabia que devido aos equipamentos pesados envolvidos nas operações a nossa actividade, actualmente, não suporta amadorismos que conduzem, frequentemente, a acidentes mortais ou incapacitantes?
As empresas em vez de exigirem uma requisição civil dos Estivadores deveriam exigir o cumprimento da Lei aprovada em 1993 por um governo Cavaco Silva.
Porque, se os Estivadores “merecem” uma requisição civil, então porque não exigir que essa requisição se estenda a todos os Portugueses que ainda conseguem trabalhar um turno normal de trabalho e transformamos este País num campo de trabalhos forçados?
Com os Estivadores a trabalhar um turno normal de trabalho interessa responder a outra pergunta. Como é que havendo, neste momento, portos mais ou menos amigos a trabalhar, esta nossa “greve” provoca o bloqueio económico do País e entope as exportações redentoras?
Pura e simplesmente porque as empresas do sector não querem admitir para os seus quadros as largas dezenas de jovens profissionais de que o mundo da estiva necessita. E o País jovem desempregado anseia.
Mas então é “só” por isto que os Estivadores estão em “greve” tão prolongada? Não. Ao longo dos anos as greves nos nossos portos têm-se sucedido por esta mesma razão. As empresas do sector apenas têm admitido novos Estivadores profissionais na sequência de greves de Estivadores.
Mas os Estivadores não se esquecem que já foram todos precários até 1979 e recusam voltar mais a esses tempos de escravatura, de indignidade e de miséria.
Acontece que as empresas monopolistas do sector portuário, estão a tentar aproveitar a passagem, esperamos que fugaz, de um governo com cartilha ultraliberal assumida, para lhes encomendar uma lei conveniente que acabe com a segurança no emprego, as nossas condições dignas e a organização sindical.
Para isso, este governo fez um acordo perverso com pseudo-organizações sindicais que representam, quando muito, 15% dos Estivadores nacionais — simulando um acordo nacional — e incendiando os portos onde trabalham os restantes 85% dos Estivadores. Com total menosprezo pelos prejuízos para a economia nacional que sabia ir provocar.
Em resumo, este governo assinou um acordo com os “amigos” de Leixões onde nas últimas duas décadas o sindicato aceitou, para os respectivos associados, uma diminuição salarial de cerca de um terço e o retalhamento do seu âmbito de actividade em clara violação da lei em vigor.
Assim, desde 1993, as empresas portuárias no porto de Lisboa admitiram cerca de 200 novos Estivadores efectivos enquanto, em Leixões, e no mesmo período, as empresas locais que pertencem aos mesmos grupos económicos das de Lisboa, admitiram o total de ZERO novos Estivadores efectivos.
Como se não bastasse a estes “sindicalistas” terem alienado o futuro dos seus sócios e respectivos filhos, bem como da restante juventude local, pretendiam agora, através deste acordo indigno, alienar as hipóteses de muitos jovens portugueses encontrarem no sector portuário uma alternativa para o desemprego, a precariedade, a miséria, a dependência e a emigração forçada.
Se aceitássemos o que nos querem impor, dois terços dos actuais Estivadores profissionais iriam engrossar as filas do desemprego. A que propósito, quando nos querem hoje a trabalhar 16 e mais horas por dia? É pela dignidade da nossa profissão que estamos em luta.
Os Estivadores de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz, Aveiro, Sines, Viana do Castelo, Caniçal — Estivadores do Portugal todo, porque não? — lutam por um futuro digno para os Portugueses. Por isso gritamos bem alto. E não nos calam!
Portugal, 12 de Outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CERCO A S. BENTO ! 15 de Outubro - 18H. - Repudiar o orçamento da tróika !

 
Passamos a divulgar o seguinte Apelo .
"É cada vez mais evidente - a não ser para um governo que segue fanaticamente, e sem olhar a meios, o programa da Troika - que este caminho não nos serve. Temos saído repetidamente à rua para exigir que sejamos ouvidos, para mostrar que estamos indignados com tanta insensibilidade social e com tantos jogos políticos que conduzem sempre ao mesmo resultado: mais pobreza, mais desemprego, mais precariedade, mais desigualdade social, mais austeridade, menos futuro! Saímos à rua por
que é nela que mora a última esperança de liberdade quando os governos se tornam cegos, surdos e mudos face às justas exigências de igualdade e justiça social. Saímos à rua porque estes governos apenas se preocupam com a aplicação suicida de políticas pensadas para proteger os mais ricos e os interesses financeiros. Voltaremos a sair à rua em Portugal, em Espanha, na Grécia e em tantos outros lugares pelas mesmas razões essenciais: queremos uma economia virada para as pessoas, uma democracia com direitos para todos e todas sem discriminações e um planeta onde possamos coexistir de forma sustentável e cooperante.

Se o povo quiser, o povo decide, por isso vamos para a rua a 15 de Outubro dizer de forma clara e definitiva que recusamos o retrocesso social imposto, que este não é o caminho e que queremos uma vida digna. Queremos recuperar a nossa responsabilidade sobre o nosso futuro. Governo para a rua já!

Em Portugal, como em Espanha, cerquemos o Parlamento!"
 

domingo, 7 de outubro de 2012

Basta de mentiras. Rua com o lacaio da tróika .

Além de cobarde multiplica a mentira ...O que disse ontem , desdiz hoje .

sábado, 6 de outubro de 2012